PRÁTICAS DE MEDITAÇÃO
“Deitado em meu leito ou no duro piso, colocava-me na forma de estrela flamígera (pernas e braços abertos à direita e à esquerda), com o corpo completamente relaxado... Cerrava meus olhos para que nada do mundo me pudesse distrair. Depois embriagava-me com o vinho da meditação na taça da perfeita concentração. Inquestionavelmente, conforme intensificava minhas práticas, sentia que realmente me aproximava do Íntimo... As vaidades do mundo não me interessavam. Bem sabia que todas as coisas deste vale de lágrimas são perecedoras... O Íntimo e suas respostas instantâneas e secretas era o único que me interessava.”
Samael Aun Weor – As Três Montanhas
" O Mantra para despertar a intuição é “OM MANI PADME HUM”. Este Mantra se vocaliza assim: “OM MASI PADME YOM”. A vocalização é letra por letra, assim:
Ooooooooooooooommmmmmmmmmmmmmm... Maaaaaaaaaaaaaaa... Siiiiiiiiiiiiiii... Padme Yooooooooooooooommmmmmmmmmm...
O significado é: “Oh, Meu DEUS em mim”. Se vocalizará este Mantra adorando ao ÍNTIMO, rendendo culto ao ÍNTIMO." (...)
Manual de Magia Prática - V.M. Samael Aun Weor
“Meus caros irmãos, até aqui a prática desta noite. No entanto há algo que devo acrescentar, antes de encerrar esta prática: necessitamos que vocês aprendam a meditar profundo, que saibam meditar. Quando se consegue uma verdadeira concentração se chega à verdadeira dita. Vejam vocês, se eu não houvesse tido na vida a experiência do vazio iluminador, lá na minha mocidade, não estaria falando-lhes agora na forma que estou falando. Essa experiência vivida, jamais se apagou de minha consciência, nem da minha mente e nem do meu coração. É possível que em um Samadhi, quero dizer, em uma prática de meditação profunda pode a consciência de um ser humano escapar do ego para experimentar a dita do Vazio Iluminador. “É óbvio que se o consegue, trabalhará com gosto sobre si mesmo, trabalhará com ardor, por haver experimentado, certamente, a ausência do ego, isso que é a verdade, isso que é do tempo, isso que está mais além do tempo, dos afetos e da mente”. Aqui lhes tenho ensinado uma forma simples de meditar, porque há um tipo de meditação que está dedicada a autoexploração do ego com o propósito de desintegrá-lo, de transformá-lo em cinzas. Mas há outro tipo de meditação que tem o objetivo de chegar algum dia à experiência do Real Ser. Oxalá vocês consigam para que se sintam animados interiormente a trabalharem sobre si mesmos. No entanto, asseguro que é necessário ter um mantram que lhes sirva; o mantram que lhes vou dar esta noite é muito simples: Dei-lhes umas palavras deste mantram na prática passada, vocês se recordam, Gate, mas esta noite lhes vou dar todas as palavras do mantra: Gate, Gate, Paragate, Parassangate, Bodhii, Suaaa, Haaa. Nos gravadores deve ter ficado gravado e também no coração. Pode ser usado também silenciosamente, porque há dois tipos de verbo: o verbo articulado e o verbo silencioso. O verbo silencioso é poderoso. Relaxem seu corpo totalmente, depois de relaxado, se entrega totalmente a seu Deus Interior Profundo SEM PENSAR EM NADA, unicamente recitando com a mente e com o coração o mantra completo: Gateee, Gateee, Paragateee, Parassangateee, Bodhiii, Suaaa, Haaaa... A meditação deve ser muito funda, muito profunda; os olhos fechados, o corpo relaxado, e entregues completamente a seu Deus Interior. Nem um só pensamento deve se admitir nestes instantes! A entrega a seu Deus deve ser total e somente o mantra deve ressoar em seus corações. Este mantram abre o olho do DAGMA. Este mantra profundo, um dia lhes levará a experimentar a ausência do ego, o Vazio Iluminador. Então saberão o que é o Sunyata; então vocês entenderão o que é o Prajaña-Paramita. Perseverança é o que se necessita. Com este mantra vocês poderão chegar muito longe. Convém experimentar a Grande Realidade uma vez, assim o indivíduo se enche de ânimo para a luta contra si mesmo. Essa é a vantagem do Sunyata, esta é a maior vantagem que existe em relação com a experiência do Real. E essa noite para que se aproveite a Meditação e o Mantram como é devido, vamos entrar por um momento em Meditação com o mantram. Mestre: Esvaziar a mente, recordem que temos que deixar de lado o positivo e o negativo de todas as questões. Submergimos-nos com a terceira força, a neutra. Recitarei o Mantram tantas vezes. O Mantram que nos permitirá algum dia tirar a Consciência de dentro do ego para cair no Vazio Iluminador e experimentar o Sunyata. Vocês o seguirão repetindo com seus corações. Não com sua mente; seu coração. Gateee, Gateee, Paragateee, Parassangateee, Bodhiii, Suaaa, Haaaa... Gateee, Gateeee, Paragateee, Parassangateee, Bodhiii, Suaaa, Haaaa... Oh! Sabedoria! Ide,ide,ide na outra costa. Desembarcai na outra costa. Adormeçam, mas esvaziando a mente, esvaziando a mente, não aceitem pensamentos de nenhuma espécie... Gateee, Gateee, Paragateee, Parassangateee, Bodhiii, Suaaa, Haaaa... Gateee, Gateeee, Paragateee, Parassangateee, Bodhiii, Suaaa, Haaaa... Oh! Sabedoria! Ide,ide, ide na outra costa. Desembarcai na outra costa. Adormeçam irmãos, adormeçam, mas esvaziando a mente, esvaziando a mente, não aceitem pensamentos de nenhuma espécie...”
