PILARES

em 29 de outubro de 2022

 

PILARES


A Síntese do Gnosticismo não está nos livros, senão na Prática. Todos aqueles livros, Sínteses do Gnosticismo Universal que, de tempo em tempo vem à tona, apontam sempre para o mesmo Caminho: para a Prática, a Vivência e a Experimentação.

Perdeu-se um valioso tempo, falando, lendo milhares de obras e no fundo não se chegou ao Despertar da Consciência, que é o objetivo primordial da Gnose. Sabemos que Gnose é conhecimento, mas para chegar a este, precisamos ter experiências e estas só se dão quando o Estudante entra pelo Caminho Prático.

A Gnose como conhecimento se fundamenta no autoconhecimento. Dentro de nós se encontram as faculdades e meios de verificação, das grandes realidades do Cosmos e de nosso próprio SER.

O Caminho exige propor-se uma disciplina, uma rotina diária, verdadeiras práticas, exercícios que, devidamente selecionados, nos levam a conseguir melhores resultados e de forma mais rápida. Pois ocorre que se ficarmos provando uma e outra técnica, sem nos aprofundarmos na técnica escolhida, ao final podemos não conseguir resultados satisfatórios em nenhuma delas.

A Síntese é um conjunto de práticas, orientadas ao Resgate da Consciência, sequestrada por nossos defeitos, por meio da Experimentação. Ela constitui-se em três Pilares:

O PRIMEIRO PILAR é liberar a Essência, a qual dorme profundamente, dentro do Cárcere Psicológico, formado por nossos defeitos, vícios, erros, apegos, apetências, temores, rancores, etc., etc., etc. Por meio da morte em marcha podemos lograr resgatar a Essência, desenvolver a castidade e a concentração.

O SEGUNDO PILAR corresponde a prática do Desdobramento Astral, a qual é uma ferramenta que possuímos e que muitos desconhecem, com esta ferramenta podemos pesquisar diretamente qualquer fenômeno, acontecimento, além de servir de veículo, para irmos aos Templos da Loja Branca e receber os ensinamentos diretamente dos próprios Mestres.

O TERCEIRO PILAR é das práticas relacionadas a fazer consciente a Essência liberada por meio da Morte Psicológica. A Essência liberada deve ser despertada por meio da meditação. Além disso podemos ir fortalecendo, pouco a pouco, a Essência com a transformação das impressões, a compreensão, bem como também acordar as faculdades e o correto trabalho com certas energias, que convenientemente aproveitadas (castidade), nos darão um impulso maior no trabalho relacionado com a Liberação da Consciência do Cárcere Psicológico que nós mesmos temos criado de existência em existência.

Os três pilares podem nos levar para participar do êxodo ou para um lugar seguro, a fim de continuarmos trabalhando com os três fatores de revolução da consciência, no momento em que não será mais possível viver na Terra.


A INTELIGÊNCIA

Como dito no início, perdeu-se muito tempo com teorias, necessitamos estudar a Gnose profundamente. Não há dúvidas que no princípio necessita-se ler as obras, mas há que depositar na Consciência o conhecimento adquirido, por meio da meditação, para conhecermos o seu sentido íntimo.

Estamos vivendo a era da informação, temos acesso a todo e qualquer assunto, pelos livros e pela internet. Até onde a mente consegue alcançar, nada mais está oculto… Muita teoria, muita informação, porém pouca sabedoria e conhecimento profundo e verdadeiro.

Ao contrário do que muitos possam pensar, inteligência é diferente de intelectualidade. A inteligência é a capacidade de absorver o Real, de absorver as mensagens e arquétipos vindos dos mundos superiores. É a capacidade de ir além do que a mente pode alcançar. Diante disso, a consciência é o artigo mais fino e raro que podemos adquirir. Pois a inteligência é consciência, o amor é consciência, e para chegarmos à consciência temos que meditar…

Quanto mais buscamos fora, mais nos distanciamos do nosso Mestre Interno, o qual tudo sabe. A verdade nunca estará nos livros ou na internet. Meditar, meditar, meditar... Não há outro caminho. Com a meditação acessamos um conhecimento que poucos conseguem entender e decifrar: a matemática divina, o sagrado mistério da letra, a linguagem dos anjos, as sagradas escrituras, o real simbolismo onírico…

Se temos um sonho, podemos conter o impulso de ir à internet para pesquisar seu significado, podemos nos colocar em posição de prática de meditação (a qual é mais usual de cada um) fechar os olhos, aquietar a mente, fazer a pergunta ao Ser Interno sobre o significado do sonho e entrar em meditação. Todo ensinamento vem no tempo certo, tendo perseverança com a prática, a resposta virá.

A mensagem onírica pode ser uma peça de um quebra cabeça que irá nos levar para o caminho do despertar. Pode ser uma peça de um quebra cabeça que nos levará a uma missão para ajudar a humanidade, a qual devemos cumprir para avançarmos neste caminho. Por isso é importante anotar os sonhos, meditar e estar consciente de instante em instante para captar as mensagens que vem dos mundos superiores, as quais nos chegam a todo momento.

Paz Inverencial!


*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.





A MUDANÇA RADICAL

em 28 de outubro de 2022

 

A MUDANÇA RADICAL


“Quando nos recordamos de nós mesmos, quando trabalhamos sobre nós mesmos, quando não nos identificamos com todos os problemas e penares da vida, de fato vamos pela senda vertical” (Tratado de Psicologia Revolucionária - Samael Aun Weor)

O animal intelectual, chamado erroneamente de homem busca instintivamente duas coisas na vida: a preservação e a perpetuação da espécie. Ambas se devem a influência lunar o que gera como consequência, apego ao mundo material, no sentido de garantir sua comida, proteção, apego à prole e à família. Chegamos ao ponto de estarmos tão envolvidos, identificados e até felizes com os brinquedos que a lua nos coloca, que esquecemos do que viemos fazer aqui.

Temos muitos aspectos no dia a dia que precisamos administrar, tanto na vida pessoal, na vida profissional, amorosa, quanto na vida familiar. São tantas as situações para administrar que muitas vezes acabamos fugindo ou esquecendo daquilo que é essencial, que é o local onde habita a nossa Essência. Acabamos nos esquecendo do nosso Real Ser e do trabalho que temos que realizar.

