LIVES do GNOSE para POUCOS

em 28 de abril de 2021

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O MUNDO EM REDE E A FRAGILIDADE DO SISTEMA

em 20 de abril de 2021

O MUNDO EM REDE E A FRAGILIDADE DO SISTEMA


Momentos críticos são esses em que vivemos, não é mesmo?

   
Com um pouco de discernimento podemos nos dar conta que somos frágeis. A humanidade é frágil em seu desenvolvimento, considerando a forma como atualmente se encontra.
    
Muitos de nós estamos acostumados a mandos e desmandos. A humilhar nosso próximo de maneira tal que o consideramos inferior a nós mesmos. Mas se olharmos mais atentamente o que o nosso próximo faz, fazemos; o que o nosso próximo é, somos.
    
Ainda que nos consideremos superiores aos demais, cometemos os mesmos delitos daqueles a quem julgamos. E não adianta jactar-se pela posição social, pelos títulos nobres, pelo gordo investimento em títulos de empresas de grandes fundamentos; isso não conta. O que conta é a situação interna, psicológica em que nos encontramos - somos débeis.
    
Essa debilidade se dá pelo ego, pelas inúmeras contradições internas que existem em nossa mente, em nossas emoções e em nossas volições, que nos leva a falta de consciência tão necessária para nos safarmos das situações mais difíceis.
    
A debilidade de cada indivíduo da humanidade nos leva a viver em rede. Essa rede se caracteriza pela necessidade de um depender do que outro produz para sua sobrevivência ou bem-estar.
    
Em termos de alimentação, dependemos do produtor rural para produzir alimentos em quantidade suficiente para abastecer grandes centros e até mesmos aquelas cidades distantes que não possuem tal produção.
    
O mesmo podemos dizer da indústria da alimentação, que se vale desses mesmos produtores rurais para manufaturar tais alimentos e colocá-los à disposição do público, criando e gerando novas necessidades e dependências aos consumidores de plantão.

Mas esses alimentos precisam escoar de uma localidade a outra. Então eles, os produtores e indústrias, precisam de caminhões e estes do diesel, que por sua vez dependem das refinarias e estas da Petrobrás, que depende, para seus preços, da variação do dólar e do barril de petróleo, que depende do ânimo do mercado internacional, entre outras variáveis eventualmente obscuras e não divulgadas. O caminhoneiro, por sua vez, também depende do produtor rural e da indústria, que depende do caminhoneiro. Nesta relação de um e outro já percebemos a rede em ação e a interdependência de um para com outro.
    
Em uma cidade também dependemos da rede. Aquele produtor rural abastece a cidade, em sendo a sua relação com o caminhoneiro bem-sucedida. Os alimentos chegam na cidade em supermercados ou fruteiras, que irão chegar às mesas da população. A população vai aos seus mais diversos trabalhos, gerando necessidades a outras pessoas, para que comprem seus produtos, e daí, àqueles compradores, que também trabalham por produzir demandas de necessidades a terceiros.
    
Assim, o que vemos são fileiras de peças de dominó, cujas bases já estão estremecendo. A primeira peça que cair, fará cair todas as demais ao seu tempo.
    
E se os funcionários do sistema elétrico, por conta dessa queda em sequência dessas peças, será que iriam manter as usinas elétricas funcionando? Sem energia nada funciona e a água em nossas casas de imediato faltará; todo o resto faltará.
    
Não podemos esquecer da famosa greve de caminhoneiros em maio de 2018, que durou “10” dias. Não foram poucas as cidades em que as prateleiras de supermercados deram falta de alguns produtos.
    
E o que diríamos da internet? A maior rede interdependente do mundo. É notório que se essa rede um dia entrar em pane geral, a humanidade se verá completamente perdida. E isso não está muito longe de acontecer. As pessoas estarão buscando o sinal de internet nas ruas como um drogado busca seu ópio.
    
A palavra net, em termos técnicos, quer dizer rede. Termo mais antigo, mas que resume bem a função da internet é network, ou trabalho em rede. Vejam que, se essa rede deixa de existir hoje, estaremos com sérios problemas: a começar pelas contas bancárias que deixarão de ser movimentadas; as trocas de informações entre empresas e órgãos governamentais, as notas fiscais eletrônicas, as consultas on-line, as lives, enfim, tudo deixará de ser movimentado porque o ser humano é dependente dessa net.
    