Texto extraído de uma conferência do V.M. Samael Aun Weor no ano de 1976
MEDITAÇÃO NO NASCER E MORRER DAS COISAS
"Sentados em uma cômoda poltrona, com o corpo bem relaxado, ou deitado na cama com a cabeça voltada para o norte, devemos imaginar alguma coisa, por exemplo: a semente de uma roseira. Imaginamos que ela foi semeada cuidadosamente em uma terra negra e fértil e que agora a regamos com a água pura da vida.
Continuamos com o processo imaginativo e transcendental ao mesmo tempo, visualizando como brotam as espigas daquele talo e por fim os raminhos e as folhas. Imaginamos como por sua vez aqueles raminhos cobrem-se de folhas completamente e aparece um botão que se abre delicadamente; é a rosa. No “estado de mantéia”, como denominavam os iniciadores de Elêusis, falando dos gregos, chegamos até a sentir o próprio aroma que escapa dentre as pétalas vermelhas ou brancas da preciosa rosa. A segunda parte do trabalho imaginativo consistiria em visualizar o processo do morrer de todas as coisas.
Poderia se imaginar como aquelas perfumadas pétalas vão caindo, como pouco a pouco vão murchando, como aqueles ramos outrora tão fortes convertem-se depois de algum tempo em uma porção de lenha. Por fim, chega o vendaval, o vento, e arrasta todas as folhas e toda a lenha. A meditação profunda sobre o processo de nascer e do morrer de todas as coisas é um exercício que deve ser praticado de forma assídua, diariamente. É claro que com o tempo nos dará a percepção interior profunda daquilo que poderíamos denominar de mundo astral. É bom ainda advertir a todo aspirante que qualquer exercício esotérico, incluindo este, requer continuidade de propósito. Se praticamos hoje e amanhã não, cometemos um erro gravíssimo. Havendo aplicação de verdade no trabalho esotérico, o desenvolvimento dessas preciosas faculdades da imaginação torna-se possível. Quando, durante a meditação, surgir em nossa imaginação algo novo, algo diferente da rosa, será sinal evidente que estamos progredindo. No princípio, as imagens carecem de colorido, mas conforme formos trabalhando, elas irão se revestindo de múltiplos encantos e cores." (...)