Recordar e esquecer nos remete a algo ligado à memória. Mas o que nos faz lembrar ou esquecer alguma coisa? Quando aprendemos algo, este aprendizado vai para a memória de curto prazo. Passados meses, na condição em que nos encontramos, até mesmo em semanas podemos ter esquecido tudo ou praticamente tudo do que aprendemos. Já o que faz algum aprendizado ir para a memória de longo prazo é a repetição do mesmo, sendo que no caso do trabalho interno é a REPETIÇÃO COM INTERESSE. Muitos são os estudantes gnósticos que dizem que não estabelecem disciplinas com rotinas diárias por temerem mecanizar as práticas. No entanto temos que entender que há dois tipos de repetição: a mecânica com a qual até um papagaio aprende a falar, e a REPETIÇÃO COM INTERESSE que é a repetição consciente. No último caso a repetição com interesse aperfeiçoa uma prática, incorpora uma mensagem importante dentro de nós, passa a fazer parte do nosso SER e também permite que, com o aprofundamento da prática, surjam mensagens e idéias para avançar na compreensão daquilo que estamos buscando. Conhecer o caminho é diferente de percorrê-lo! Podemos conhecer a doutrina dos muitos egos, saber que existem dimensões superiores, mas somente com a rebeldia psicológica e traçando uma disciplina podemos experimentar todas as informações que recebemos! Se não criarmos um centro de gravidade na Essência e intensificarmos as práticas, principalmente de morte e meditação, podemos acabar esquecendo o que nossa Mônada veio fazer aqui na Terra. Oxalá pudéssemos ir para um recanto da natureza e viver rodeado de uma atmosfera mística, num lugar calmo, como um mosteiro e ter mais disponibilidade para o trabalho interno e para fazer mais práticas. Mas o mais bonito deste trabalho é que podemos criar essa atmosfera superior em qualquer lugar que estivermos, ou seja, aqui e agora. Para isso precisamos viver em recordação de nós mesmos e em auto-observação de instante em instante. Podemos também nos rodear de arquétipos que nos lembrem do trabalho, ter um altar para fazer nossas orações, um lugar para fazer as práticas, podendo ser nosso quarto, para ir se enchendo e impregnando de energia superior. Um lugar onde só entrarão palavras, sentimentos, ações e pensamentos superiores, de amor, esperança e fé. Devemos nos atentar para o fato de que, quando temos forças contrárias em nossa própria casa, temos de ter uma postura mais cautelosa em relação ao trabalho interno, de forma a não gerar um choque de forças. Precisamos fazer de nós também um templo vivo a todo momento. A recordação de si, auto observação e a morte em marcha devem fazer parte da nossa vida diária, não como uma prática, técnica ou exercício, mas sim como algo que já está incluído nos nosso jeito de ser, algo natural que já se incorporou no diário viver, pois já virou um hábito, como escovar os dentes, lavar as mãos, tomar banho... Precisamos observar nossos pensamentos, sentimentos e ações, conhecê-los e dominá-los, antes que eles acabem conosco, porque eles têm poder para isso. Vícios, manias, apegos...

Todos eles querem um pedaço da nossa consciência, um pouco da nossa energia vital. Aos poucos podem sugar a vida e nosso tempo.


A DISCIPLINA

Para que haja a mudança radical é necessário sacrifício: sacrificar algo inferior por algo superior! Para isso é necessita-se constância e persistência. A Mãe Divina luta conosco eliminando os defeitos mediante um trabalho contínuo da nossa parte. A disciplina é então indispensável neste caminho. Desde que conhecemos a Gnose recebemos muitas informações, que se praticarmos podemos comprovar sua veracidade. Não comer carne de porco, não frequentar instituições pseudo-esotéricas (mesmo que de forma virtual, pela internet) são hábitos que, com a compreensão fomos deixando de fazer. E isso já é um início da disciplina, mas não é tudo. Precisamos traçar a nossa disciplina interna. Castidade, morte e sacrifício nos levará a libertação. O coração deve dominar a mente, para que esta domine o sexo. Se seguimos por este caminho, se criarmos uma disciplina de viver voltado ao coração, triunfaremos. Aqui entra também a parte revolucionária, pois a mudança radical só é possível com a revolução da consciência. Cada um deve criar a sua disciplina, traçando estratégias que ajudarão a manter-se em recordação de si mesmo durante o dia, com concentração e continuidade das práticas. Disciplina é diferente de condicionamento. É a Essência que traça a disciplina (que podemos entender como conjunto de hábitos ou ações que nos ajudarão no caminho para despertar). Disciplina é liberdade. Só a Essência pode fazer e manter boas escolhas. Seguir exemplo é diferente de copiar, quando dizemos que vamos seguir o exemplo de Cristo, não quer dizer que vamos imitá-lo, mas sim que vamos fazer o que ele fez, buscando ter os mesmos resultados. Como somos um grupo, alguns podem ter mais facilidade em algum assunto, outros em outro e isso é benéfico para todos, pois podemos experimentar o que deu certo e assim avançar de forma mais rápida. Diante disso, aqui está um exemplo de uma disciplina, para que a partir daí, quem não a tiver, possa criar a sua: Para lograr ficar mais tempo em recordação de si mesmo podemos dividir o dia em três partes. Ao acordar, podemos pedir ao Pai e Mãe Internos que nos ajudem a ficar em recordação de nós mesmos o dia todo e usar a imaginação criadora ou pró-visão para nos visualizarmos de forma consciente e atuante em nossas virtudes. Depois do almoço, podemos tirar uns minutos para parar e olhar para o período da manhã e diagnosticar se ficamos em recordação de nós mesmos, em auto-observação e se deixamos passar algum ego. Damos então um choque na consciência e pedimos novamente ajuda aos Pai e Mãe Internos para passar o próximo turno de forma consciente. Ao final da tarde podemos fazer o mesmo procedimento (refletir sobre o período que passou) e nos prepararmos para passar o período da noite com mais consciência. À noite agradeceremos aos Pai e Mãe Internos pela ajuda e pedimos agora para ir de forma consciente para o astral.

Após dias seguindo essa disciplina, passaremos a viver cada vez mais no presente, combatendo o ego a todo momento, tirando-lhe seu alimento, economizando energia, portanto vamos equilibrando os centros e assim iremos mais concentrados e relaxados para as práticas de desdobramento astral e meditação. Sempre com a ajuda de nossos Pai e Mãe Internos. Podemos também, colocar na nossa agenda de compromissos diários, horários para fazer práticas de meditação, relaxamento, concentração e também, para investigar um pouco mais sobre algum defeito que está nos prejudicando (como atua, horas em que atua), para assim estar cada vez mais a um passo à frente dele.

“Evidenciar, experimentar e compreender é o fundamental; só assim é possível trabalhar conscientemente, para conseguir uma mudança radical.” (Samael Aun Weor)

Para fomentar nossa disciplina, podemos nos motivar, assistindo algum vídeo dos V.M. Samael e Rabolu, ou ler uma passagem de algum texto, ou parágrafo ou capítulo de algum livro. Mesmo que já tenhamos assistido o vídeo, ou tenhamos lido o livro, devemos fazê-lo como se fosse a primeira vez. Dessa forma, mediante a repetição com interesse, vamos nos recordando todos os dias do trabalho que temos que fazer.

"Não importa de modo algum o que está acontecendo. Siga fazendo a morte. O importante é a morte de segundo a segundo. Continuem praticando a morte e o desdobramento astral e verão o resultado que irão ter." (V.M. Rabolu)

Se o estudante tem essa mensagem incorporada, quando acontece um acidente de carro, ele lembra dela e fica presente... A fábrica de pão ou a casa pega fogo num setor tal e o estudante lembra da mensagem e fica no controle. Uma frase já abordada anteriormente: "Com Paciência possuireis vossas almas", tendo-a incorporada pode nos ajudar a não nos identificarmos e não reagirmos diante das variadas circunstâncias do diário viver.

