A OUTRA METADE DA LARANJA

em 5 de dezembro de 2023


A OUTRA METADE DA LARANJA


“Note que existe um processo para tudo. Todo evento e tudo tem um processo, não é por casualidade, mas por causalidade, porque tudo vem de cima para baixo. O que acontece é que nós perdemos a paciência, não sabemos esperar, porém todo evento necessita de um processo.

No caso do jovem ou do solteiro, falemos-lhe, porque existem pessoas solteiras velhas por aí, não? Se estas pessoas solteiras começam a trabalhar, como solteiros podem trabalhar com sua Mãe Divina particular, na morte de determinados elementos psíquicos que, sim, podem eliminar, sacrificar-se pela humanidade, trabalhar na concentração, meditação. Tudo isto vai criando uma força dentro da gente que lhes permite transformar-se num imã atrativo, que atrai.

Então, aí fica fácil para uma pessoa encontrar o seu cônjuge dentro dos mesmos grupos, sem necessidade de sair para a próxima esquina para ver quem passa por aí. Isto a base de petição a Mãe Divina, com paciência e tenacidade, finalmente aparece o cônjuge, a seu devido tempo, porque tudo tem um processo e enquanto não se cumpre este processo, não acontece nada. Então, necessitamos de paciência para que este processo passe. Terminado o processo, aparece o que deve aparecer, porque tudo são causas e efeitos, tudo vem de cima para baixo.

O que a gente diz: “que casualidade de tal coisa aqui”, não devemos dizer casualidade, mas causalidade, que é diferente, porque são causas e efeitos. Sem causa não pode existir nenhum efeito. Então são causas e efeitos, todos os fenômenos e todas as coisas que acontecem aqui, porque tudo vem de cima para baixo, até tomar forma, cristalizar, esse é o processo.

Conheço, por exemplo na parte interna, cidades destruídas totalmente e, no entanto, aqui fisicamente, ainda não estão destruídas. Por que? Porque vem vindo um processo. E se não vem de cima para baixo, cristalizando gradativamente até tomar forma no mundo físico, não pode acontecer. Tem processos que demoram muitos anos e outras vezes é muito rápido, ou seja, o fator tempo é variável em todo o processo; não se pode sujeitar a uma fórmula exata, senão que tudo tem um processo.

Esta explicação estou dando para que os solteiros e solteiras tenham paciência; continuem com o seu trabalho diário e peçam e peçam e peçam a sua Mãe Divina.

Por que muitas vezes as Hierarquias Divinas não concedem nada daquilo que a gente pede? Porque não sabemos pedir, em primeiro lugar; em segundo lugar, porque falta aquilo que chamamos Fé. Sempre gosto de colocar exemplos, para ilustrar como a gente deve proceder perante as Hierarquias. A gente chega e pede a uma Hierarquia duas ou três vezes uma coisa. Como a gente não viu cristalizar o pedido, acha que não adiantou nada; então se perde a fé e diz: “- Ah! Não peço mais!” E não pede mais e não dão nada para ele.

Porque quando se pede algo, necessita demonstrar a sua fé e sua vontade de continuar na mesma petição. Então, o que acontece? Quando passa um tempo determinado e veem que não se perdeu a fé, que se pede com a mesma fé todos os dias, que não se cansa de pedir. Então está demonstrando que, sim, necessita, por uma parte e por outra, que não perdeu a fé, que tem fé. Então eles nos dão o que pedimos, mas primeiro nos submetem à prova da fé e da tenacidade. Ou seja, que haja constância para pedir.

Então é isso que falhamos e temos falhado, pedimos uma ou duas vezes e desistimos. Então no caso dos solteiros, que peçam e peçam e peçam e não cansem de pedir, com a mesma fé, a mesma vontade a Mãe Divina e quando chega o momento lhes entregam ou aparece a outra parte, ou seja, a outra metade da laranja, isto é certo.”