Conferência "A Análise da Mente" - Samael Aun Weor
"A prática mais fácil para chegar à meditação, ou seja, à quietude e ao silêncio da mente, são os Koans: "Se chocamos as duas palmas das mãos, produz-se um som. Sim? Que som está produzindo esta sozinha? (Com uma só mão?) Se alguém o sente que o diga. Alguém sente esse som?". – Não! Bem, faz-se uma, duas ou três vezes para escutar esse som que é produzido pelas palmas das mãos ao se chocá-las; e se faz uma ou duas vezes, tratando de escutar... e adormeça-se, tratando de escutar esse som que é produzido por uma só palma da mão. Temos que dormir, porque a meditação é acompanhada de sono. Se não há sono, não há meditação, porque há distração. A mim me deu o Mestre numa noite, como às sete da noite, lá no México, essa prática, para que a fizesse e me disse: "Amanhã me entregas o resultado". Nessa noite me deitei, fiz minha prática. Lógico que me liberei, liberei a essência. Visitei o mundo causal, investiguei o que necessitava investigar. Houve uma grande festa no mundo causal, todas as grandes hierarquias, quando a minha alma, ou seja, a essência, chegou consciente. Uma essência consciente é um Deus capaz de investigar tudo o que queira. É um Deus! Então, gritaram em coro, todos, ao mesmo tempo que soava a música, uma música celestial. Gritaram todos em coro: "Que se faça um Turiya!". Turiya é consciência contínua. Então não queriam dizer que eu era um Turiya, senão, "que se faça um Turiya!". Aprender a estar consciente, para se mover com essa essência consciente. Isso é despertar a consciência à essência. Chama-se Turiya. Creio que isso vai aumentando por graus; à medida que se pratique, vai aumentando mais, e mais e mais a consciência. Não é que na primeira vez se vá ser um Turiya, não. Por isso disseram: "Que se faça um Turiya!". Porque foi a primeira vez que eu ouvi essa frase de Turiya. Já no mundo causal muda tudo em cem por cento. No mundo causal, nas plantas, nas pedras, em tudo aí se vê vibrar a vida. Vibrar a vida! Aí se vê a vida. Não são esqueletos ou fantasmas, senão vida. Vida em tudo. É uma coisa incomparável! Não existe verbo para explicar. Não existe verbo para explicar isso das maravilhas que já é o mundo causal, sendo que é o primeiro plano eletrônico e não temos palavras para explicar. Muito menos daí para cima. Não? Vou dar-lhes outro Koan: "Sabemos que todas as coisas se podem reduzir à unidade. Tudo se pode reduzir à unidade. A que se reduz a unidade?". Por exemplo, isto, podemos reduzi-lo à unidade. E a que se reduz a unidade? Nós podemos reparti-lo em partículas, até que fique uma unidade. Porém, essa unidade a que se reduz? É um problema para a mente que não encontra resposta. Um problema para a mente que não encontra resposta. Isso é um Koan. Bem, ponhamos este de exemplo, o mais grandezinho, "o jovem", não? Que faria você ao aparecer instantaneamente numa árvore muito gigante, agarrado, você (numa corda), sustentado lá com os dentes, atados os pés e as mãos, assim. Que faria você para não se matar? Os Mestres não o vão agarrar porque você é muito gordo (risos). Se grita, se mata. E é para não se matar. Que faria você nesses momentos? Se fala, se se solta, pois, se matou! Se se solta... porém, é para não se matar! O problema é esse.
P. – Conseguirmos uma prancha, melhor...
V.M. –Veja, aí não existe resposta. A Mente não encontra resposta... tampouco. Esse é outro Koan.
P. –Mestre, temos que usar, para isso, a imaginação. Não?
V.M. –Com a imaginação, com tudo buscamos a resposta, e não a encontramos. Então, você se imagina lá, içado dessa árvore; imagina-se atado de pés e mãos, assim, içado lá, e abaixo o precipício. Você se imagina lá e o demais vem, o resultado, porque a mente busca a resposta e não a encontra. Tem que ficar quieta. Então vem a liberação da essência.
P. –A gente se faz a pergunta?
V.M. –Sim, e se imagina que se está lá e nessas condições.
P. –Faz-se a pergunta específica: Que fazer agora?
V.M. –Sim, para não se matar. Porque, que fazer? Diz: "Não, se me solto, me mato, já! Porém, não. É para não se matar". O problema está, é aí! Aí têm outro Koan para a liberação da essência, para a meditação. Todos esses nos levam ao mesmo resultado, a liberar a essência de seus veículos inferiores; ou seja, é para despertar a consciência à essência. (...)
(...) P. –Mestre, e quando se faz o golpe das palmas e faz o golpe da palma, imagina-se num golpe e se trata de escutar?
V.M. –Aqui há um som (golpe das duas palmas), que todos estamos ouvindo. Que som produz esta palma só da mão? Temos que nos deitar, tratando de escutar esse som que é produzido por uma só palma da mão. Não nisto (duas palmas), senão nisto (uma só mão). Adormecer tratando de escutar esse som dessa palma da mão. Como não existe som, vem a quietude, o vazio da mente. (...)
(...) P. –Mestre, quando se está concentrado num Koan, se cruza um pensamento... que é que se vai fazer amanhã, coisas do trabalho. Que se faz com esse pensamento?
