DESDOBRAMENTO ASTRAL

em 13 de agosto de 2021


DESDOBRAMENTO ASTRAL


        “O Conhecimento que não se torna consciência não serve.” (Samael Aun Weor)


        “Nós, os Mestres, estamos dispostos a ajudar os seres humanos a entrar nos mundos internos novamente. “Pedi e se vos dará”, “Batei e se vos abrirá”. (Samael Aun Weor)


    Partindo do ponto que já possuímos a base do ensinamento gnóstico e levando-se em conta que depois de muitos anos em que a Gnose foi novamente desvelada a humanidade chegamos a nota síntese do mesma, onde agora devemos aplicar este conhecimento de maneira totalmente prática e objetiva para alcançar os seus resultados, apresentaremos aqui os principais aspectos que se deve levar em conta para a prática do Desdobramento Astral.

    A prática do Desdobramento Astral já se inicia durante o dia, mantendo o estado de atenção e concentração no que se está fazendo. A recordação de si mesmo, a auto-observação e a morte em marcha também são ferramentas de auxílio para a concentração, para que não dispersemos com os objetivos que estamos nos propondo em determinada atividade do dia. Uma mente dispersa ou muito ativa durante o dia vai acabar atrapalhando no momento da prática, onde não se conseguirá silenciá-la. O desdobramento astral é uma prática relacionada diretamente ao coração e por isto a mente não serve.


        “O processo mental e intelectual suga e vampiriza sem misericórdia nenhuma os poderes vitais do coração.” 
        (Samael Aun Weor)


    Por outro lado, temos de aprender a estar em paz com todas as coisas. A paz é uma essência emanada desde o Absoluto, precisamos nos harmonizar com estas energias que provém do Alto. Vivamos a senda do Coração Tranqüilo. À noite, ao levantarmos, devemos praticar o exercício de não pensar. Durante o dia também, além da concentração, desenvolver o estado de alerta novidade. Diante de algo raro ou diferente nos perguntarmos: - Porque estou vendo tal coisa? Estarei no mundo físico ou mundo astral? Feita esta pergunta dar um saltinho com a intenção de flutuar. Tudo isto ajuda a manter a consciência ativa e a noite acabamos reproduzindo esta ação no astral e o resultado é que despertamos, pois lá acabamos flutuando e nos dando conta disto.
    
    Grande parte da humanidade perdeu esta capacidade do desdobramento já há algum tempo e para todos que tem dificuldades em sair em astral os veneráveis mestres recomendam reparar esta faculdade com a prática diária da meditação. A meditação também serve para despertar a consciência, pois a medida que perseveramos com a meditação haverá momentos que já no mundo astral poderemos nos dar conta em que estamos fora do corpo físico.

    Para a prática da noite convêm que criemos uma disciplina para a mesma. Devemos nos acostumar a deitar cedo, para que o corpo físico possa ser corretamente reparado pelo nosso corpo vital. O ambiente deve estar asseado e limpo. Podemos também queimar algum tipo de incenso, algo que auxilie a criar uma atmosfera mais espiritualizada. Precisamos desenvolver a disciplina de não comermos demais a noite, para que o corpo não interfira ou atrapalhe o processo do desdobramento, por estar sobrecarregado.

    Como auxílio para esta prática temos os mantrans, deixados pelos V.M. Samael e Rabolu: Faraon, Laras, Tairerere, Egipto, entre outros (*). Devemos adotar uma posição cômoda ao deitar, buscar relaxar bem o corpo físico e passar a mantralizar (pode-se fazer algumas vezes verbal, passando depois a fazê-lo de forma mental), buscando adormecer concentrado nos mantrans. Ao percebermos as primeiras imagens e sons do astral devemos suavemente fazer um esforço para se levantar, desprendendo o corpo astral do corpo físico. Em seguida, dar um saltinho com a intenção de flutuar. Esta é a comprovação que a consciência necessita para perceber que está em outra dimensão. Todo o objetivo da prática é buscar este estado de transição entre o sono e a vigília. Para isto se poderá perceber alguns sintomas, tais como formigamento, uma corrente elétrica que passa pelo corpo, um ruído de um motorzinho no cérebro, um estado que que não conseguimos nos mexer, o som da glândula pineal (semelhante ao canto do grilo) cada vez mais forte. O importante é aprendermos a nos desligar do corpo físico e aprofundarmos no processo da concentração e sono, observando o momento exato de se levantar em corpo astral. Feito isto podemos pedir ao Pai interno que nos leve a Igreja Gnóstica ou aonde queiramos ir.