Mas em termos esotéricos podemos afirmar que net é: “Os “10” chifres desta Besta são as vertentes e variáveis dos aspectos das cabeças, que giram e se modificam, de acordo com a roda e os ciclos dos tempos. 10= ten(inglês), ao revés = Net. Sistema binário (0-1)”. (S.O.S.)
    
Estamos confiando muito ou quase tudo à internet. Inclusive nossa memória, o como fazer, o que pensar.... Estamos ficando dependentes da internet até para pensar, imagina uma pane?
    
Poderia se dar inúmeros exemplos de interdependência dessa rede social por onde circula o dinheiro, documentações e as informações, mas o propósito aqui é a reflexão...
    
Vemos que ao longo de nossa história deixamos para outras pessoas nos informar do que acontece.
    
Comecemos pelo teatro, jornal, depois o cinema, o rádio, a tv, os jogos – futebol, videogames, o computador e, por último, o celular, que junta tudo-em-um na palma de nossa mão, feito a marca da grande besta, cujo número é 666 = 18 – os inimigos ocultos: a loja negra, o ego e a natureza que nos põe esses brinquedos desde há séculos, de uma ou outra forma, mas que ultimamente os temos dado importância além do devido, devido ao hipnotismo da web.
    
Ao transferir para esses “brinquedos da lua” todo o direito da informação, externa, deixamos de nos comunicar com nosso Ser que possui todo o conhecimento do cosmos e que pode nos guiar pelos caminhos da vida com certeza e sabedoria.
    
A lua é a medusa da mitologia, que nos paralisa, nos alucina, nos enfeitiça com seu olhar, transformando-nos em estátuas, cujo significado é não nos permitir nos mover no trabalho esotérico, não nos deixa desdobrar, meditar, morrer em si mesmo, nos faz crer que o divinal não existe, que as hierarquias nos abandonaram e o que existe apenas é a redoma de cimento curado que nos rodeia: a escuridão.            

Temos que nos mover. Realizar as práticas. Daí veremos que esse cimento que nos prende vai se partindo e, então, veremos a luz penetrar em nossa consciência, e ao decapitarmos a medusa, feito Perseu, estaremos livres das influências da lua.
    
Toda a informação que precisamos para viver está em nossa consciência que está conectada, ou deveria estar, com nosso Ser. Ao passarmos o cetro do poder para a rede externa, estamos negando nosso Ser como principal fonte de sabedoria e, daí, perdemo-nos nos labirintos de teorias formuladas pelos velhacos do intelecto, em jornais, livros, etc., etc., etc.


    “De modo que, pois, a esta prática não se havia dado importância. Eu lhe dei importância, porque há muito tempo tenho essa disciplina, e a mim não me dificulta a concentração. Por exemplo, vocês querem ir a uma pirâmide, a um templo, ou para se entrevistar com um Mestre. Concentram-se e, ao adormecer, vão diretamente lá onde estão concentrados. Vão diretamente, não se detém em nenhuma parte. Podem conhecer os templos, as pirâmides, ou entrevistar-se com um Mestre. Concentram-se nele, e já! Isso é tudo. Essa é a maneira mais rápida da informação. É a maneira mais rápida da informação. É essa! Para investigar qualquer coisa, concentre-se e já se está investigando o que se necessita; então, temos que dar a essa prática a importância que tem. Não devemos deixá-la para amanhã, senão começar duma vez uma disciplina, para nos poder educar para a concentração. Porque, vejam, para a meditação necessitamos concentrar-nos primeiro, que haja um só pensamento. Então, de repente lhe aparece outro pensamento... a dualidade. Então se descartam juntos e se entra para a meditação.” (V.M. Rabolu – Águia Rebelde)

 

Portanto, pratiquemos a meditação para encontrar em nossa profundidade psicológica o nosso Ser, nosso Amado Pai que está em segredo.

 

  “Os gnósticos, plenamente desiludidos do néscio intelectualismo de Mammom, bebemos do vinho da meditação na taça da perfeita concentração”. (V.M. Samael – As Três Montanhas)

 

Então chega a pandemia e essa rede externa é quebrada ou mitigada pela necessidade de se conter o contágio do corona-vírus. Há diversas notícias de desabastecimentos e empresas diminuindo suas produções por falta de insumos em seu “canteiro de obras”; algumas outras, aproveitando-se da situação, faturam mais.
    