V.M. Rabolu – Congresso da Espanha, 1987

TEMPOS DIFÍCEIS

em 24 de outubro de 2023

 

TEMPOS DIFÍCEIS


    “O importante, em nós, é estudar a nós mesmos.” 
        (V.M. Rabolu)

    1) Tempos de guerra, ninguém mais se entende...

    2) Polarizações, disputas de todo o tipo;

    3) Pessoas insistentemente querendo nos colocar dentro de estereótipos;

    4) Como se a vivência única e particular de cada um já não servisse para definir a grandeza e individualidade de cada pessoa...

    5) Sem dúvida a humanidade piorou bastante depois da pandemia;

    6) Não sei se são estas mídias digitais, todo mundo falando de tudo ao mesmo tempo;
(haja assunto e intelecto)

    7) Onde muita coisa atualmente nos é apresentada sem um “filtro” adequado...

    8) O materialismo continua tomando conta de tudo e de todos;

    9) Alguém sempre querendo tirar vantagem de alguém;

    10) A espiritualidade para muitos se tornou apenas um tema de leitura...

    11) E os defeitos, ah os defeitos... Infelizmente se fortificaram;

    12) Já os percebemos interiormente mais agressivos;

    13) Os resultados cruéis da ação dos defeitos deixam suas marcas no corpo, nas emoções e na mente;

    14) No mundo físico se proliferam os crimes hediondos, as guerras, a miséria, as drogas, a gula, a cobiça, a inveja, os adultérios, etc.

    15) Quando se trata de assuntos com a Lei, seremos sempre julgados pelo nosso trabalho com os Três Fatores de Revolução da Consciência;

    16) Isso sim lhes interessa, saber como estamos;

    17) Que somos orgulhosos, irados e luxuriosos, isto eles já sabem...

    18) O que querem saber é o que temos feito para modificar estes estados internos;

    19) Pois isto pode se reproduzir favoravelmente no externo;

    20) A base para um dia trabalharmos corretamente com os Três Fatores está calcada na Morte do Ego e no Desdobramento Astral;

    21) A Morte do Ego é um constante batalhar sobre nós mesmos:

    “É por isso a importância, é por isso que o mestre enfatiza a morte. Quando você começa a morrer, começa a perceber  como todos os seus processos estão indo, não precisa  perguntar a ninguém, você sabe como está indo. Daí a importância da morte.” (V.M. Rabolu)

    22) Já o Desdobramento Astral é uma experiência que nutre     o impulso da Essência e a orienta no trabalho:

    “P - Que há pessoas que dizem: "Disseram-me no astral para lhe dizer tal e tal coisa"?
    V.M. - Ah, ah, veja, no astral a pessoa é levada a ver seus problemas muito pessoais. Muito raramente, já que você precisa estar desperto, para perceber o problema dos outros, mas tudo o que eles lhe dão é para você. Lá não usam mensageiros adormecidos.” (V.M. Rabolu)

    23) A Morte do Ego e o Desdobramento Astral são as únicas chances que temos de gerarmos um futuro melhor para nós;

    24) Para assim irmos nos adaptando a viver dentro destes Tempos Difíceis...

    25) Os malogrados Tempos do Fim!


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E não nos deixeis cair em tentação”...

    Devemos nos perguntar: qual é a nossa tentação diária? O que nos faz cair em tentação? É preciso refletir sobre esta parte da Sagrada Oração, uma vez que se nos observarmos, veremos a tentação. E vendo a tentação e resistindo a ela, não cairemos. Assim nosso Pai Interno poderá estar agindo em nós, não nos deixando cair em tentação.

    Mas qual é a nossa tentação? Veja, a tentação pode assumir inúmeras formas, não sendo possível relacionar todas nestas poucas linhas. Seria preciso muitos volumes para isso, uma vez que os “Eus” são inúmeros.