    Também temos de levar em conta que os nossos defeitos psicológicos querem atrapalhar a prática do desdobramento astral. Para isto a necessidade da constante vigília, auto-observação e petição da morte destes detalhes que vão se apresentando. A Preguiça costuma nos lubridiar na prática ou mesmo não incentivar a própria prática, nos enganado que estamos cansados ou com muito sono. A Cobiça se relaciona a cobiçar poderes, o que pode gerar uma ansiedade ou estado mental negativo. Também temos a cobiça relacionada ao mundo material, onde acabamos ficando de fato cansados demais durante o dia e depois não conseguimos realizar esta prática. Quem cobiça também Inveja o próximo ou aquele que inveja cobiça o que não tem. Não devemos invejar a nada ou ninguém e sim nos alegrar pela facilidade que alguém possa ter em relação ao ensinamento e nos esmerar por praticar da melhor forma possível. A Ira já é bastante conhecida, pelas emoções negativas que geram, o que nos tira da emotividade superior relacionado ao Cárdias. A Gula pode provocar a sobrecarga de nossa digestão, bem como do fígado. Esta glândula possui um chacra que se relaciona com a atividade astral. A Gula também se relaciona as paixões e apetites sexuais, o que acaba provocando um desequilíbrio no trabalho esotérico. O Orgulho pode atuar como já nos crermos transcendidos ao ter sucesso com esta prática ou acabarmos dando com a língua nos dentes, contando aquilo que não podemos contar sobre as experiências. O orgulho também atua como um sentimento de baixa estima, acharmos que não somos capazes de realizarmos o desdobramento, quando na verdade esta é uma faculdade normal do organismo, o que importa é aprendermos a realizá-la de maneira consciente. A Luxúria também nos atrapalha. As glândulas sexuais se relacionam com a glândula pineal, ou seja, a potência sexual nos auxilia no processo de desenvolvimento da glândula pineal enquanto as caídas sexuais ou desgaste desta energia terão um efeito contrário.

    Por último, temos o aspecto de nos recordar dos sonhos. Para isto temos de aprender a não nos mover ao acordarmos, mantendo os olhos fechados. A partir daí buscamos a recordação de tudo o que sonhamos naquele período, começando sempre pela última imagem ou impressão que trazemos do astral. A principal ferramenta de interpretação do que sonhamos é a intuição, pois na intuição a mente não se interpõe com suas dúvidas ou teorias. Também temos as diferentes leis para serem estudadas, para aprendermos a decifrar o que sonhamos: Lei das Analogias Filosóficas; Lei da Analogia dos Contrários, Lei das Correspondências, bem como o estudo da numerologia e cabala. Podemos criar o hábito de anotarmos os sonhos mais significativos que temos, com o propósito de irmos decifrando-os mais a frente. Importante também é aprender a diferenciar os sonhos mecânicos, que são mera reprodução de estados psicológicos do nosso dia a dia, dos sonhos de tipo superior (sonhos de Brahma), onde o Ser se utiliza dele para nos passar informações acerca do trabalho psicológico, o que precisamos melhorar, etc.


        “A tenacidade e a paciência são o fundamento de todo o progresso”. (Samael Aun Weor)


    Paz Inverencial!


    (*) Ouça o áudio dos mantrans no blog Gnose para Poucos (clique na aba Práticas)

OS QUATROS ESTADOS DA CONSCIÊNCIA E AS TRÊS ETAPAS DO CONHECIMENTO

em 3 de agosto de 2021


OS QUATROS ESTADOS DA CONSCIÊNCIA 

E AS TRÊS ETAPAS DO CONHECIMENTO



     Todos queremos despertar internamente, mas pelo comum sonhamos acordados, nossa consciência está adormecida. Precisamos do esforço supremo por estar vigilantes durante o dia para podermos despertar internamente, assim a experimentação da Verdade vai se tornando um fato dentro de nós mesmos.

 O que normalmente se reproduz nos sonhos são os chamados sonhos inconscientes, que nada mais são que a repetição mecânica de estados e emoções que passamos durante o dia. Existem também os sonhos projetados pelo subconsciente, baseados em experiências já passadas, nesta ou em outras existências. Finalmente existem os sonhos do infraconsciente, que podemos traduzir pelos sonhos ruins ou pesadelos. Já os sonhos de Brahma derivam de nossas partes superiores de nosso Ser e buscam nos passar ensinamento através dos arquétipos.

  Então, para que deixemos de sonhar durante os sonhos e também sonhar acordados necessitamos da autoconsciência ou consciência de vigília. Depois, com o trabalho da Revolução da Consciência poderemos um dia a chegar a Consciência objetiva desperta.

  Os quatro estados da Consciência são Eikasia, Pistis, Dianóia e Nous. Os dois primeiros estados se relacionam com os aspectos sensoriais (5 sentidos), com o que vemos e apalpamos. Já os dois últimos se relacionam com a realidade superior, que necessita ser comprovada através dos aparatos psíquicos da máquina humana. Todo objeto é um trio de energia, matéria e consciência. A questão é em que velocidade está este objeto, se é visível aos sentidos ou se só os pode perceber com o sentido espacial.