V.M. –Não, seguir o Koan, a concentração no Koan. Deixar isso que chegou à mente. Abandoná-lo. Dizer: "Veja, eu não estou buscando isto, estou numa concentração". E abandona isso.
P. –Verbalmente?
V.M. –Não, mentalmente. Abandona-se, despreza-se esse pensamento ou se lhe busca a dualidade. "Amanhã tenho que fazer um trabalho". Qual é a dualidade desse trabalho? Não fazer nada. Essa é a dualidade.
P. –Se buscamos a dualidade, não nos evadimos do Koan?
V.M. –Não, porque se coloca a dualidade, o positivo e o negativo; coloca-se e se segue com sua concentração.
P. –Mestre, o Koan da... que coisa se deve entender para reduzir à unidade: o átomo, o próton, o elétron?
V.M. –Tudo isso vem sendo uma unidade sempre. Um elétron, um próton, um átomo, segue sendo sempre uma unidade, segue sendo a unidade. Então, a pergunta é: "A que se reduz a unidade?"... Esse é o problema que se põe à mente aí, porque um átomo é uma unidade, um elétron é uma unidade, e é "a que se reduz a unidade?".. Então, é aí que se põe um problema à mente, para o qual não encontra resposta lógica e tem que ficar quieta. Busca-se, com isso, aquietar a mente."
P. – Conseguirmos uma prancha, melhor...
V.M. –Veja, aí não existe resposta. A Mente não encontra resposta... tampouco. Esse é outro Koan.
P. –Mestre, temos que usar, para isso, a imaginação. Não?
V.M. –Com a imaginação, com tudo buscamos a resposta, e não a encontramos. Então, você se imagina lá, içado dessa árvore; imagina-se atado de pés e mãos, assim, içado lá, e abaixo o precipício. Você se imagina lá e o demais vem, o resultado, porque a mente busca a resposta e não a encontra. Tem que ficar quieta. Então vem a liberação da essência.
P. –A gente se faz a pergunta?
V.M. –Sim, e se imagina que se está lá e nessas condições.
P. –Faz-se a pergunta específica: Que fazer agora?
V.M. –Sim, para não se matar. Porque, que fazer? Diz: "Não, se me solto, me mato, já! Porém, não. É para não se matar". O problema está, é aí! Aí têm outro Koan para a liberação da essência, para a meditação. Todos esses nos levam ao mesmo resultado, a liberar a essência de seus veículos inferiores; ou seja, é para despertar a consciência à essência. (...)
(...) P. –Mestre, e quando se faz o golpe das palmas e faz o golpe da palma, imagina-se num golpe e se trata de escutar?
V.M. –Aqui há um som (golpe das duas palmas), que todos estamos ouvindo. Que som produz esta palma só da mão? Temos que nos deitar, tratando de escutar esse som que é produzido por uma só palma da mão. Não nisto (duas palmas), senão nisto (uma só mão). Adormecer tratando de escutar esse som dessa palma da mão. Como não existe som, vem a quietude, o vazio da mente. (...)
(...) P. –Mestre, quando se está concentrado num Koan, se cruza um pensamento... que é que se vai fazer amanhã, coisas do trabalho. Que se faz com esse pensamento?
V.M. –Não, seguir o Koan, a concentração no Koan. Deixar isso que chegou à mente. Abandoná-lo. Dizer: "Veja, eu não estou buscando isto, estou numa concentração". E abandona isso.
P. –Verbalmente?
V.M. –Não, mentalmente. Abandona-se, despreza-se esse pensamento ou se lhe busca a dualidade. "Amanhã tenho que fazer um trabalho". Qual é a dualidade desse trabalho? Não fazer nada. Essa é a dualidade.
P. –Se buscamos a dualidade, não nos evadimos do Koan?
V.M. –Não, porque se coloca a dualidade, o positivo e o negativo; coloca-se e se segue com sua concentração.
P. –Mestre, o Koan da... que coisa se deve entender para reduzir à unidade: o átomo, o próton, o elétron?
V.M. –Tudo isso vem sendo uma unidade sempre. Um elétron, um próton, um átomo, segue sendo sempre uma unidade, segue sendo a unidade. Então, a pergunta é: "A que se reduz a unidade?"... Esse é o problema que se põe à mente aí, porque um átomo é uma unidade, um elétron é uma unidade, e é "a que se reduz a unidade?".. Então, é aí que se põe um problema à mente, para o qual não encontra resposta lógica e tem que ficar quieta. Busca-se, com isso, aquietar a mente."
A Águia Rebelde - V.M. Rabolu
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