    Vejamos alguns exemplos modernos bastante comuns, que muitas vezes não observamos: o simples passatempo nas redes sociais nos permite visualizar algumas formas de tentação, como p.ex., aquela sensação ao se pesquisar sobre um vinho especial, ou qualquer outra bebida; uma espiadinha nas lojas (físicas ou virtuais), com suas roupas, sapatos e uma infinidade de outras tentações para homens e mulheres; aquela visualização das pessoas que as redes sociais nos sugerem como amizade ou de interesse; ver o chocolate; a comidinha especial; o tabaco; a arma; o canivete; sobre as férias que gostaria de ter; a cidade que gostaria de conhecer, a atividade que queria praticar, o filme que queria ver, ou os vídeos que se vê em qualquer plataforma; pesquisar sobre o carro que queria ter; a casa; a vida alheia que chama tanto a atenção, seja a de um desconhecido, seja a de um famoso; sem contar as tentações do trabalho; da família; do vizinho; da música alta; da voz irritante do outro; e na rua, o olhar direto e indiscreto para o sexo oposto; e as próprias notícias, sejam elas quais forem, desde que despertem aquela sensação característica de emoção e interesse fora do comum. Eu diria, até um interesse morboso.

    Enfim, inúmeros outros exemplos poderiam ser citados. E veja, são coisas comuns, rotineiras, mas que sim, são tentações; e se nos interessamos ainda mais por qualquer dessas coisas que despertam desejo, fantasiando um enredo para qualquer uma delas, caímos.

    Ora, como nosso Pai Eterno poderia não nos deixar cair em tentação se somos nós mesmos que procuramos tudo isso, através destas simples atitudes? Nesse sentido, Ele não pode agir, fazer cumprir sua própria oração em nós, pois Ele respeita nosso livre arbítrio. Percebem o obstáculo que criamos para Ele?

    O pior de tudo isso é que todas as tentações do dia se repetem com mais intensidade quando vamos dormir, quando vamos para o mundo dos sonhos, o astral. Imagine o sonho como uma rua, uma estrada qualquer; no início dessa rua está nossa cama, no momento de dormir. No final da rua está nosso Pai, nos esperando para nos receber, ensinar algo.

    Imagine que à medida que saímos para o astral começamos a andar por essa rua e todas as nossas tentações estão lá, vivas, em cores e sabores, nos esperando para nos entreter, com suas projeções próprias e peculiares, onde cada uma tem a sua.

    Mal damos o primeiro passo e vem uma tentação e nos perdemos aí, durante horas. Acordamos para fazer algo e voltamos para a cama, a dormir, e logo estamos novamente nessa rua, com novas tentações e novas ilusões e projeções fantasiosas se apresentando, onde nos perdemos e não avançamos em direção ao Pai, ao que é real, e que está lá, e sempre estará, à espera de seu filho querido, amado, mas que não consegue chegar a Ele porque vive, isso mesmo, vive (a existência) caindo em tentação.

    Então como esperamos que Ele não nos deixe cair em tentação? Se fosse somente recitar a oração e ser atendido, tudo estaria resolvido. Mas não é assim, é preciso que a gente se proponha a não se deixar tentar, para não cair. Somente dessa forma nosso Pai Eterno poderá ficar cada vez mais próximo de nós e nos ajudar cada vez mais a não cair em tentação, pois Ele mesmo nos ensinará a ver antecipadamente, a sentir e a se deter diante de uma tentação, evitando-a.

    Oremos, com vontade, para que o Pai Nosso seja realizado em nós. E nesse orar constante, diário, vamos eliminando a tentação, vamos limpando aquela rua pela qual andamos a noite, para que ao se deitar e se desprender do corpo, a gente se aproxime d’Aquele que nos ama intensamente, que nos aguarda de braços abertos para um forte abraço.

    Paz Inverencial!


    Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.

