IMAGINAÇÃO e CLARIVIDÊNCIA

em 30 de março de 2022


IMAGINAÇÃO e CLARIVIDÊNCIA


Imaginar é ver, assim disseram-nos os mestres. Quando direcionamos imagens frente a algo superior, que esteja relacionado com os poderes e virtudes da alma, do amor e da felicidade, de forma concentrada e constante, logramos ver sob a luz da verdade. Esta imaginação criadora, combinada à vontade consciente, traduz-se em fé, que por sua vez é capaz de cristalizar o que vimos no mundo físico.

A imaginação pode ainda ser chamada de “pró-visão”, que é um poder de vidência dos 3% de consciência que possuímos livres.

Desenvolver a imaginação é possível, por exemplo, com a prática de concentração na evolução e involução da roseira.

A rosa é a rainha das flores e tem relação com nossa alma. A prática de vida e morte da roseira dá-nos o poder de cessar o “tic-tac” da mente ou batalhar das antíteses dos pensamentos. Esta concentração cria um campo eletromagnético na mente que faz cessar a mecânica de vozes, imagens e sons dos ”Eus” dentro de nós. É como um choque e é muito rápido. Se soubermos aproveitar este instante, nos libertamos da garrafa do ego e entramos no vazio iluminador.

        Devemos imaginar que plantamos uma semente na terra e em seguida observamos a roseira brotar, crescer, dar folhas, frutos (botões) e por fim as rosas. Depois, imaginamos o processo contrário, as pétalas caem, as folhas murcham, o galho seca e o processo de encerra...

O vazio que fica em seguida traz-nos o silêncio da morte e revela-nos os segredos da vida... Se conseguirmos manter a concentração neste “nada”, abrimos uma porta rumo às dimensões superiores.

Nos mundos superiores a imaginação criadora torna-se clarividência à luz dos olhos da Essência, liberta e desperta.

Ao lado da imaginação temos também a “auto-observação”. A auto-observação é um sentido espacial que permite ter-nos uma visão plena do mundo exterior e interior ao mesmo tempo. Podemos dizer que a auto-observação é um exercício consciente do despertar.

Quando nos identificamos com acontecimentos externos agimos somente com a mente e esta passa a estar totalmente dominada pelos egos. Então, dizemos e fazemos coisas sem coerência, sentido ou razão. Já quando nos identificamos com nós mesmos, com nossos pensamentos e tagarelice do mundo interior, alimentamos tudo que possuímos de mais egoísta, egocêntrico e ególatra.

Com relação à verdadeira clarividência, somente possui àqueles que despertaram a terceira visão. Isto é possível principalmente através da serpente de poderes mágicos, no caso nossa Divina Mãe Kundalini. Este poder confere ao iniciado ver além das três dimensões e também acontecimentos passados e futuros...

Existe também o que consideramos como pseudoclarividência. Neste caso, ocorre o despertar do poder sem a auto-observação, morte do ego e liberação da Essência.

Esta clarividência subjetiva trazem os “médiuns”, por exemplo, de outras vidas ou é desenvolvida por meios de técnicas mentalistas e hipnóticas.

O pseudoclarividente não controla este poder e comete erros gravíssimos, através de falsas visões, no astral e no físico, confundindo vidas passadas com o presente e egos com pessoas reais.

Assim, nascem os mitômanos, falsos-profetas, videntes e toda classe de gente que desenvolve poderes que são dominados pelos seus próprios egos.


PERCEPÇÕES SENSORIAIS no MUNDO ASTRAL

Certamente que o corpo astral, ainda que lunar, é uma réplica do corpo físico criado pelas percepções equivocadas da mente.

Por conseguinte, nossos sentidos comuns, como visão, olfato, paladar, audição e tato, também se manifestam no mundo astral, já que este processo é totalmente mental e tem como base as impressões que recebemos do mundo exterior e interior.

Quando observamos certos pensamentos agindo em nossa mente, nos damos conta que estes possuem forma, imagem, vozes, cor e som.

Se por uma deficiência, não possuímos aqui no mundo físico alguns destes sentidos, assim também será no nosso corpo astral lunar.

Em outras palavras diríamos que não precisamos de nenhum poder especial para ver ou perceber o mundo dos sonhos.

Contudo, devemos entender que quando se trata do mundo astral lunar ou inferior, há muitas fantasias, representações mentais, objetos, lugares e pessoas que não possuem existência real.

Muitas vezes ao tocarmos em alguma coisa que estamos vendo no mundo astral, não evitamos de retornar do astral ao mundo físico. Isto se deve porque aquilo que tocamos era uma representação criada de nossa própria mente.

Já se estamos em um ambiente real, usamos esta técnica, que funciona perfeitamente para permanecermos quanto tempo for necessário no mundo astral.

Nestes casos, observamos que o desdobramento consciente leva grande vantagem frente ao despertar durante o sonho. Quando nos desdobramos diretamente da cama, a passagem da terceira para quinta dimensão faz-se quase sem envolvimento dos sonhos ou fantasias mentais.