Paz Inverencial!



*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.

O DESDOBRAMENTO ASTRAL - PARTE II

em 26 de outubro de 2022

 

O DESDOBRAMENTO ASTRAL (Parte II)


O sucesso no desdobramento astral deve ser uma meta presente na vida do estudante gnóstico. Precisamos focar a nossa disciplina diária nisto, para dar a lição deixada pelo V.M. Rabolu e finalmente começarmos a adquirir o conhecimento pertencente ao círculo mesotérico. 

Se o desdobramento astral é o nosso objetivo, precisamos estudar a fundo os aspectos que estão nos impedindo de alcançá-lo. A fim de corrigi-los e avançar. 

Passamos anos praticando mecanicamente, sem obter resultados. E se nunca os conquistamos, se deu pelo fato de que nos mantivemos errando no mesmo ponto, sem buscar novas estratégias. 

Devemos lembrar que, como tudo na vida é regido pela lei das oitavas, nossa prática também é. Sempre a iniciamos pela nota DÓ e seguimos até chegarmos a uma pausa que acontece entre o MI-FÁ. Se o passamos, continuamos ascendendo até chegar a outra entre o LÁ-SI. Estas pausas são momentos em que precisamos empregar um esforço maior para continuar. Representam um obstáculo que precisamos transpor para seguir adiante e se o esforço não é empregado, a dificuldade não é superada, desistimos antes de atingirmos o resultado. 

Qual é a pausa que está detendo nosso avanço em relação ao astral? 

A preguiça, que sopra em nosso ouvido que já estamos cansados demais e deveríamos virar de lado e dormir? 

O nosso corpo, que pinica, coça e não quer ficar parado? 

A ansiedade, que nos tira do estado de concentração quando os sintomas do desdobramento começam a surgir? 

Enfim, se almejamos o êxito, precisamos ser estrategistas. Diagnosticar o nosso erro, qual a dificuldade que nos estanca, para dar mais um passo rumo ao nosso objetivo. 

O trabalho interno é constituído por um conjunto de técnicas e disciplinas, que aplicadas no nosso dia a dia convergem para o despertar. 

Ao usarmos a agenda, disciplinamos a mente, fortalecemos a atenção focada, desenvolvendo a concentração, que é uma faculdade indispensável para sair consciente do corpo e para se deslocar no mundo astral. Fazendo este exercício, percebemos que vivemos tudo de um modo muito superficial e que em nossas práticas acontece o mesmo, porque a nossa psicologia passa o dia neste mecanismo de superficialidade e mecanicidade. Olhamos, mas não vemos. Tocamos, mas não sentimos. Escutamos mas não ouvimos... Então, na hora da prática não mergulhamos, ficamos na superfície... 

Oxalá, tivéssemos a concentração desenvolvida! Sentaríamos e em poucos minutos sairíamos de nosso corpo físico plenamente conscientes. Afinal, desdobrar-se é algo natural, nosso centro instintivo se encarrega do processo e tudo acontece perfeitamente. 

Se observarmos uma pessoa saudável deitando-se para dormir ao fim de um dia de trabalho, em poucos minutos podemos perceber ela se desdobrando, pelos movimentos involuntários que sinalizam o desprendimento, pelo estado de relaxamento, pela respiração abdominal... 

A mente tensiona o corpo! 

Quantas vezes perdemos o sono por estarmos com a cabeça cheia de ideias, ou preocupações? Se a mente está no controle, nosso centro instintivo não consegue assumir o comando e providenciar a sequência de processos que sucedem involuntariamente todas as noites quando vamos dormir e culminam no desdobramento. 

Numa prática acontece o mesmo. 

Quando entendemos que o nosso corpo sabe se desdobrar tudo se torna mais simples. Pois paramos de entrar numa armadilha comum: a mente querendo administrar a prática. 

Isso de supervisionar, examinar, duvidar, ter pressa, avaliar os sintomas, receios quanto ao resultado, fazem parte do estado de uma mente ativa. A mente, governada pelo ego e suas intermináveis expectativas, toma o comando, o centro instintivo não consegue agir, e assim acabamos exaustos e sem resultados. 

- Muitas vezes, confundimos este estado de CONTROLE MENTAL, com consciência... 

Diante destas interferências que mencionamos, devemos sempre suplicar a Mãe Divina pela morte destes eus e imediatamente voltar o foco para aquilo que será nosso instrumento de atenção durante a prática, nossa âncora: o mantra, a concentração no coração ou no som da glândula pineal. Assim, conservando a mente passiva e com um estado de atenção receptivo, de entrega, tudo flui espontaneamente. 

A entrega é um estado de fé, de conexão, de certeza, de aprendizado e aceitação. Quando nos dirigimos a uma prática entregues às nossas partes internas, não carregamos a cobiça pelo resultado, mas sim o conforto da certeza que nosso Pai e nossa Mãe estarão ali ao nosso lado, nos dando a mão durante todos os passos, nos auxiliando em nosso aprendizado para a conquista do Astral! 

A Preguiça é um eu que boicota nossa prática e a vencemos confrontando seus hábitos. O pequeno esforço de sair do leito para praticar, ou adotarmos uma posição distinta da que usamos costumeiramente para dormir, não nos aconchegamos de forma tão confortável, são métodos simples que desarticulam a inércia que sentimos quando estamos dominados por este ego. 

Estas disciplinas, devem sempre ser acompanhadas da morte, pois assim vamos nos desvencilhando definitivamente destas limitações internas. 

Podemos aproveitar a madrugada para exercitar a saída em astral consciente. No silêncio da noite, após o corpo haver descansado e se libertado das tensões do dia anterior, tudo fica mais propício. Como dissemos, é conveniente sair do leito, a fim de ludibriar a preguiça que nos instiga a não praticar. Veja como a preguiça nos engana com suas mentiras. Ela nos coloca um cansaço sem medida, que nos pesa o corpo, nos dando a sensação de que é impossível desempenhar a tarefa, porque a indisposição física é muito grande. No entanto, é tudo um engano, pois ao praticarmos na madrugada nosso corpo continuará com o benefício do repouso, a diferença é que estaremos exercitando nossa consciência e isso só nos trará bem estar e disposição. Precisamos desmontar estas armadilhas do ego, que organizou nossa vida para garantir sua subsistência. Devemos organizar nossa existência em função do Ser. 

Serão estes pequenos sacrifícios que determinarão os primeiros passos para nosso despertar. 

Não existe a possibilidade de continuarmos fazendo tudo da mesma maneira e conquistarmos resultados diferentes. A revolução da consciência exige mudanças da nossa parte. 


Prática do Saltinho


“Se quisermos chegar ao despertar da Consciência, à autoconsciência, teremos que trabalhar com a Consciência aqui e agora. É precisamente aqui, neste mundo físico, onde devemos trabalhar para despertar a Consciência. Quem desperta aqui, desperta em todas as partes, em todas as dimensões do Universo.” (V.M. Samael) 


A técnica do “Saltinho”, é um presente que o V.M Rabolu no deixou para experienciarmos o mundo astral. 


