O EGO DAS DROGAS - EXPERIÊNCIAS - RELAÇÕES E UMA SAÍDA
Naqueles anos da década de 80, quando as primeiras escolas gnósticas estavam sendo formadas no Chile, conheci um jovem, atento, que nunca perdeu uma conferência e dedicava seu tempo ao estudo na biblioteca (sofrendo as brincadeiras de alguns membros, que não entendiam sua forma de estudar preferencialmente certas obras do Mestre Samael), se destacava pela sua compreensão e até ajudava os outros a compreender os temas, tinha idéias revolucionárias para aqueles tempos, diferentes dos fanáticos brancos (como ele os chamava), que acreditavam que as escolas durariam para sempre, ele lhes dizia que as escolas passariam e que apenas as comunidades gnósticas permaneceriam, algo impensável para aqueles anos…
Ele já estava prestes a terminar o ensino médio, normalmente nunca havia buscado coisas místicas e esses temas, até que um amigo lhe mostrou o outro mundo, (onde há Luz, também há Escuridão), entre esses eternos passeios debaixo da chuva, observando as gotas caírem, até um delicioso entardecer, tudo isso estremecia sua jovem alma, mas ainda não conhecia a Gnose, primeiro ele conheceu o submundo das drogas e posteriormente o álcool. Já no final de seus estudos, um professor muito especial, convidou-o para as primeiras reuniões, assim começou sua jornada, às vezes tortuosa, do autoconhecimento.
Isto trouxe uma mudança interior, porque, por um lado, ele gostava da Sabedoria, mas também carregava dentro de si uma força contrária que o fazia descer, às profundezas de seu próprio inferno interior.
O eu da psicologia, na primeira vez que teve a oportunidade de fumar maconha, sentiu em seu interior como se alguém ou algo entrasse em seu corpo... foi uma experiência única, seus sentidos aguçados, sentiam até a mais leve nota musical, seus olhos perceberam novas cores e sua mente... sua mente o levou a novos mundos... sua mente o levava a novos mundos, bastava ler um parágrafo de alguma obra do Mestre para ficar extasiado, infelizmente, todas essas, faculdades que a droga desperta ("As extrapercepções do viciado têm sua raiz particular no abominável órgão Kundartiguador (a serpente tentadora do Éden") A Grande Rebelião - Samael Aun Weor). São simples elucubrações, que a mente toma como certas sem ter vivido nenhuma delas.
De uma “inocente droga recreativa” como a chamam hoje em dia a "maconha" para uma maior, há um passo, pois a conexão com os mundos infradimensionais permite ou favorece a criação ou o retorno de novos e variados eus, que representam inúmeras combinações. Assim, a vida de um viciado em drogas torna-se um carrossel do qual é quase impossível sair, mesmo aqueles que por sua própria vontade as deixaram, voltam a cair por não terem eliminado as causas desses eventos, quer dizer, esses estados psicológicos. Nossas próprias criações egoicas que mantêm presa e condicionada nossa consciência.
RELAÇÕES
Assim, como no mundo do trabalho ou social existem numerosas relações entre indivíduos, da mesma forma os eus se relacionam entre si, seja para se alimentar de forma sutil ou para fortalecer seus laços e manter ainda mais adormecida e condicionada a essência.
Nosso amigo começou com drogas leves, mas depois vieram outras, separadas ou juntas, do fumar, de tomar comprimidos, terminando em cheirar cocaína (chamada de caspa do diabo), e para isso, os personagens dessa caverna de bandidos se revezavam, para dar vazão aos seus caprichos...
- No início, alguém lhe dice que era um fumante medíocre, "ferido seu ORGULHO" se tornou um especialista…
- Quando não tinha dinheiro, seus eus do ROUBO, davam um jeito, para conseguir seu sustento…
- O eu da MENTIRA, se destacava contando histórias ou enganando aqueles que poderiam lhe proporcionar dinheiro para continuar a festa…
- A IRA, implacável, surgia quando não havia motivo...
- A PREGUIÇA, imóvel depois de um dia de folia...
- O apetite insaciável (a GULA), característica depois de uma “viagem”, o comer fora de hora ou em excesso, traz mais consequências negativas, somadas ao desequilíbrio da máquina humana devido à ingestão das drogas...
Algumas drogas estão relacionadas a outros círculos infernais, a cocaína por exemplo, está relacionada com a LUXÚRIA, com a PORNOGRAFIA e outras atrocidades. Dificilmente seria possível detalhar em um simples texto, tudo o que está relacionado a este tema, essa é apenas uma amostra.
PRÁTICA DA MORTE DE MOMENTO EM MOMENTO
Conhecemos muitas pessoas que caíram nesse vício e que de uma forma ou outra recorreram à terapias, psicólogos e até mesmo foram internadas em clínicas de desintoxicação e por um tempo parecem saudáveis, alegres e até conseguem emprego, mas o meio, as "amizades", as circunstâncias, as fazem voltar para aquela vida que acreditavam ter deixado para trás. O melhor caminho é enfrentar esse vício, direcionando a atenção para o que se move dentro de si mesmo, observar como o ego se move nos pensamentos, emoções e ações. Se estamos vigilantes, descobrimos quando eles surgem e então devemos pedir imediatamente à nossa Mãe Divina que os elimine, antes que se manifestem. Se pede com toda a FÉ assim: "MINHA MÃE, TIRA-ME ESTE DEFEITO, ELIMINA-O DE MIM!”, com Força, com Coragem. Algumas vezes, o ego é muito grande e está muito enraizado e é preciso uma ajuda de tipo superior. Peça e os será dado, felizmente temos um Farol nessas agitadas águas da vida!
O ÁLCOOL
Sobre o tema do álcool, devemos ser equilibrados e sábios. Os Mestres Samael e Rabolu deixam em seus ensinamentos os perigos de não aceitar uma taça em alguma festa, familiar ou com conhecidos, pois é mais fácil fazer inimigos do que se livrar deles.
O Mestre Rabolu usava a técnica de no máximo três taças e pausadas entre si, para que o organismo processe esse álcool. Não há pior elemento do que aquele que cai no fanatismo extremo, temos que roubar o fogo do diabo, quer dizer, aproveitar todas as circunstâncias da vida para nos autoconhecer. É possível segurar uma taça na mão, em alguma festa e estar atento ao que ocorre em nosso interior, quais eus saltam, quais eus nos convidam a aumentar um pouco mais aquele “clima de festa” ou a olhada morbosa para as damas. Já as pessoas que não bebem, obviamente não o farão, para não criar novos eus que não possuem. Assim, aos poucos, vamos nos adestrando.
REFLEXÃO FINAL
Nosso amigo, já cansado dessa vida e vendo que o trem da Gnose partia sem retorno, clamou por ajuda, a familia, amigos, conhecidos das redes sociais, até mesmo entre aqueles que mais sabiam, mas não teve resposta.
Embora seja verdade que o trabalho é individual e que cada um deve enfrentar suas próprias criações, este amigo clamou por ajuda do fundo do seu Coração, do fundo da sua Alma, certo Irmão, Pai e Guia, mostrou a porta a seguir, mas não seria algo gratuito, ele precisou colocar seu Esforço, Fé e Constância nesse trabalho.
Hoje, graças à Gnose, ao trabalho com as Hierarquias de Saturno e ao nosso paciente Irmão que cuida desses trabalhos, podemos dizer que nosso Amigo tomou o caminho para nunca mais voltar a pisar nesses escuros abismos.
Paz Inverencial!
Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.
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