SABEDORIA (Podcast)

em 8 de fevereiro de 2023

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SABEDORIA (Podcast)


“Eu vos darei os que os olhos não viram, o que os ouvidos não ouviram, o que as mãos não tocaram e o que nunca ocorreu a mente do homem”. (Evangelho de Tomé)

A Sabedoria e Amor são as duas colunas torais da Loja Branca. O Amor é uma energia universal, que permeia a tudo e a todos. Através do trabalho consciente vamos nos harmonizando com esta energia. Ao elevar esta energia para o nosso coração enchemos de força nosso Cristo interno e também contribuímos para aumentar esta chama que é o amor universal, chama esta que emana desde o Absoluto. O Pai é Sabedoria, O Filho é Amor, no Espírito Santo está o Poder, que vai nascer através do trabalho com a castidade. Nossa Mãe Divina, como veículo representante desta tríade superior, absorve todos estes atributos para si e busca auxiliar aquele que está à procura da Luz. Nossas partes superiores tem a Sabedoria que precisamos para chegarmos a eles, mas para isto precisamos também desenvolver esta Sabedoria nos planos mais inferiores. Porque se aprendemos a atuar com Sabedoria e Amor, o trabalho sobre si se torna um tanto mais leve e vamos aprendendo a dar os passos corretos em prol do despertar da consciência.

Na obra Pistis Sophia, do mestre Jesus, está expressado todo o drama que a Alma tem de passar, a fim de ir adquirindo conhecimento desta e das outras dimensões, se livrando das garras dos defeitos psicológicos e do quaternário inferior, que são os corpos do pecado. Assim estamos nós hoje. Nossa partícula de Alma, que é a Essência, recebe impulso das partes superiores para se libertar e despertar a sua consciência, mas precisa estar em constante vigilância para não ser hipnotizada pelas criações do Anticristo e se deixar levar pelas tentações do corpo de desejos...

Nossa estrela interior, que é o Ain Soph, é muito antiga. Ela é uma chispa do Absoluto. Digamos que não faz sentido neste momento não seguirmos o chamado que a nossa estrela está fazendo, para trilharmos o caminho de volta. Precisamos nos desvencilhar das armadilhas de nossos defeitos e dos falsos interesses de nossa personalidade, adquirindo uma postura diferente em relação ao nosso dia a dia. O fútil e o supérfluo deve ser enfraquecido e aquilo que é real e verdadeiro fortalecido, para assim despertamos a consciência.

Para alcançar a autêntica Sabedoria o intelectualismo não serve, pois ele traz apenas uma informação. Já a percepção ou conhecimento total de algo surge pela prática ou a experimentação direta. Existem aprendizados que se processam de forma física, seja para desenvolver alguma habilidade ou no próprio campo do relacionamento. Mas a maior Sabedoria que se recebe é nos mundos internos e para isto precisamos estar praticando a Gnose de instante a instante, de momento a momento. Temos de aprender a nos tornar um veículo receptor destas mensagens que recebemos nas dimensões superiores da natureza. Para recebermos a Sabedoria necessitamos nos desenvolver dentro da Doutrina do Coração e esta se baseia no reto pensar, no reto sentir e no reto agir e juntamente com o despertar da Consciência vai nos abrindo as portas da sala da Sabedoria.

Devemos ser simples para ser sábios. O orgulho místico nada tem a haver com estes trabalhos. Temos de ter consciência que o pouco que experimentamos ainda é muito pouco. O caminho revolucionário é algo completamente espiritual. Se temos um pequeno avanço a nível interno devemos dar estes créditos totalmente a nossa parte espiritual, pois nela há o interesse de progredirmos de maneira adequada ao que este conhecimento exige. A nossa mente e personalidade, por estar mais ligada a matéria, está mais interessada nas ilusões do mundo, a não ser que queira tirar proveito material de algum conhecimento internos adquirido (falso ou verdadeiro), se apresentando como falso mestre ou discípulo.