Ela consiste em ao longo do nosso dia, recordando de si, nos perguntarmos: “Será que estou no mundo físico ou astral?” E darmos um pequeno salto com o intuito de flutuar. 


Tudo aquilo que fazemos repetidamente no mundo físico, repercute no mundo astral e esta técnica tem o seu êxito baseado nesta máxima. 


Então, quando nos submetemos a disciplina diária de saltarmos, o mesmo acontecerá no astral. Como lá as leis são distintas do mundo físico e não existe a gravidade, flutuaremos, voaremos. Proporcionando-nos um choque na consciência, nos abrindo a realidade de que estamos na quinta dimensão. 


Existe um atributo da essência, importante a ser trabalhado junto desta técnica, a capacidade de assombro. 


Toda criança pequena, por estar com a essência ativa, carrega esta capacidade de assombro, que é a faculdade de se maravilhar com as coisas diminutas e às vezes simples, da vida. Por exemplo, de perceber a sutileza das transformações do jardim da casa em que se vive e assombrar-se com isso! 


Este estado é algo que nós adultos perdemos, pois cada vez que olhamos algo distinto, como um inseto raro na parede, ao invés de nos permitirmos o encanto (assombro) que desfrutávamos na infância, imediatamente nossa mente começa buscar rótulos para atribuir aquele ser desconhecido: “Uma aranha?”, “Será venenosa?”, “Veio atraído pela luz”, “Melhor colocar para fora”, “melhor matar, pois poderá voltar”. E por aí vai... 


Podemos perceber, que quando estamos num ambiente, esperando para sermos atendidos, nos mantemos no nosso mundo interior, hipnotizados com os intermináveis debates mentais, lembranças e considerações. Pegamos o celular, ou uma revista para nos distrair, mergulhamos na história da vida de alguém famoso, completamente identificados, esquecidos de si... Com o intuito nocivo de procuramos algo que solucione o desconforto do tempo de espera, tomados pelo sono da consciência. 


Ao passo, que uma criança pequena investigaria cada canto daquele ambiente desconhecido, mexendo em tudo, alicerçada no agora, atenta e exercitando o assombro. 


É muito produtivo associar esta capacidade de assombro à técnica saltinho. Então, cada vez que algo distinto acontecer, exercitamos o assombro e aplicamos a técnica. 


Exemplos: 


*Nossa colega de trabalho chega com um corte de cabelo novo. 


*Encontramos uma pessoa que não víamos a muito tempo 


*Nasce uma flor diferente no jardim. 


*Muda o sentido do trânsito nas ruas da nossa cidade. 


Enfim, se procedemos assim no mundo físico, por repercussão faremos da mesma maneira no astral e ao nos depararmos com uma praia formada por seixos negros (diferente da costumeira areia clara da costa brasileira), nos assombramos, daremos o saltinho com a intenção de flutuar e flutuamos! 


Neste instante, imediatamente devemos nos dirigir para nossas partes internas fazendo a seguinte súplica: “Meu Pai, leve-me a Igreja Gnóstica!” São estas experiências, que alimentam nossa alma, de conhecimento e esperança, para seguir a árdua luta contra si...


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Para avançar no caminho espiritual, precisamos estar livres de sentimentos de incapacidade ou inadequação. Eles devem ser eliminados, pois estes defeitos criam uma distorção na nossa percepção. Colocando o desdobramento como algo distante, usando argumentos como: “estivemos tanto tempo no movimento e nada”. A diferença que existe do passado para o agora, é que nunca nos dedicamos a implantar disciplinas a fim de atingir nossos objetivos. Com essa mudança, daqui a um tempo, olharemos para traz e perceberemos que quando iniciamos nossa disciplina para desdobrar, a dificuldade era ficar imóvel e que fomos praticando, domando o corpo, morrendo nos egos que geram o incômodo e hoje isso é algo completamente superado, o corpo não incomoda mais. 


“Bem, olhe, a mim o Mestre Samael nunca me deu disciplina. Damo-la nós. Quando se quer servir para algo, vai implantando sua própria disciplina” (V.M. Rabolu) 


Precisamos compreender que sempre haverão desafios. Por hora, estamos construindo a faculdade do desdobramento, mais a frente nos depararemos com aprendizados referentes ao mundo astral e suas particularidades. Precisamos dar o primeiro passo, sair da inércia que nos assola e começar a conduzir nossa existência fixada na meta do despertar. 


Devemos nos entregar ao nosso Pai no dia a dia e durante os momentos de interiorização. Imprimir dentro de nós a intenção de ser um instrumento da vontade Dele. Nossas partes internas anseiam por esta reconexão. Anseiam que olhemos para o Céu em busca de luz, que façamos brilhar nossa essência, para poderem nos ajudar. 


Tornemo-nos cientistas do viver. Atuemos em nosso cotidiano, buscando um estado de consciência distinto, uma atenção, uma presença! Assim a verdadeira mudança começará a se processar! 


Paz Inverencial!


*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.


EGO, PERSONALIDADE E ESSÊNCIA

em 24 de outubro de 2022

EGO, PERSONALIDADE E ESSÊNCIA



“Isso aconteceu em dias passados ou em meses passados. Estávamos no tribunal, no trabalho, porque é trabalho contínuo, e um juiz assomou, em forma de uma terrazona, e então nos chamou, ao restante dos juízes.

Paramos para ver. E quando vimos... Eu via a Terra, porque se via a Terra toda, um grande cemitério cheio de cruzes, assim de grandes, negras. Porém, isso era só uma sementeira de cruzes.

Bem, eu, como estou acostumado a ver isso, a mim não... Disse: Porém, se eu já estou acostumado a ver isto, e eu não vejo nada de raro... Pensei eu para mim.

Eu me via agachado, entre as cruzes, como quem está buscando algo, algo diminuto que se perdeu. Agachado. Eu me via lá, entre o lodaçal, num lodaçal escuro, negro, feio.

Bem, eu não vi nada de raro para tanto alarme, se é que isto é velho para mim, de ver isto assim. Quando, nesses momentos, depois de ver o planeta todo num só cemitério, vai aparecendo a humanidade. Isso foi um garrotaço psicológico para mim.

Porém, ui! Não, não! Eu não o quero recordar!!! A humanidade foi entrando: Caveiras, esqueletos, puros esqueletos, caminhando sem direção, sonâmbulos, como uns borrachos amanhecidos por aí, pela rua. Diz que alguns rindo-se; porém, esqueletos, esqueletos todos! Aí não havia uma pessoa humana, melhor dito.

Bem. A mim me foi a moral ao solo. Eu não sei nem onde fiquei, desmoralizado totalmente. Então lhes disse eu:

– Bem, se isto vai acabar amanhã, acabemos hoje. Já! Disse-lhes, porque eu vi que já estava perdido tudo. Tudo perdido! Então me disse:

– De todas essas sementezinhas – um me contestou – de todas essas sementes que estás transplantando, pondo-as em partes visíveis, para vigiar, pode germinar alguma. Ponha-lhe muito cuidado! Pode germinar uma, e com esta tu entras no reino dos céus! ”

A Águia Rebelde (V.M. Rabolu)


Para que possamos Despertar nossa Consciência neste mundo de dores é preciso que saibamos diferenciar dentro de nós mesmos o que é o Ego, o que é a Personalidade e o que é nossa Essência.