O fácil contágio do vírus faz ou impele as autoridades a provocar restrições no comércio ou mesmo seu fechamento total por dias, na esperança de que o sistema de saúde não entre em colapso ou, ao menos, tenha algum fôlego.
    
Tais restrições faz diminuir a circulação da moeda e causa uma queda na arrecadação estatal que só faz aumentar a dívida pública e deixar de cumprir certas obrigações fiscais. Se a bola de neve crescer mais, até mesmos aqueles estabilizados, com suas remunerações recorrentes, poderão deixar de receber e sua tranquilidade será abalada. A escassez poderá se tornar um fato.
    
Mesmo com a continuidade de uma gorda conta bancária, de nada adiantará se não houver alimento na mesa, se a rede do abastecimento for quebrada ou suficientemente mitigada em algumas localidades.
    
A interdependência humana é sinal de fragilidade e esta é passada ao sistema que está prestes a ruir.
Esta fragilidade existe porque a humanidade (nós) está divorciada do Ser, do Íntimo. Cada ser humano possui seu Íntimo interno, seu Pai celestial. Insistimos em viver longe de suas ordens, conselhos e orientações. Por consequência erramos e vamos de mal a pior.
    
A luta dos grandes Mestres e da Gnose é nos fazer voltar à casa do Pai, a sua morada, e possibilitar àquelas Mônadas que desejam o caminho augusto para que possam se autorrealizar. Mas para isso temos que deixar de ser pessoas revoltadas com a divindade e nos dedicarmos às práticas que os Mestres nos deixaram.
    
Despertar é uma necessidade urgente. O Mestre Samael já nos alertava desta urgência. Isso só é possível se nos propormos a criar uma disciplina esotérica e esta é cada uma que vai pô-la. Não devemos esperar uma mágica acontecer, pois se não aconteceu até agora é porque não era para acontecer e nem acontecerá, e ninguém poderá fazer isso por nós, mesmo que queira o sugira.
    
Existe também uma rede divina, mas esta está formada por cada Pai Íntimo ou Real Ser individual, que na soma forma uma unidade. Nessa rede não há falhas, melhor dizendo, nosso Real Ser é consciente e responsável pelo seu ofício e onde surge uma lacuna, esta é preenchida por outro Ser que almeja sua própria superioridade ou ao menos manter a rede intacta, não se furtando de um chamado superior ou de uma Hierarquia para cumprir um determinado ofício ao seu alcance. Todos os nossos Pais Íntimos, nosso mago interior (arcano 1) e nossa mãe divina (arcano 2), estão em pleno acordo cósmico e com o Cristo Cósmico e com o Pai Cósmico; É A UNIDADE MÚLTIPLA PERFEITA. Por isso a rede divina não quebra, está em perfeita harmonia e nela não há crises, diferentemente da nossa, tão frágil, grotesca e fraudulenta, por culpa do “querido ego”.

    “O processo começa no mundo do Espírito, a 7° dimensão, onde tudo são números e a matemática é pura intuição. La a verdade se faz presente em cada átomo, em cada elétron. Já na ordem de mundos, até chegar a cristalização no físico, na matéria, há diversos departamentos, anjos e hierarquias que cuidam dos cálculos, outros dos arquétipos. Tudo em perfeita ordem e de acordo com as leis do carma e do destino de toda humanidade. O que nós fazemos é captar estas influências, compreendê-las e adaptá-las aos nossos trabalhos. Assim entramos em harmonia com a parte superior de todos estes processos.” (S.O.S.)

 

 Reflitamos.

Em nosso Ser está a paz, a sabedoria, a felicidade, a fraternidade, a serenidade, o AMOR. A Gnose nos brinda com a possibilidade de voltarmos à morada do Pai celestial que nos aguarda para que possa cumprir sua jornada celestial junto ao Cristo.



Antes de tudo temos que nos levantar e entrar em pé de guerra contra nós mesmos, contra nosso ego e os inimigos ocultos; não estamos sós. Daí, aos poucos vamos vislumbrando as dádivas do Ser, que está além da escuridão de nossa inconsciência.