Temos de despertar nossa consciência aqui e agora e assim vão se abrindo as portas dos mundos internos para nós. A faculdade para nos comunicarmos com as hierarquias e as partes superiores de nosso Ser é e sempre será a Intuição. Por ali não deve haver raciocínios. Por isso temos de acabar com toda a classe de desejos, emoções, paixões, ódios, egoísmos, violências, ânsias de acumulação, intelectualismo, preconceitos sociais, etc. Tudo isto atrapalha a compreensão intuitiva de algo que nos é apresentado. Quando nos mostram algo internamente temos de trabalhar sobre aquilo que nos é apresentado. É como uma tarefa física que recebemos e temos de cumpri-la. Ver qual é a correlação com as dificuldades cotidianas que estamos passando, como isto se relaciona com o trabalho psicológico. Certas mensagens nos informam que temos que colocar mais atenção a determinados aspectos de um defeito psicológico, mudar hábitos, estabelecer disciplinas, etc. A intuição é a chave para a interpretação desta simbologia e o trabalho diário sobre si se complementa, dando a possibilidade de recebermos alguma orientação superior durante o dia também. Temos de gerar oitavas sobre estes aspectos, com o objetivo de ir despertando a nossa consciência.

A medida que vamos despertando, vamos nos acercando das diferentes partes de nosso Ser. A partir do Absoluto nossa Mônada se desdobra em díade, em tríade e depois vai se desdobrando em outras partes que vão constituir o nosso Ser. Cada parte atua de maneira autônoma e independente, trabalhando secretamente para que possamos nos realizar a fundo. Além de nossa tríade superior, que são o Pai, Filho e Espírito Santo, bem como a nossa Mãe Divina, temos muitas outras partes do Ser. São exemplos disto o Intercessor Elemental, que é a parte que se relaciona com os elementais da natureza, a Donzela das Recordações, responsável por passar a lembrança dos sonhos ao cérebro físico, o Kaon interior, que anota as nossas boas e más ações para o dia do nosso juízo final. Assim como o Cristo histórico teve seus doze apóstolos também temos 12 partes de nosso Ser que são os nossos apóstolos internos. Estes apóstolos cumprem missão internamente, com o objetivo que despertemos a nossa consciência. Por exemplo, temos um Pedro interior, que nos ensina os mistérios do sexo. O sexo é a porta de entrada dos mistérios. Pelo sexo saímos do Éden e por ele voltaremos. Não se acessa os Templos de Sabedoria sem a castidade. A castidade e a pureza representam o retorno ao paraíso perdido. A energia sexual deve ser ascendente e se ela não subir vai querer baixar, porque os defeitos e a Loja Negra vão querer roubar esta energia. Com o sexo adquirimos força para o trabalho e aumentamos o poder de nossa Mãe Divina, construímos também os corpos necessários para um dia podermos nos tornar um autêntico veículo de nosso Ser.

André é outro apóstolo interior, ele nos ensina a trabalharmos corretamente com os três fatores de revolução da consciência. A cruz em X, ao qual o apóstolo físico foi crucificado, já um emblema da alquimia sexual. Também significa que deve haver grandes esforços e padecimentos voluntários para que a água ferva a 100 graus, para que morra o que tem que morrer em nós mesmos e nasça assim a verdadeira Sabedoria de nosso Ser. A medida que trabalhamos corretamente com os dois fatores vamos praticando o terceiro, como um dever que temos com esta pobre humanidade doente.

Filipe é a parte de nosso Ser que nos ensina a sair em Jinas e também no Astral. Esta parte do nosso Ser nos aguarda internamente para nos instruir. Ao Céu, Filipe! – este é o mantram que utilizamos no momento do desdobramento astral, para invocar a sua ajuda. Ao Céu, Filipe! Uma vez despertos em astral aprendamos a invocar nossas partes internas ou as Hierarquias Divinas, a fim de recebermos a Sabedoria diretamente das mesmas. Invoquemos com o coração. As Hierarquias sempre atendem a uma súplica sincera... Façamos estas práticas sempre com muita dedicação e fé. Porque “a Fé é o maior poder que existe no mundo”, assim já nos falava o V.M. Samael Aun Weor.