EGO

O Ego, dentro do conceito da Psicologia Revolucionária da Gnose, é o conjunto de defeitos que construímos ao longo desta ou de muitas outras existências e que vão constituir a causa de nossas dores ou dissabores dentro em nosso dia-a-dia. Eles estão representados pelos sete defeitos capitais: A Ira, a Inveja, a Cobiça, o Orgulho, a Gula, a Preguiça e a Luxúria, mas na verdade, eles são múltiplos e lutam constantemente por controlar a máquina humana. É do Ego que provém toda esta maldade que abunda hoje na humanidade, levando as pessoas ao flagelo das drogas, a miséria, a violência e as guerras e a decadência dos autênticos valores humanos.

Os defeitos são um amontoado de personagens dentro de nós. Quando nos pegamos mentalmente conversando com nós mesmos aí eles estão, cada um defendendo o seu posto ou território. A Gula está sempre pensando em como se satisfazer, seja com aquele “doce delicioso” ou um evento festivo, em nossa casa ou em outro lugar. Em uma refeição, por vezes podemos comer demais, simplesmente porque a gula ainda não está satisfeita, mas de qualquer forma temos de partir do princípio que os defeitos nunca se satisfazem totalmente, eles se alimentam com suas manifestações e na verdade são eternamente insaciáveis. Assim também é a imunda Luxúria, pois visa se alimentar do prazer dos sentidos, tornando o sexo algo animalizado ou violento ou ainda nos levando a alimentar outros vícios. De forma que a luxúria só tem um objetivo, que é a nossa caída sexual, seja no físico ou através das poluções noturnas e quando isto ocorre temos quedas de impulso para o trabalho interno. O Orgulho nos gera estas falsas sensações de ser alguém importante, se sentir superior aos demais, seja por alguma qualidade, conhecimento ou posse material, enquanto todos sabemos que do prisma espiritual não valemos um centavo. Por orgulho queremos nos sobrepor aos outros em algum aspecto, inclusive podendo humilhar a alguém. Esse ego terrível tem a parte que achamos que somos melhores que os demais, mas tem a parte oposta, que achamos que somos inferiores (baixa autoestima, complexo de inferioridade...) Geralmente quando somos confrontados em algo, o orgulho vai se associar a Ira e vamos ter reações explosivas, seja interna ou externamente, gerando grande perca de energia. Todas estas manifestações vão roubando energias dos Centros da Máquina Humana (Intelectual, Emocional, Motor, Instintivo e Sexual), deixando-os mais densos, carregados com esta energia falsa dos Eus e assim nos afastam dos resultados que precisamos das práticas e da comprovação do Real. A Cobiça luta pelo material em demasia, quer ter mais do que se precisa, se polariza de forma excessiva em relação ao trabalho, ao mundo externo. Por ambição dispendemos grandes quantidades de energia e na hora das práticas estamos exaustos, seja física, mental ou emocionalmente. Na parte da cobiça, tem a contra parte também que é a avareza (que não quer abrir mão de nada). Importante destacar que também existe a ambição por poderes espirituais, faculdades, mas os mestres sempre nos ensinaram que o que devemos é nos preparar para receber estes poderes e faculdades, através da eliminação dos defeitos e das práticas místicas. Neste quadro também vai aparecer a Inveja, inveja por um irmão, por ele ter algo que desejamos. Pode ser no lar, no trabalho ou em relação ao próprio ensinamento (virtudes, faculdades, etc). Por inveja se desenvolve a maledicência, ficar falando dos outros ou até podemos agir para obstaculizar o caminho dos demais. Completando o quadro temos a Preguiça e com ela mais obstáculos a nossa frente: existe a preguiça mental, onde não vamos nos aprimorar na compreensão de como corrigir os nossos erros, existe a preguiça física, onde deixamos de ser organizados e diligentes em nosso dia a dia, consequentemente isto vai repercutir negativamente nas práticas, pois há também a preguiça espiritual, que é aquela que nos impede de investigarmos a fundo todo este conhecimento que recebemos. Então a preguiça é a má vontade, seja em relação aos demais, a nós mesmos ou em relação às próprias Hierarquias e Partes Internas, que não medem esforços para nos auxiliar neste caminho.

Como estes defeitos trabalham sobre um condicionamento pré-estabelecido, se não nos damos conta de seu mecanismo de ação dentro de nós mesmos, acabamos nos identificando com eles e impedimos a expressão livre de nossa Essência, bem como a expressão de todos os atributos da mesma, que são antagônicos ao ego: o Amor, a Paz, a colaboração com o próximo, a humildade, a felicidade autêntica, a simplicidade no pensar, sentir e agir, a sensibilidade, a caridade, as faculdades do desdobramento astral consciente, intuição, entre inúmeros outros atributos que nossa Essência possui.

ESSÊNCIA

É dito que, quando nasce uma criança, esta Essência incorporada (que pertence ao nosso Ser celestial) atua completamente livre do ego, pois o mesmo passa a atuar de acordo com as experiências que vamos passando ao longo dos diferentes acontecimentos da vida. Quando uma pessoa se dá conta de um erro que cometeu em relação a algo ou alguém e sente remorso ou arrependimento por si só já está atuando um funcionalismo de nossa Essência.


Podemos tomar a Flor, com toda sua beleza, delicadeza e fragrância, como uma representação de nossa Essência. A flor pode nascer ou brotar até de um ambiente hostil ou do próprio lodo da terra (onde este lodo representa esta natureza instintiva e animal, que são os nossos defeitos psicológicos). É preciso que compreendamos que se vamos reduzindo a poeira cósmica esta podridão dos defeitos, surge em nós a beleza da Essência, como todos os seus atributos e faculdades. As cruzes que o mestre Rabolu se encontrava cercado no relato acima nada mais são do que uma representação de que as pessoas, não querendo morrer para seus defeitos, perdem a oportunidade da Auto realização Íntima do Ser e se transformam em cadáveres viventes, CONDENADAS A SEGUNDA MORTE NAS INFRADIMENSÕES.

PERSONALIDADE

Já a Personalidade é totalmente diferente desta Essência Divina que cada um possui dentro de si, bem como dos múltiplos defeitos que se fortificaram ao longo das existências. A Personalidade se forma em virtude da não transformação das impressões que nos chegam através dos cinco sentidos, coisa que nossa Essência em atividade o faz de forma natural. De certa forma ela expressa traços marcantes de nossa psicologia, exaltando alguns defeitos mais característicos ou até habilidades que fomos desenvolvendo ao longo do tempo. Nossa Personalidade vê o mundo de forma estereotipada, de acordo com seus condicionamentos, preconceitos, opiniões limitadas, etc. Também costumamos caracterizar as pessoas pelos traços de sua personalidade: Fulano é mais enérgico, Sicrano não gosta de trabalhar, Beltrano gosta de falar dos outros, etc. Esta personalidade, quando a pessoa morre, por ser um corpo energético vai lentamente se desintegrando no sepulcro.


