CANTA

em 23 de janeiro de 2021

CANTA


1) Canta...
2) Canta a língua dos Anjos e dos Deuses
3) Canta sempre, para que não sejamos mais frágeis...
4) Para nos tornarmos guerreiros da Luz!
5) Canta
(canta sempre)
6) E ouvindo estarei
7) Eu sei que um dia também cantarei...
8) Vou cantar a tudo que aprendi
9) Por isto quero ouvir de novo a sua canção
10) Canta, não me esconda mais os teus mistérios...
11) Se possível canta também para os outros te ouvirem
12) Pois assim a canção se fortalece...
13) Canta (meu Pai)
14) Canta, bem alto
15) Canta para sairmos do Labirinto...
16) Assim aqueceremos nosso dolorido Coração
17) Canta mais uma vez
18) Pois meu Coração finalmente já te escuta
(O Mundo já não nos interessa)
19) Canta novamente, para nos mostrar o Caminho...
20) Canta, canta, canta
21) Pois enquanto nosso Ser canta
22) O mundo mais uma vez se ilumina...
23) Luz, mais Luz!
Paz Inverencial!


CAMINHA!

CAMINHA!

1) Descobrir o Real Caminho

2) É encontrar-se dentro de si mesmo

3) Em um sublime equilíbrio e harmonia de nossa Essência

4) Que vai depois se manifestar em uma Experiência Direta

5) Alimentando o nosso ânimo e nossa Fé

6) Quem tem Fé, caminha

7) Quem não tem, também deve caminhar...

8) Pois com muita determinação também vai se chegar a ela

9) E depois que conquistá-la vamos querer continuar a alimentá-la

10) Se a Fé move montanhas, ela há de um dia nos mover ao Absoluto

11) Toda dificuldade é passageira

12) São provas que nos põem

13) Ou percalços criados por nós mesmos...

(Por falta de trabalho)

14) Enfim, se se luta com inteligência o Caminho novamente se abre

15) E quando se abre, temos de segui-lo

16) Assim honramos ao Pai e aos mestres

17) E não seremos coniventes com nossos Eus

18) Que a qualquer preço tentam nos derrotar

19) Cada um com suas armas

20) Nós, vamos nos vestir com uniformes de guerreiros

(Samael)

21) E utilizar as armas da Luz!

22) Os outros, irão seguir o seu caminho

(Não olhemos para trás)

Viva o Cristo! Viva O Cristo! Viva o Cristo!


Paz Inverencial!



CRISTO VIVE!

em 14 de janeiro de 2021

 (GNOSE para POUCOS: A Nota Síntese)


CRISTO VIVE!


“Veja uma das muitas histórias sobre Jinas que têm corrido entre os soldados e que a revista escocesa Vida e Obras se refere com estes termos: 

"O Camarada vestido de branco”. - Estranhos relatos nos chegam das trincheiras. Ao longo da linha das 300 milhas que vai da Suíça até ao mar, surgiram certos comentários cuja origem e veracidade todos nós ignorávamos. Iam e vinham com rapidez; recordo o momento em que o meu companheiro Jorge Casay, dirigindo-me um olhar estranho com os seus olhos azuis, me perguntou se eu tinha visto o "amigo dos feridos"; então ele revelou o que sabia a respeito. Comentou que após muitos combates violentos havia sido visto um homem vestido de branco inclinando-se sobre os feridos. As balas o rodeavam, as granadas caíam ao seu redor, mas nada tinha o poder de tocá-lo. Ele era um herói maior que todos os heróis ou algo ainda maior. Esse personagem misterioso, a quem os franceses chamam “o camarada vestido de branco”, parecia estar em todo a parte: em Nancy, Argona, em Soissons, em Iprés e todo lugar que houvesse homens falando dele em voz baixa. Alguns até diziam que as trincheiras produziam certos efeitos nos nervos dos soldados. Eu, com frequência, era descuidado em minhas conversas e dizia que para acreditar, teria que ver e que precisava da ajuda porque uma baioneta alemã me ferira e me fizera cair ao solo. 