João é o apóstolo interior que nos ensina a manejar o Verbo. O Verbo se relaciona com o sexo e por isso devemos ser puros, seja em pensamento, palavra e ação. O Verbo deve ser reto e a palavra deve ser exata, assim como no trabalho sobre si mesmo. Com o Verbo podemos transmitir o pão do alto ou a Sabedoria que recebemos e isto se relaciona também com o terceiro fator, seja ajudando um grupo maior ou ao próximo que necessite. São 12 os apóstolos interiores, aqui não alcançaremos falar de todos.

Mateus é outro apóstolo interior. Nosso Mateus interior se relaciona com a verdadeira Ciência, não esta falsa Ciência do Anticristo, com suas bombas, invenções tecnológicas, mundo digital... Mateus se relaciona com a matemática superior, com a ciência elemental da natureza. Os seres de outros planetas, que um dia resgatarão o povo seleto, conhecem a fundo a verdadeira Ciência. Para isso precisamos ir despertando a nossa Consciência.

Judas é a parte de nosso Ser que nos ensina a Doutrina da Desintegração do Ego. O Ser e o Ego são como água e azeite, nunca podem se misturar. O próprio Judas físico se enforcou, para nos mostrar que o ego deve ser reduzido a cinzas. Desdobramento e Meditação são práticas diárias e fundamentais para o despertar da Consciência, mas o material a ser liberado para o nosso despertar, que é a nossa Essência só se adquire através de lutas constantes sobre nossos defeitos psicológicos. O trabalho de eliminação psicológica deve ser de momento a momento, de instante a instante. Nestes estudos, os esforços não contam, apenas os superesforços...

“Vigiai, portanto, em todo o tempo, orando, para que possais escapar de todos estes eventos que estão para acontecer, e apresentar-vos em pé diante do Filho do homem” (Lucas 21:36)

Então temos que estar trabalhando, para podermos saber atuar diante das adversidades que estamos enfrentando, aqui e agora, e as que virão no futuro.

“Por isso, vigiai, porquanto não sabeis em que dia virá o vosso Senhor.” (Mateus 24:42)

Temos também que aprender a viver entre as ovelhas e os cabritos. Pois há muita maldade nos virtuosos e muita bondade nos malvados. Não que passaremos a viver no meio dos malvados, mas na vida corrente, na inter-relação social, vamos aproveitando as situações que se apresentam e delas iremos extraindo toda a Sabedoria que pudermos absorver. Ainda acerca do Ego, é interessante que saibamos que de forma nenhuma ele quer morrer. O Ego sempre se projeta para o futuro através do presente, portanto a chave está no trabalho sobre si mesmo de momento a momento, não se identificar com nada, para poder perceber o momento em que um detalhe queira atuar. Detalhe este que sempre vai alimentar um defeito maior e assim continuamos sendo os mesmos de sempre. Por isso foi colocado que o Ego, ele se projeta para o futuro, através do presente. Necessitamos dar o o choque necessário para que a nossa consciência possa alçar vôos mais altos.

Santiago é a parte de nosso Ser que nos ensina os mistérios da Alquimia. Através do equilíbrio dos centros e já dentro da prática do Arcano, vamos avançando nas diferentes cores dos Mercúrios sexuais. Lembrando que os mercúrios é o Ens Seminis que vai ser transmutado. E estes mercúrios, à medida que trabalhamos sobre si, eles passam por oitavas. Então temos o mercúrio negro, branco, amarelo e finalmente o vermelho, que é o ponto onde vamos fabricar o Hidrogênio Si-12, que é o momento onde o estudante desperta o fogo sagrado, para iniciar o ascenso da Kundalini pela coluna vertebral.