Nós, estudantes do gnosticismo, podemos tomar o símbolo da sepultura e da morte como algo que deve morrer em nós (Ego) para que nasça o novo (Essência), assim vamos nos inebriando com o perfume de suas virtudes e com o tempo iremos aniquilando também a nossa própria Personalidade, permitindo que o nosso Ser vá se expressando cada vez mais, adquirindo o real controle da máquina humana.

Aprender a observar estes defeitos (ego) dentro de nós mesmos e conhecermos as técnicas de eliminação dos mesmos para que nossa Essência ou Consciência possa livremente se expressar se tornam urgentes para vivermos de uma forma mais inteligente e em harmonia com a natureza e com o cosmos.

“Com a morte se mata a morte por toda uma eternidade.” (Samael Aun Weor) 

Paz Inverencial!


Colaboração: Irmãos gósticos da S.O.S.

DESDOBRAMENTO ASTRAL (Parte I)

em 20 de outubro de 2022

 

DESDOBRAMENTO ASTRAL (Parte I)


Nascemos e fomos educados desde pequenos para uma vida tridimensional, com metas tridimensionais. Com o passar dos anos, algo dentro de nós vibra de maneira distinta, surge uma busca de um sentido para esta existência... É nossa alma com sede, recordando que somos seres espirituais passando uma experiência terrena, a fim de resgatarmos nossa consciência.

Há potencialidades latentes no ser humano, em estado embrionário. Uma delas é a de tornar nossos sonhos experiências conscientes. A isso, chamamos de Desdobramento Astral.

Todas as noites ao nos deitarmos no leito, nosso corpo físico entra num processo de relaxamento que culmina no desprendimento do corpo astral, nos projetando na quinta dimensão.

Dificilmente percebemos este processo, porque passamos por ele fascinados (adormecidos) pelas ideias que o ego ininterruptamente projeta em nossa mente. Então, já saímos do corpo físico dentro de um sonho que estará contextualizado pelos nossos processos psicológicos.

Platão nos ensinou: “Ao homem se conhece pelos seus sonhos.”

O nosso comportamento interno, invisível aos olhos físicos: preocupações, desejos, temores, questões que tem ocupado nossa atenção, situações que nos impactaram, histórias que ouvimos, etc. Criam forma na quinta dimensão, formando isso que chamamos de Sonho. 

Diante disto, é indubitável, inquestionável, que podemos nos favorecer enormemente de toda lembrança que trazemos desta dimensão, como fonte de estudo para nosso trabalho psicológico. Inicialmente, identificando aspectos da nossa psicologia, que tem sido negligenciado no trabalho diário de morte do ego (que tem adormecido nossa consciência e roubado nossa energia). 

Outro aspecto é que nestas experiências astrais, podem existir mensagens que descem do mundo do Espírito Puro e se tornam símbolos em nossos sonhos. Pode ser um número, uma cor, um animal, um elemento da natureza. Estes trazem significados e orientações. As mensagens vindas do mundo de Brahma, com frequência se confirmam aqui no mundo físico, nos permitindo discernir entre o que é um arquétipo e o que é fantasia do ego projetada no astral. 

Mas, o que um esoterista autêntico busca, é mover-se conscientemente nesta dimensão, pois nestes mundos existem templos de sabedoria da Loja Branca, como a Igreja Gnóstica, que nos aguardam para iniciarmos o aprendizado sobre conhecimentos, que só serão entregues para aqueles que se capacitarem e conseguirem se mover conscientemente no mundo astral. Cada um dentro de sua particularidade, precisará corrigir e se disciplinar em algum aspecto, a fim de atingir o objetivo de sair em astral consciente. Precisamos construir esta faculdade! 

A partir de agora, abordaremos várias disciplinas que quando colocadas em prática, resultam transformar-nos em habitantes conscientes da quinta dimensão. 


PRÁTICA 

Devemos preparar o recinto que dormimos, para realizarmos nossa prática e termos as experiências oníricas. O quarto de estar limpo, arejado e se possível perfumado. Podemos ter nosso leito com a cabeceira voltada para o norte, a fim de usarmos inteligentemente a corrente magnética do planeta, que flui do sul para o norte. Fazermos nossa refeição da noite mais cedo, comermos algo leve e nos recolhermos por volta das 22h, são aspectos importantes a serem observados. 

Toda prática deve ser introduzida com a proteção. Para isso, usaremos o Belilim junto do Círculo Mágico, ou a Estrela com o fechamento, ensinada pelo V.M. Rabolu no Congresso do Brasil. 

O passo seguinte da nossa prática, é o relaxamento. Este tem o intuito de acomodar o corpo, para que não nos perturbe na tarefa que pretendemos realizar, atraindo uma sonolência dosada. 

No caso do desdobramento astral, é indispensável relaxar bem o corpo físico, pois somente mediante a este relaxamento que o desprendimento do corpo astral, acontecerá de forma mais rápida. Então, negligenciar o relaxamento retardaria nosso avanço na prática e nos distanciaria de nossa meta. 

Inicialmente, devemos adotar uma postura confortável, que nos permita permanecer parados, sem a necessidade de nos movermos. Sugerimos a posição de decúbito dorsal. Fazemos algumas respirações profundas, com o objetivo de ir diminuindo a frequência cardíaca e iniciando a dissipação das tensões. 

Na sequência, usaremos uma técnica de relaxamento muito eficaz, que nos fala o V.M. Rabolu: a prática da luz azul. Imaginamos uma luz azul, entrando na sola dos pés e banhando cada parte de nosso corpo. À medida que esta luz vai subindo, vamos detectando e distensionando as áreas rígidas (relaxar os ombros, desfranzir a testa, soltar a mandíbula), e aproveitamos para ajeitar a postura, caso seja necessário (posição das mãos, pés). Após a conclusão do relaxamento, não devemos mais mover o corpo. Esta é uma disciplina importante, pois se ficamos nos movendo, coçando, atrasa nosso êxito. 

A oração, é o próximo passo da prática. Orar é falar com Deus, é se dirigir ao nosso Ser Divino e pedir auxílio e assistência para que tenhamos sucesso nesta prática, para que possamos nos tornar instrumentos efetivos para realizar a obra do Pai. 

Devemos rogar também ao nosso Divino Ser, que interceda junto a Donzela das Recordações, que é uma parte nossa responsável por trazer as lembranças das experiências internas, para que ela atue e nenhuma experiência fique perdida por haver esquecido. Ela e a mediadora dos sentidos do corpo astral e do cérebro físico. Agora, estamos prontos para iniciar. 


Mantrans

Todas as noites, ao deitarmos para o nosso descanso diário, devemos nos dedicar a uma técnica que nos possibilite perceber conscientemente o processo do desprendimento do corpo astral, para entrarmos com a consciência ativa nesta dimensão. Os Veneráveis Mestres, nos brindaram com alguns mantrans que nos auxiliam a ter êxito no desdobramento. Estes mantrans, formam um conjunto de sons, que tem a propriedade de auxiliar na saída em astral consciente. 