Atividade:

Diante de tudo o que foi mencionado, com o intuito de preservar nossas habilidades neurais vamos buscar exercitar nossa memória de curto prazo. A memória de curto prazo nós a exercitamos quando estamos em estado de alerta de momento a momento.
    
Quando vamos a uma loja o vendedor nos fala o nome; daqui a poucos minutos estamos perguntando novamente o nome dele e isso se deve porque não estávamos conscientes de nós mesmos no momento em que ele nos disse a primeira vez.
    
Antigamente as pessoas sabiam telefones “de cor”, guardavam mais coisas na memória. O que mudou é que hoje as pessoas acessam uma quantidade muito grande de informações num tempo muito curto e isso é péssimo para nossa memória, para os processos neurais e cognitivos.
    
Quando vamos procurar algo no google pelo celular, o algoritmo nos indica reportagens de nosso interesse, e acabamos entrando nesses outros sites e até esquecemos o que iríamos pesquisar.
    
Essas impressões do mundo digital chegam a nós de uma forma tão rápida que fica muito difícil fazer a transformações das impressões a tudo o que chega. Além disso, à noite, com a mente agitada com tantas informações e imagens mentais, fica quase impossível sair em astral.
    
Por isso, quanto menos “alimento mental” ingerirmos, melhor. Manter o foco durante o dia e evitar muitas informações desnecessárias vão nos ajudar a ficar mais concentrados e em recordação de nós mesmos.


 Práticas:

Meditação diariamente, já ensinada pelos Mestres e até pelos escritos de outros irmãos do grupo, para que alcancemos a plenitude do Pai – qualquer prática que tenhamos afinidade, o que se necessita é concentração para não mecanizar.
    
Desdobramento astral, a mesma disciplina. Se não logramos sair em meditação com a prática que escolhemos, podemos sair em desdobramento astral com essa mesma prática.
    
Morte do ego, morte em marcha. Quanto mais se morre mais essência liberada e maior lucidez quando se pratica a meditação e se a desperta por esta prática – “Luz, mais luz”.
    
Duração das práticas: cinco minutos, um dia, uma semana, um mês... o importante é não mecanizar.

“Seguramente a pessoa que logra o vazio iluminador, ainda que seja uma única só vez, ou seja, da primeira vez, ela dificilmente abandonará esse trabalho. Porque? Por que ela conheceu os céus! Ela sabe o que é os céus! Ela conheceu todas as hierarquias dos céus! Ela esteve perto da felicidade! Experimentou um pouco do que é a felicidade longe dos egos! Então, quando a gente se depara com uma cena dessa, com uma experiência dessa, desperta imediatamente e não adormece. Então, com 3% desperto a gente vai trabalhar na auto-observação, na morte dos egos com muito mais afinco, com muito mais dedicação. Por isso é tão importante a meditação.” (T.E.M.P.O. - S.O.S.)

 

Fraternalmente.


Paz Inverencial!


(Editores do GP)

ESTUDO SOBRE AS PAIXÕES

em 10 de abril de 2021


ESTUDO SOBRE AS PAIXÕES

 
Hoje propomos uma reflexão sobre o amor e a paixão.

Conhecemos tão pouco do amor, mas sabe-se que amor e paixão são estados incompatíveis entre si. Atualmente, devido ao adormecimento que nos habita não conseguimos perceber suas diferenças, nos confundimos e dizemos que amamos, quando estamos apenas apaixonados... Esta dificuldade em discernir entre o amor e a paixão nos leva a seguinte pergunta: será que já experimentamos o amor?

A paixão é a luz da vida do inconsciente. Para o ego, viver sem paixão é tirar o sentido de existir.

    “O escravo de suas paixões é escravo de seus semelhantes.” (Samael Aun Weor)

A Paixão nos aleija, nos torna dependentes de algo ou alguém sem o qual perdemos o chão. Escraviza pelo medo de perder! Nos quita a conexão com o Ser, pois focamos o sentido da nossa existência em algo frágil, ilusório, sem consistência e passageiro.

Exemplos:

*Uma mãe apaixonada pelo seu bebê pode negligenciar o marido e os filhos mais velhos.

*Uma pessoa apaixonada pela profissão, pode deixar em segundo plano seu trabalho interno, por não abrir mão de um tempo para este fim.