   Em “Eikasia” se expressa a Infraconsciência, estamos absolutamente identificados com os nossos erros e por aí se desenvolve toda a barbárie humana: crimes hediondos, guerras, degeneração sexual, drogas, miséria. Eikasia é o estado de ignorância absoluta e a ignorância dos afasta dos verdadeiros valores. Eikasia nos leva a um estado de hipnotismo coletivo.


            “O Diabo é Diabo e jamais se aperfeiçoa”  (V. M. Samael Aun Weor)


    Em “Pistis” está o subjetivismo. É o conhecimento aceito passivamente, sem buscar a comprovação do real. A mente sensorial só acredita naquilo que experimenta. Também temos a mente intermediária, onde estão as crenças em dogmas inquebrantáveis. Em Pistis desenvolvemos os preconceitos, fanatismos. Aqui nos encontramos arraigados aos nossos hábitos e costumes, que acabam criando uma atmosfera de comodismo e estagnação.

    Em “Dianóia” já temos a revisão intelectual de crenças. A mente interior elabora seus conteúdos com dados proporcionados pela Consciência superlativa do Ser. A Dialética é utilizada como processo de educação da inteligência, uma pedagogia do espírito que nos prepara para contemplar o Ser ou a Verdade. Dianóia é autoconsciência. Necessitamos deixar os estados de Eikasia e Pistis para viver em estado de Dianóia. Cada verdade adquirida pela Fé se torna pouco a pouco vivente e passa a ser convicção dentro de nós mesmos.


        “Na simplicidade do coração nos preparamos para receber o raio da razão e este raio prepara o coração para a percepção da Luz.”  (Eckartshausen)


    Já “Nous” é a supraconsciência. Mundo da Intuição ou Consciência Objetiva. Nous é o chamado estado de Turiya (iluminação, intuição). Nous é o mundo dos arquétipos divinos. Podemos receber experiências oníricas deste estado, através dos sonhos arquetípicos. Através de “Nous” nossa mônada poderá retornar ao Absoluto, vivendo em estado de absoluta felicidade e perfeição.

    Imaginação, Inspiração e Intuição se constituem nas três etapas obrigatórias do Conhecimento que devemos passar, onde irão nos levar ao caminho da Iniciação.

 Imaginação: O conhecimento imaginativo confere o poder de viajar conscientemente e positivamente em corpo astral. Para alcançar o conhecimento imaginativo devemos aprender a manejar a concentração (se concentrar em uma só coisa) e saber meditar profundamente. Um dia qualquer, em meditação, surge na mente um quadro, uma paisagem, um rosto, um objeto, etc. Isto já é um sinal que estamos despertando para o conhecimento imaginativo. A consciência desperta pouco a pouco. Ao chegar ao conhecimento imaginativo o estudante vê os símbolos, mas não os entende. Prática: Como exercício da imaginação e como forma de pararmos a atividade do pensamento podemos utilizar o poderoso mantram WU. O mantram WU sempre foi bastante utilizado pelos orientais. Consiste em mentalmente alongarmos a vogal U: Uuuuuu... Uuuuu..., imitando assim o som que o vento faz ao passar pelas escarpas das montanhas. Desta forma devemos imaginar que nos encontramos em uma montanha bem alta, onde sopra um forte vento, ao mesmo tempo em que entoamos este mantram. Imaginamos também que devido ao mantram e o vento nossos pensamentos se mantêm afastados, pois não conseguem se fixar em nossa mente. Podemos imaginar que eles ficam ao longe, nos entornos das outras montanhas. Esta prática pode ser utilizada tanto para frear a nossa mente, para depois seguirmos com outra prática ou também se pode seguir com a mesma, já como uma meditação.

    Inspiração: O conhecimento inspirado nos confere o poder de interpretar os símbolos da grande natureza. Ao dormirmos sem pensar, com a mente quieta e em silêncio, despertamos fora do corpo físico e nos elevamos ao conhecimento inspirado. Precisamos aprender a ver e interpretar na ausência do EU, do mim mesmo, assim evitamos a clarividência negativa. Para a interpretação existem a Lei das Analogias Filosóficas, a Lei das Correspondências e o estudo da Cabala Mística. É no estado de Dianóia que podemos receber elementos do Ser que nos auxiliem no processo de interpretação dos símbolos que vão nos mostrando no astral.

     Intuição: O mundo da Intuição é o mundo do Ser, é o mundo do Íntimo. O mundo da Supraconsciência. Todo iniciado, quando se movimenta em corpo astral, pode criar o êxtase por meio do amor e se elevar ao mundo dos anjos, dos arcanjos, dos serafins e assim chegar ao conhecimento intuitivo. Se o estudante pratica com tenacidade e suprema paciência, seu próprio Ser Interno o ensinará e instruirá na Obra. Passará a estudar aos pés do Mestre...


        Paz Inverencial!


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