Em uma de suas obras, o V.M. Samael destaca que o mantram EGIPTO é indicado para aquelas pessoas que ainda não tem desenvolvida a capacidade de se desdobrar em astral, pois carrega o poder de ativar os chacras relacionados a esta habilidade, que quando desenvolvida, permite ao indivíduo entrar e sair do seu corpo físico a vontade. 

Iniciamos a mantralização verbalmente: 

EEEEEEEEEEE GGGGGIIIIIIII PTTTTTOOOO... 


Quando usamos o mantra em voz alta, nos cabe a liberdade de dividi-lo em sílabas, intercalando cada sílaba com uma inalação. Assim, desfrutando intensamente dos benefícios destes sons, que fazem vibrar o corpo astral. O mantram deve ser feito verbalmente algumas vezes, ou até atrair certa sonolência. Então, passaremos a repeti-lo mentalmente, durante todo estado de transição entre a vigília e o sono. 

Se até aqui, nos desenvolvemos em todos os passos estando presentes, não tardará que os sintomas do desdobramento astral comecem a se apresentar: formigamentos, aumento do som da glândula pineal, espasmos musculares semelhantes a choques, sensação de que o corpo vibra, sensação de estar muito pesado ou leve, entre outros; ao percebermos as primeiras imagens e sons do astral é o momento em que devemos nos levantar cuidadosamente da cama e dar um saltinho com intenção de flutuar, para nos certificar que a prática foi bem sucedida e estamos em astral. Devemos fazer isso com fatos e não de forma mental. 

Ao flutuar, devemos pedir ao Pai, que nos leve à Igreja Gnóstica, a um Templo de Sabedoria, ou ainda podemos invocar um Mestre. Para se invocar uma hierarquia em astral, com mais segurança, sempre se deve pronunciar neste momento o nome do Cristo, pois isto afasta de nosso caminho as entidades negativas. Então, despertos em astral, podemos fazer a invocação desta forma: "Em nome do Cristo, pelo poder do Cristo, pela glória e majestade do Cristo, V.M. (citar o nome do anjo ou mestre) vinde até aqui! Concorrei a este chamado!" (repetir a petição por mais duas vezes) 

Outros mantrans que podem ser utilizados: 

O mantram LA RAS: 

Lllllaaaaaaaaaaa Rrrrrrrrraaaaaaaaa Sssssssssssss (como um silvo) 

O FARAON: 

Faaaaaaaaaaaa Rrrrrrrrraaaaaaaaaa Ooooonnnnnn 

TAIRERERE: 

Tairerere Tairerere Tairerere 


Disciplina ao acordar 

É muito importante que ao despertar do nosso sono, tenhamos o cuidado e o hábito de não nos movimentarmos, afim de não embaralharmos as lembranças das experiências vividas no astral e conseguirmos recordá-las e gravá-las na nossa memória. Podemos também usar o mantra RAOM-GAOM para nos ajudar a recordar dos sonhos e experiências e ter um caderno para anotá-las. 

“Resulta palmário e manifesto que, quando a Consciência desperta, o problema do desdobramento voluntário deixa de existir”. (V.M. Samael Aun Weor) 

Não obstante, o trabalho da morte diária é nosso passaporte para nos tornarmos definitivamente habitantes conscientes da quinta dimensão. 

Os sucessivos choques na consciência, produzidos pela morte em marcha, vai liberando as chispas de essência, que nos possibilitam despertar no astral. A morte sempre será o alicerce básico para o sucesso definitivo desta meta! Diariamente, devemos nos conectar e revalorizar por meio da recordação de si, a ânsia por nos tornarmos habitantes conscientes da dimensão astral, a intenção de estudar aos pés dos mestres, nos templos de sabedoria, sermos instrumentos da loja branca, trabalhar invisivelmente em prol da humanidade. Estamos até hoje conectados à força marciana, porque somos capazes destas e de outras conquistas. Almejar isso, nutrir este anseio, usar a técnica do saltinho a qual entregaremos posteriormente, morrer durante os afazeres da vida cotidiana, nos produzem resultados incontestáveis! 

Vamos à prática, irmãos! Temos as chaves em nossas mãos, para exercitar a consciência, possibilitando que ela brilhe e atue no mundo astral! 

Paz Inverencial!


Colaboração: Irmãos gnósticos da S.O.S.

DE INSTANTE A INSTANTE...

em 19 de outubro de 2022

DE INSTANTE A INSTANTE...


Em poucos anos, muita coisa mudou na nossa sociedade.

Nós já nascemos neste “mundo novo”, onde todos estão atrasados e temos sempre pressa.

Passamos os dias exasperados para darmos conta de todos os afazeres. E entre as tarefas, atendemos ao telefone, respondemos mensagens, compramos coisas na internet, lemos curiosidades, cuidamos da vida virtual alheia...

Sobra tempo para estarmos presentes?

Esse ritmo cotidiano de aceleramento da vida, nos submete a um estresse constante.

Estamos sempre correndo atrás do tempo e da lista interminável de coisas que estão por fazer.

Cortisol e adrenalina, circulam na nossa corrente sanguínea livremente e nosso corpo se enferma.

Os prejuízos para consciência são piores.

Agimos, lidamos com as atividades da vida com o foco no futuro, na próxima tarefa, e se algo se interpõe em nosso caminho as reações inconscientes começam a se processar: nos impacientamos, aborrecemos, frustramos, angustiamos, iramos, etc.

Afinal, temos pressa para tudo e a pressa abre espaço para falta da presença.

Como quando nosso filho resolve nos mostrar um cogumelo que nasceu no jardim, no momento que estamos saindo de casa para um compromisso e impacientes, olhamos por protocolo. Pois não estamos mais ali, já nos encontramos psiquicamente lá, na nossa tarefa futura. E no caminho, enquanto dirigimos até o local de nosso afazer, o veículo a nossa frente se desloca lentamente, novamente, gastamos nesciamente nossa energia com um punhado de reações de indignação em relação aquela situação que está nos fazendo “perder tempo”...

Perder tempo? Por acaso estes momentos em que vamos de um lugar ao outro não estamos vivos? Não merecem nossa atenção?

Estar no presente, viver o agora é o principio básico para nos fazermos conscientes.

Tudo que fuja a este estado de alerta acaba não produzindo os frutos esperados, para aquele que almeja avançar no caminho espiritual.

Quando levamos isto a prática, percebemos que as coisas não são tão simples como quando discorremos sobre elas. Ou, talvez, as coisas simples tenham se tornado difíceis, para o homem que esqueceu de como é ser simples...

Não estamos habituados a viver no agora e na grande maioria do tempo, fazemos as coisas pensando em outras, seja pela correria da vida moderna, ou simplesmente por falta de uma mente disciplinada.

Aliás, desde crianças somos “adestrados” a não viver no presente. Fazem de tudo para nos quitar o estado espontâneo de contemplação que é natural nos primeiros anos de vida.