 *Um indivíduo solitário, pode cair em depressão ao perder seu estimado cão.

 *Vemos este eu, também em uma família que entra em brigas e discussões por divergências políticas, onde cada um defende com paixão o seu ponto de vista.

Existe uma distorção nas proporções do valor dado as coisas nos exemplos citados acima.

Quais são as nossas paixões?

O que tememos perder?

Mas, queremos ir um pouco mais adiante e falar de um tipo específico de paixão, a paixão sexual.

Geralmente, nos encontramos em algum estágio do processo da paixão sexual, que tem um roteiro previsível, pois a meta final é o ego se manter forte e alimentado com o suprassumo de nossas forças físicas e espirituais: a energia sexual.

O importante é identificarmos este ego em sua atuação. Isso fica bem evidente no princípio e fim de um relacionamento, porque estes estágios estão pontuados por sentimentos extremos: prazer e dor.

Mas quando se tem um relacionamento estável, a paixão é aquela que murmura suas insatisfações em nosso ouvido, com frases como: “estou cansada do tédio deste relacionamento morno”...

Para quem está sem companheiro(a), é aquele eu que sofre e se sente triste por não ter a dita de ter uma companhia para dividir a vida e trabalhar no segundo fator... o grave deste ego, é que ao primeiro sinal de alguém razoavelmente comprometido com o trabalho interno nos acenando como uma possibilidade de nos relacionarmos, enchemo-nos de esperanças e ilusões, de que o fim de nossos sofrimentos chegou e que aí está a pessoa que tornará nossa vida um mar de rosas... pois, corre como verdade, que um dia encontraremos alguém que será a fonte da nossa felicidade, que com sua chegada tudo mudará, que nossa vida passará a ter sentido e rumo, que esta pessoa especial nos compreenderá e nos acolherá incondicionalmente.

Quanta ilusão nutrimos por não nos separarmos das nossas paixões... este ego nos desresponsabiliza de coisas essenciais, como ser e se fazer feliz!

Pensar que nossa felicidade só chegará quando a pessoa ideal estiver ao nosso lado é típico da mentalidade passional, que transfere a um redentor (a) a solução de todas as agruras da nossa vida. Esta é a linha de pensamento deste ego que quer, deseja e anseia! Que tem o foco egoistamente centrado em suas necessidades para continuar existindo.

Visto sob este ponto de vista, um relacionamento que se inicia com este nível de expectativa é como um negócio que começa com uma dívida impagável... pois, a verdade é que ninguém poderá nos fazer feliz, precisamos conquistar esta dádiva morrendo muito, porque a razão de nossas dores vive dentro de nós, fala pela nossa boca, constrói planos na nossa cabeça, e na maioria das vezes estes planos que não tem relação com o nosso despertar, com nos unir ao Pai e fazer a vontade Dele... que seria a fonte da nossa felicidade autêntica.

Como estamos adormecidos! Não queremos mudar, mas queremos que chegue uma pessoa que transforme tudo em nossa vida, que nos salve de nossas angústias.

Precisamos parar de mentir para nós mesmos. Como poderemos ter um anjo ao nosso lado se carregamos um inferno em nosso interior?

Lembremos que a paixão (desejo sexual), veste o verdugo como príncipe ou princesa e nos cega até os poros. É necessário ser forte e estabelecer uma conexão continua com o Pai (preces e recordação de si) para ir descortinando estes véus. Nossas partes internas vão nos auxiliando, à medida que não incorremos em delito.

    “Um não está só, está assistido pelo Pai-Mãe, ela o assiste como a Mãe que vela pelos seus filhos e Ele também, mas se violamos o juramento de Castidade, se vem a queda e sua mãe o abandona, fica submetido a dor e amargura.”
(Samael Aun Weor)

A paixão sexual se reveste de sensibilidade e delicadeza, inflama o centro emocional e turva o entendimento. Pinta os defeitos do(a) pretendente de cor de rosa, justifica seus delitos, nos faz ver possibilidades onde não existe chance de algo bom prosperar. É um delírio, um devaneio, só quando passa a paixão é que voltamos a enxergar a vida como ela realmente é.