No dia seguinte os acontecimentos se sucederam com grande vividez neste trecho do front. Nossos enormes canhões rugiram desde o amanhecer até a noite e recomeçaram novamente pela manhã seguinte. Ao meio-dia recebemos ordens de tomar as trincheiras à nossa frente; estas estavam a 200 jardas de nós; nem bem havíamos partido percebemos que nossos grossos canhões haviam falhado na preparação. Era necessário um coração de aço para marchar para a frente, mas nenhum homem vacilou; havíamos alcançado 150 jardas quando percebemos que íamos mal. Nosso capitão ordenou que nos protegêssemos. Então fui ferido em ambas as pernas. Por divina misericórdia caí dentro de um buraco; suponho que desmaiei porque quando abri os olhos me vi sozinho. A dor era horrível, mas não me atrevi a me mover porque os alemães poderiam me ver, pois estava tão só a 50 jardas deles; não esperava deles nenhuma piedade.... Quando começou a escurecer senti grande alegria. Próximo de mim havia alguns homens que se sentiriam ameaçados na escuridão se pensassem que um camarada ainda estivesse vivo: Caiu a noite e logo escutei algumas pisadas forte e compassadas, como se nem a escuridão nem a morte pudessem perturbar o sossego daqueles pés. Tão distante estava eu de suspeitar quem era esse que se aproximava que, mesmo tendo percebido a claridade dos alvos na escuridão, me pareceu ser algum lavrador vestido com camisa e até me ocorreu que pudesse ser uma mulher demente... Mas, de improviso, com rápido estremecimento que não sei se foi de alegria ou de terror, me dei conta que se tratava do “camarada vestido de branco”. Nesse exato os fuzis alemães começaram a disparar. As balas podiam apenas errar o alvo, pois ele levantou os braços como em súplica e logo os estendeu de modo a formar uma dessas cruzes que frequentemente são vistas nas margens das estradas francesas. E então falou, e suas palavras pareciam familiares... Mas tudo que lembro foi o começo: “Se tu conheceste”... E o fim: “Mas agora eles estão ocultos aos teus olhos”...

Então se inclinou, colheu-me em seus braços (logo eu que sou o homem mais corpulento do Regimento) e me carregou como a uma criança. 

Eu devo ter desvanecido novamente, pois voltei à consciência numa pequena caverna junto a um riacho, quando o “camarada de branco” estava lavando as minhas feridas e enfaixando-as. Pode me parecer tolice dizer isto, mas eu, que sofro dores terríveis, fiquei mais feliz naquele momento do que fiquei alguma vez em toda a minha vida. Não consigo explicar, mas me parece que tenho estado à espera disso todos os meus dias sem me dar conta. Enquanto aquelas mãos me tocavam e aqueles olhos me olhavam com pena, já não pareço importar-me com a doença ou saúde, vida ou morte. E enquanto ele me limpava rapidamente de cada vestígio de sangue e lama, eu sentia-me como se toda a minha natureza tivesse sido lavada, como se toda a sujidade e imundície do pecado tivesse sido eliminada, como se eu tivesse voltado a ser uma criança.

Suponho que adormeci porque, ao acordar, este sentimento havia se dissipado. Eu era um homem e desejava saber o que podia fazer por meu amigo para ajudá-lo e servi-lo. Ele estava olhando para o riacho e suas mãos estavam juntas como a orar. Então percebi que ele também estava ferido; pareceu-me ter visto uma ferida em sua mão, e conforme orava, se formou uma gota de sangue que caiu na terra. Lancei um grito sem poder remediar porque aquela ferida pareceu-me pior que tudo que havia visto na guerra.
 
Com timidez falei a ele: Também estás ferido...
 
Talvez me tenha escutado ou talvez tenha adivinhado em meu semblante. No entanto, gentilmente respondeu: Esta é uma ferida antiga, mas que tem me molestado ultimamente...

Penalizado, percebi em seguida que a mesma marca cruel estava em seus pés. Poderão ficar admirados que não tivesse percebido antes; eu mesmo me admirei... Mas somente quando vi seus pés foi que o reconheci: era o Cristo vivo.
 
Eu o havia escutado dizendo isso ao capelão algumas semanas antes, mas agora compreendi que ele havia vindo para mim (para mim que havia me distanciado dele na vida pelas ardentes febres da minha juventude). Eu estava ansioso para falar com ele e agradecer por tudo. Mas me faltavam as palavras. Então ele se levantou e me disse: Fica aqui hoje perto da água; voltarei amanhã para te ver; tenho um trabalho para você fazer por mim.
 
E se retirou em seguida; enquanto espero a sua volta, escrevo isto para não me esquecer de nada. Sinto-me fraco e sozinho e minha dor aumenta... Mas tenho sua promessa; sei que voltará amanhã por mim...”


O Livro que Mata a Morte – Mario Roso de Luna


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