Contemplar é calar a voz interior e se sentir no agora. É desfrutar do segundo vivido, percebendo tudo ao seu redor e estar profundamente atento, inteiro, dentro de si, recordando do Ser.

Desaprendemos a contemplar. Vemos isso quando falta energia elétrica no início da noite, cai o sinal de internet e com ele se vão as infinitas possibilidades de distração, só nos restando “o agora” ... contemplamos ou nos enchemos de tédio?

Se a base para o despertar está no nosso presente e se é do presente que extraímos toda consciência, é por aí que se inicia nossa jornada, desenvolvendo o sentido de presença, de consciência ativa de instante a instante.

"Portanto, não se esquecer de si mesmo é a chave que nos permite dirigir inteligentemente a consciência". (Samael Aun Weor)

Neste momento, enquanto estamos lendo estas linhas, estamos nos sentindo no agora? Estamos presentes no momento? Ou estamos pensando?

Pensar... passamos a vida pensando, quando devíamos nos dedicar a observar.
Pensar sobre tudo a todo momento, é o que nos desconecta do nosso despertar. Pois despertar nossa essência livre (ou não) é uma escolha que fazemos a todo instante!

“Quem não vive sempre em estado de alerta novidade, alerta percepção, pensando que está pensando, identifica-se facilmente com qualquer pensamento negativo.” (Samael Aun Weor)

Diante disso, percebemos que temos errado na base. Que queremos falar com mestres, visitar templos, conhecer e saber quem é nosso Real Ser, mas passamos o dia hipnotizados, pensando, nos preocupando, com pressa e fornecendo alimento ao ego, Precisamos reverter a estrutura acelerada de nossa vida diária, a fim de que isso não se oponha ao nosso crescimento interior.

Podemos ter a ideia de que o fato de termos um cotidiano atribulado, com muitos afazeres, seja a única causa deste estado de aceleramento e hipnotismo que nos encontramos. Na verdade, constatamos que todo aceleramento acontece primeiro internamente, dentro da nossa psique. Por isso, podemos ter uma vida desacelerada, mesmo com um cotidiano atarefado, é uma questão de disciplina interna que repercute
externamente.


SEJA VOCÊ MESMO!

Os falsos valores cultuados neste momento por esta caduca humanidade por vezes acabam nos atingindo, seja pela opinião de um amigo ou familiar, o que vemos na mídia, uma propaganda, o que se aprende na escola, etc.

Todo país ou nação possui exemplos de pessoas, que de alguma forma foram importantes para o desenvolvimento do mesmo, seja no aspecto político, cultural, social, filosófico, entre outros, onde estes personagens acabaram acrescentando algo de nobre ou  superior ao seu povo.

Ocorre que hoje, em nossa sociedade, falsamente prepondera os modelos oriundos por exemplo de jogadores e astros do esporte, cantores, políticos da velha geração, degenerados sexuais, etc., que a nada nos acrescenta copiar algo dos mesmos, seja a forma de se vestir, falar, o corte de cabelo, o seu jeito de ser, etc. É espantoso por exemplo ver a importância dada ao enterro do jogador Maradona, quando milhões de pessoas foram lhe render culto, como se o mesmo fosse um símbolo ou exemplo a seguir (o que na verdade é exatamente o contrário).

Aquele que quer de alguma forma imitar outra pessoa anula a si próprio e ao seu próprio Ser. Nosso Ser, à medida que for se expressando, livre dos Eus e de nossa falsa personalidade, se expressará com autenticidade, inteligência e harmonia. Sigamos sempre os exemplos de humildade e sabedoria dos mestres da Gnose, gerando a verdadeira revolução dentro de nós mesmos. E dentro desta autenticidade única poderemos nos expressar e influenciar de uma forma positiva a todos aqueles que nos cercam.


O TRABALHO DAS DUPLAS
Após a ressurreição de Jesus, os Apóstolos do Cristo saíram em duplas aos quatro cantos da Terra, para pregar o Evangelho do Salvador. Eles seguiam o princípio de “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mateus 18:20).

Durante muitos séculos, diferentes ordens místicas e religiosas cumpriram a função de manter viva a chama do ensinamento e da espiritualidade, mesmo que de alguma forma não trabalhassem completamente com os Três Fatores de Revolução da Consciência. No início do século XVII temos o exemplo de São Francisco Sales e Santa Joana de Chantal

Joana Francisca de Chantal, ficou viúva aos 28 anos de idade, com um filho e três filhas. A partir de então, fez voto de castidade, dedicando-se à prática da caridade. Em 1604 se tornou discípula de Francisco de Sales, bispo de Genebra. Dom Francisco catequisava crianças e adultos, fundou escolas e conduziu a uma vida de santidade importantes pessoas da nobreza. Com ele, essas pessoas, juntamente com Joana de Chantal, foram responsáveis por uma grande mudança religiosa na região. Em 1610 fundaram a Ordem da Visitação, na cidade de Annecy, França. Esta Ordem ficou conhecida por ser menos rígida nas regras de clausura, permitindo as irmãs saírem em visitação aos pobres e necessitados (onde elas acabaram recebendo a alcunha de “Visitandinas”). Este formato de trabalho na época atraiu o interesse de viúvas e noviças, que de alguma forma queriam seguir o caminho religioso, mas por vezes precisam também prestar algum tipo de apoio e cuidados as suas famílias, conseguindo se ausentar por um período das atividades da Ordem. Por outro lado, Francisco de Sales era sempre muito exigente junto às irmãs, para que elas desenvolvessem o desapego pelas coisas materiais e que trabalhassem com afinco na mortificação de seus prazeres e desejos mundanos e se esmerassem em práticas como a meditação. 

Ao final de sua vida, Joana de Chantal já havia auxiliado na fundação de 87 conventos, distribuídos em quatro países pela Europa. São Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal se configuram em um belo exemplo do trabalho das duplas, onde o amor e a fidelidade aos princípios que seguiam na época geraram muitos frutos espirituais.

Nós podemos, neste momento, colaborar com o trabalho das duplas, buscando a algum irmão antigo, que ainda permaneça fiel aos princípios da Gnose, que seguem ao ensinamento das Duplas da autêntica Gnose dos mundos internos (V.M. Samael e Rabolu), auxiliando este irmão a compreender melhor os processos atuais porque passa o Ensinamento neste momento (a Nota Síntese), pois como diz o Cristo: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles”.


“Isso é de instante a instante. Como diz o Mestre Samael. Essa é uma verdade! Estar atento em si mesmo, e o que acontece? Vai se despertando consciência em seguida, não se esquecer de si mesmo. É um exercício muito bom” (V.M. Rabolu)


“Momento em momento! Estejamos em nosso trabalho, estejamos em nosso negócio, falando com uma pessoa que seja, aí nós temos que estar, para ver que elemento psíquico se pode manifestar aí ou se está manifestando.” (V.M Rabolu)

Paz Inverencial!


P.S.: Este material foi escrito e revisado a muitas mãos, seguindo o princípio do trabalho das Duplas...


Colaboração: Irmãos gnósticos da S.O.S.

 



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