O desejo é um veneno que, quando destilado dentro de nós, nos tira a clareza, embota os sentidos e transforma o objeto de nossa paixão em um sonho inefável, mesmo que ele seja a fonte de nossa miséria e sofrimentos futuros.

    “As pessoas creem que o amor é vulgaridade, prazer carnal, desejos violentos, satisfação, etc. Só quem pode ver mais além destas paixões animais, só quem renuncia este tipo de psicologia animal, pode descobrir, em outros mundos e dimensões a grandeza e magnitude disso que se chama Amor.”
(Samael Aun Weor)

Todas nossas carências, nossas dores pela falta de um companheiro(a), pela falta de um carinho, são fragilidades que carregamos que nos colocam num ponto de vulnerabilidade. Se morremos para essas ânsias, nos fortalecemos internamente e chegará o momento que nosso Pai que está em secreto nos conduzirá ao encontro daquele(a) que será nosso par na senda do fio da navalha. Não será alguém que virá para nos salvar, será alguém que trilhará a senda da salvação junto de nós.

    “Observem que o mal o levamos dentro de nós. Se alguém começa a morrer, de fato lhe aparece a companheira rapidamente, porque é um imã de atração. Se alguém não morre, ao contrário, rechaça, ninguém o quer ver. Aí está o problema. O problema está dentro de nós mesmos. Não fora.” (V.M. Rabolu)

Quanta dor evitaríamos a nós mesmos e aos demais, se começássemos a nos separar deste ego da paixão. Perguntemo-nos, quantas vezes o espreitamos?

Para os casados, ele é a mola de muitas desavenças.

Será que aquela resposta rude que demos ao nosso marido, não foi fomentada por alguma insatisfação deste eu?

A paixão reprimida é fonte de muitos desencontros nos relacionamentos matrimoniais, brigas, apatia sexual, desencantos, falta de magnetismo e por fim, adultério.

Sob a ótica do eu da paixão, o nosso parceiro gnóstico que quer sinceramente o trabalho sobre si e nos ajuda a realizá-lo pode se tornar uma criatura absolutamente desinteressante. Por um motivo simples: O ego não quer morrer.

Paixão é o fogo sendo manejado pelo diabo. O diabo (eu psicológico), em suas tentativas de nos dissuadir do trabalho interno, usa todos os artifícios e o frio sexual é um deles.

Devemos entregar nosso fogo interior à Deus!

Saímos da Loja Branca, ou melhor, fomos expulsos da Loja Branca, quando fornicamos e será por meio da castidade que nos tornaremos dignos de voltar a ingressar em suas fileiras.

Hoje, com a psique degenerada da humanidade, Deus e sexo não caberiam nem na mesma frase. Quem diria, a ideia de chegar a Deus por meio da sexualidade... precisaríamos de uma transformação de valores.

Por isso é indispensável para nós que, anelamos sinceramente a iniciação corrigirmos nossa frequência referente a sexualidade e passarmos a entender o sexo como uma forma de união com Deus. Atualmente nos encontramos polarizados no desejo, que tem como meta a ânsia de buscar sensações de prazer. Esses são os grilhões da luxúria que nos escravizam, ficamos rendidos aos pés de nossos desejos sexuais e nos esquecemos que a sexualidade é a possibilidade mais sublime de oração e de conexão com Deus.


O AMOR



O amor é um aprendizado que tem muito mais relação com aquilo que se dá, do que com aquilo que se recebe. Pois ele traz a premissa de não querer nada em troca. E neste aprendizado, nos depararemos com a dor de não sermos retribuídos, correspondidos ou sequer enxergados. E essa dor precisa morrer, pois são elos que nos separam do verdadeiro amor, que age sem expectativas e é feliz assim, amando!

    “Não é suficiente fazer o bem, é necessário ser o bem. O motivo da bondade deve estar no ato, não em seus frutos. É preciso renunciar aos frutos das obras e cada um dos atos deve ser como uma oferenda ao Ser Supremo.” (Samael Aun Weor)

O verdadeiro Amor é livre de posse, presença e querer. Amar é almejar o bem do outro acima de suas próprias vontades. É cuidar sem esperar nada em troca é nutrir ao invés de sorver...

Bendito aqueles que se desfazem das cadeias da paixão e conquistam a dita de amar!

A paixão, por meio do desejo quer para si, o Amor é doação.