E o que diremos de Tomé? Nosso Tomé interior nos ensina a manejar a mente, a sermos sensatos. Nesta época em que vivemos, o equilíbrio da mente é um aspecto muito importante do trabalho sobre si mesmos. Tomé é uma parte de nosso Ser que se relaciona com o sentido da compreensão. Tomé dentro de nós significa, cognição, compreensão, infinita paciência. Tomé se relaciona com o discernimento e no tocante ao trabalho esotérico tudo vai se tornando mais claro à medida que despertamos a nossa consciência. Assim vamos nos relacionando de uma forma mais positiva com as diferentes partes de nosso Ser.

Como prática para este tema deixaremos a prática aqui do equilíbrio dos Centros. É muito comum, através das tarefas diárias ou por identificação com algo, sobrecarregarmos um dos centros da máquina humana. Sabemos que são cinco os centros inferiores da máquina humana, que é mental, emocional, sexual, motor e instintivo e mais dois superiores, que são o mental e emocional superior, sendo que estes últimos não têm localização no corpo físico, mas as Hierarquias e as diferentes partes do Ser nos podem enviar mensagens através destes dois centros superiores. O mestre Rabolu nos ensina que devemos ter atenção constante sobre a mente, coração e sexo, pois por um destes três centros os detalhes vão se expressar e assim apelamos a nossa Mãe Divina para que ela elimine aquele detalhe. Também por disciplina podemos cuidar por fazer um rodízio na utilização destes centros. O mestre Samael, ele fazia este exercício numa época com seus discípulos, praticando o rodízio do uso dos centros intelectual, emocional e motor. Por exemplo, nós podemos utilizar o centro intelectual por uma hora, por volta de uma hora, digamos, para estudo, trabalho, algum tipo de planejamento, alguma leitura que temos que fazer, alguma notícia, alguma informação útil, que leve a algo, a uma informação mais objetiva. Depois desta uma hora, nós podemos revezar, utilizando outro centro, no caso o centro emocional. Então podemos ouvir uma música, ir fazer uma prática. A própria leitura inspirativa, ela ativa o centro emocional, uma leitura dos grandes mestres. Isto por meia hora e depois podemos utilizar o centro motor. Não estamos querendo dizer que precisa ser nesta ordem, nós estamos apenas propondo um rodízio dos centros. Porque como foi colocado, é comum nós desgastarmos um centro, às vezes e isto vai atingir o centro sexual e a máquina humana, ela fica em completo desequilíbrio. Nós sempre ficamos na questão do mercúrio negro. Então, depois podemos utilizar o centro motor por mais meia hora, por exemplo. Trabalhos domésticos, nós precisamos limpar a casa, fazer algo, arrumar algo, consertar algo na casa, caminhadas, exercícios físicos. Então tudo o que esteja relacionado ao centro motor. Como nós colocamos, o tempo abordado, ele não significa que deva ser algo exato, mas sim a ideia que precisamos nos desenvolver de uma forma harmoniosa em relação aos centros da máquina humana. Assim nós vamos no habilitando a um dia, através deste equilíbrio, a fabricarmos o hidrogênio SI-12. Já em relação ao centro instintivo entra os aspectos da alimentação, a qualidade, não sobrecarregar o processo da digestão, primarmos pela saúde do corpo, darmos repouso adequado, o descanso no momento certo, a quantidade adequada de sono. E já o uso do centro sexual, ele está reservado para a prática do Arcano, isso referente aos casados.

Pratiquemos, pratiquemos cada vez mais. Não desanimemos. Pratiquemos sempre, com muita fé. A sabedoria do Ser nasce dentro de nós, a medida em que nos esforçamos em contatá-lo. Estejamos preparados. Sempre...

Paz Inverencial!


Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.



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