A prática do “saltinho” ou de “puxar o dedo”, acompanhada da pergunta: Será que estou no astral ou no físico? É válida, contudo, não devemos nos acomodar a ela, pois as experiências vividas desta forma não possuem a mesma qualidade e realidade que as do desdobramento.

Para muitos o desdobramento consciente parece uma prática quase impossível. Alguns até creem que não logram êxito em se desdobrar, por carma ou castigo, mas a única verdade é que tudo se deve a falta de prática. Nesta e em outras vidas também.

O melhor horário para esta prática é a madrugada, com o corpo já descansado. Assim, a concentração se faz mais consistente e fácil.


São “4” os passos ou caminhos que temos de dar:

Faquir: Posição. Pode ser deitado de frente ou de lado. O importante é ficarmos confortável e sem nos coçar.

Yogue: Prática de imaginação na luz azul, para relaxamento de cada músculo.

Monge: Voltamos ao coração e oramos pedindo força e ajuda ao Pai Interno.

Gnose: A prática. Mantralização (FA-RA-ON, LA-RA-S, EGIPTO, SSSSS, HARE CRISTO, PASSARINHO etc.)

Com continuidade de propósitos e força de vontade, qualquer um pode lograr o desdobramento em 14 dias.


Paz Inverencial! 


*Texto: Colaboração de irmãos gnósticos da S.O.S.

 

A PANDEMIA E O DESEQUILÍBRIO DA HUMANIDADE

em 16 de março de 2022


A PANDEMIA E O DESEQUILÍBRIO DA HUMANIDADE



A Pandemia trouxe-nos cenários os quais comprovaram nossa incapacidade de ficarmos isolados, ou seja, não estamos preparados para ficarmos o dia todo conosco mesmo e enfrentar o tédio, as perdas, a incerteza e a solidão.

Certamente passamos por situações difíceis em nossa existência. Bem sabemos que temos que aproveitar cada dificuldade (que são oportunidades) e aprendermos algo, ainda que demoremos a entender ou a aprender.

Imaginemos uma situação de tranquilidade, conforto, comodismo, rotina, hábitos costumeiros, tudo indo bem, caminhando da mesma maneira de sempre...

De repente, tudo muda e nos vemos em casa, isolados com a possibilidade de perdermos nossa família, nosso emprego, nosso dinheiro e talvez nos vermos doentes em consequência do vírus que se espalhou por todas as partes.

Quantos riscos corremos e quanto realmente perdemos? Quanto estresse, quanto medo, quanta ansiedade e depressões este isolamento forçado e inesperado gerou? O que aprendemos durante esta pandemia e quarentena, com relação à humanidade, os governantes e a nós mesmos?

Caso não tenhamos feito esta análise, seja por não ter faltado nada, ter mudado muito pouco, nossa zona de conforto não ter sido abalada ou por outro motivo, a verdade é que de uma forma ou de outra, refletir sobre tudo isso, pode nos dar uma direção sobre como devemos conduzir nossa vida daqui em diante.

A falta de trabalho interno nestas situações pode nos levar ao fracasso diante de todas estas adversidades.

Vimos que houve um aumento considerável na procura por ajuda, seja de psicólogos, psiquiatras e outros profissionais, durante a pandemia. Também vimos o aumento de crimes, de vícios, de violência e abusos de todo tipo, principalmente doméstico.

Seria o desequilíbrio mental da humanidade ou somente um reflexo de quem realmente somos? E o que podemos fazer?

Os Mestres nos ensinaram a fórmula, sabemos o que temos de fazer... Sim, a auto-observação, a morte dos defeitos, o desdobramento, a castidade... Não há outra saída.

Temos de ter uma disciplina mental e física, para não adoecermos, pois se não controlarmos (observarmos e eliminarmos) nossos medos, angústias e nos preparamos para o futuro, não teremos condições de trabalhar internamente.

É hora de deixar a futilidade, a preguiça e os apegos, deixar em segundo plano o sucesso financeiro (Deus Primeiro), pois a fome, as doenças e as guerras estão se intensificando.

Nosso Pai interno não nos deixará sem um teto, sem alimento, sem trabalho. Ainda que não tenhamos o conforto e abundancia aos quais nos acostumamos.

Então intensificamos as orações, as práticas e os trabalhos. Preparamo-nos para o que virá. Preparamo-nos para o resgate.


    “Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustentam. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?”

    Mateus 6:26


Paz Inverencial!


*Texto: colaboração de irmãos gnósticos da S.O.S.

DIVERSOS ASPECTOS DO MEDO

em 7 de março de 2022

DIVERSOS ASPECTOS DO MEDO



Compreender o medo em sua totalidade não é uma tarefa tão simples. O primeiro passo é estudarmos sua natureza primária.

A natureza primária do medo é instintiva e animal. Os processos quimio-biológicos que ativam a reação de medo entre os animais acontecem de maneira semelhante a nós humanos. A princípio a ativação ou liberação de certos hormônios fazem com que o corpo se prepare para lutar ou fugir, por instinto de defesa e sobrevivência.

Quando há energia, força e destreza, bem como coragem e valentia, lutamos e enfrentamos o inimigo que nos ataca, por defesa a nossa vida ou de outros que estejam sobre nossa proteção.

Quando por inteligência e estratégia, nos damos conta que nosso inimigo está em grande vantagem, optamos por fugir ou recuar, já que a defesa neste caso representa também preservar nossa vida. Obviamente, que dependendo da situação, uma fuga pode significar covardia, fraqueza e medo, principalmente quando abandonamos amigos e familiares a própria sorte...

Quando nenhuma destas duas coisas acontecem e ficamos paralisados, sem ação, o corpo vai perdendo energia e força... o coração dispara, a pressão sobe, os joelhos tremem, os dentes rangem, o estômago se contrai, processos fisiológicos se descontrolam... e às vezes até chegamos a desfalecer.

Contudo, este é apenas um aspecto do medo. O medo dentro de sua natureza especificamente humana, age na mente não como um ego, mas sim como um estado psicológico que nos detém, nos torna incapaz e fracos.

Evidentemente que nestes casos, o ego toma conta deste estado equivocado e age dentro de seu centro correspondente (intelectual, emocional e sexual), trazendo-nos o sentido de temor, fobia ou até pânico.

No centro intelectual, o medo faz com que nos tornemos tímidos, calados e introvertidos, pelo fato de termos complexos diante de pessoas com capacidade de comunicação e interação melhor que a nossa. No centro emocional o medo de não ser correspondido em uma paixão, levam os enamorados a mentir e enganar seus pretendentes para não afugentá-los. O medo de falhar durante um ato sexual pode levar o homem ao desespero e a impotência.

Há também o medo de perder nossos entes queridos, nossos filhos, nossos pais e também o medo de perder o emprego ou nossos bens materiais... e o que dizermos do medo que temos de não sermos aceitos, de fazermos a vontade do outro e não a nossa, somente para sermos aprovados.

Na infância, às vezes, por ignorância somos educados através do medo ou vamos adquirindo medos que nossos pais sentem e acabam interferindo na formação de nossa personalidade.

Quando alimentamos o medo desde criança é normal que levemos à adolescência certa ansiedade que rouba a energia sexual que se não for trabalhada, acaba se transformando em um estado depressivo que cria uma roda contínua de sentimentos negativos e emoções inferiores.

Se colocarmos este sentido num plano global, descobrimos que muitas leis inúteis são criadas pelo medo e até a própria guerra, antes mesmo da ambição pela conquista e posse, temos o medo como sentimento principal dos governos e governantes.

Convém aclararmos também, que o medo não deve ser confundido com receios, precauções, cuidados e segurança que temos que tomar para cuidar da vida e bem estar, nosso e daqueles que estão sobre nossa proteção.

O primeiro passo para acabarmos com nossos medos, temores, fobias... é investigar e conhecer a fundo a origem dos mesmos.

Certamente haverá medos hereditários ou que trazemos de vidas passadas, mas, ainda assim podem ser trabalhados e transcendidos.

A compreensão é o segundo passo, porque a inconsciência gera ignorância e a ignorância traz trevas para nossa vida e esta nos impede de ver a verdade como ela é, não como acreditamos que seja.

A compreensão, muitas vezes, exige perdão e renuncia do passado e dos erros que cometemos ou que cometeram contra nós.


    "Se alguém vive de instante em instante, de momento em momento, sofrendo pelo que lhe devem, pelo que lhe fizeram, pelas amarguras que lhe causaram, sempre com sua mesma canção, nada poderá crescer em seu interior."

    Tratado de Psicologia Revolucionária - V.M. Samael Aun Weor


Por fim, como último passo devemos trabalhar a disciplina dos centros, para que a gente não perca energia desnecessária e assim possa se equilibrar. Neste caso entra em jogo a concentração e a agenda diária que temos sempre que fazer.

As primeiras provas que o discípulo passa nos mundos internos, como a do “guardião” e dos “quatro elementos”, tem como foco o medo. Aquele que não tem suas energias mais ou menos equilibradas, não logrará êxito em nenhuma destas provas.

É muito notório quando uma pessoa está com os centros desequilibrados. Observamos isso quando alguém se assusta por qualquer coisa. Até mesmo com as pessoas de sua casa, objetos ou quem sabe até mesmo com sua própria sombra como se diz.

O elemento surpresa e o sobressalto diante de situações inesperadas, que podem ser boas ou más, também podem causar medo ou susto extremo e até um desmaio, porém quando somos equilibrados, nestes casos pode haver no máximo uma reação do corpo para nos preparar para alguma ação, seja de luta, fuga ou bem estar.

Quando trabalhamos sobre a morte do “Eu psicológico”, quando nos auto-observamos, quando começamos a despertar... nossas energias vão sendo utilizadas de forma sábia e nossos medos vão desaparecendo como que por encanto...

Este é o valor que damos a este ensinamento, porque temos a possibilidade de mudar e nos tornar alguém melhor do que somos.

    Como se diz: errar é humano! Contudo ao persistir no erro    nos igualamos aos animais, já se mudamos e nos corrigimos somos deuses.


Paz Inverencial!


*Texto: colaboração de irmãos gnósticos da S.O.S.



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