A castidade nos conduz ao Amor. A paixão nos conduz a fornicação.

    “Os inimigos do amor se chamam fornicários. Estes confundem amor com desejo.” (Samael Aun Weor)

A ânsia sexual é um ato de amor, amor ao companheiro de união a Deus. O homem e mulher unidos, podem usar esta terceira força com sabedoria para a morte do ego. O casal se adora e adora a Deus. Isso fortalece nossa centelha de alma, nos carrega de energia e aniquila a paixão.

    “O prazer sexual é um prazer legítimo do homem, não é um pecado, não é um tabu e não deve ser motivo de vergonha, de dissimulação etc. Senão que repito é um direito legítimo do ser homem.” (Samael Aun Weor)

A dita da felicidade, o deleite sexual é um direito legítimo do homem, mas quando vamos ao sexo buscando este prazer, podemos levar o pé ao escorregadio e acabar nos polarizando na frequência do desejo. Precisamos estar sempre vigilantes para não nos identificarmos com as sensações!
Sendo castos, nossos centros estarão repletos, carregados de energia, nossa disposição será maior. Não ficaremos desvitalizados e vazios, como acontece quando após o sexo a luxúria se retira, como uma hiena saciada. E por isso, teremos que ser mais atentos e cautelosos para que o demônio dos desejos não roube este fogo, este capital energético para si. Vigiemos nossa mente, pois é nela que se arquitetam os planos da luxúria!

    “Só compreendendo as sensações matamos o desejo. Só matando o desejo se libera a mente, que normalmente se encontra engarrafada na garrafa do desejo. Liberando a mente se produz o Despertar da Consciência. Se queremos acabar com as causas do desejo, necessitamos viver em estado de vigilância constante.” (Samael Aun Weor)

Sacrificar uma paixão pode causar dores dilacerantes, sentimentos desesperadores. Separar-se disso, exige muita oração e súplica à Mãe Divina, assim progressivamente vamos colocando luz sobre estas reações e vamos tendo maior domínio de nós mesmos e esse miasma que o ego produz começa a se desvanecer de dentro de nós.

Todo esforço real que se emprega para superar uma debilidade ou ato inconsciente, por si já produz frutos, porque quem se esforça é a consciência. Dominar o desejo é premissa para dominarmos a nós mesmos. Essa deve ser nossa luta diária, assim é a estrada de quem quer sair da inconsciência e chegar ao despertar.

Aquele que não se domina diante do sexo oposto, diante de uma pessoa atraente, não chegará a conquistar suas metas espirituais. O trabalho sobre o desejo é algo bem profundo e à medida que vamos polindo, vamos vendo as sutilezas deste ego que em seu cerne é a luxúria. Foi a luxúria que nos retirou das fileiras da Loja Branca ao cometermos o pecado original. E será no sexo, que provaremos ser merecedores de voltarmos a fazer parte desta augusta fraternidade novamente, através da castidade científica.

Muitas vezes, ao lembrarmos de uma pessoa que nos desperta interesse, sentimos um choque no centro sexual e somos inundados por uma energia (sensação) que se espalha nos centros. À medida que vamos morrendo nestes episódios, estas reações vão ficando mais sutis e por fim somem. Assim, ao lembrarmos da pessoa pela qual sentíamos atração, não acontece mais o choque no centro sexual.     Porém, o eu da luxúria pode entrar por “outra porta” e nos colocar num estado mental de fantasias, de como seria nossa vida com aquela pessoa, etc. Esta reação que está envolta numa emoção, carrega ilusão e adormecimento e provém da mesma luxúria, só que agora agindo com mais ênfase no centro intelectual e emocional. Estando atentos, conseguimos surpreender este eu em todas suas facetas e tiramos seu alimento.

Precisamos nos polir, precisamos nos disciplinar e se fazemos isso, nos separando dos sentimentos, pensamentos e reações morbosas geradas pela luxúria, a repercussão surgirá no mundo astral.

Quando começamos a trabalhar com afinco sobre as paixões, percebemos se formar um excedente de energia e maior disposição física, ao invés do cansaço que nos consumia outrora. À medida que vamos avançando neste trabalho, vamos entrando num estado de paz e até mesmo de silêncio, por nos libertarmos dos sentimentos contraditórios, pensamentos, preocupações obsessivas e conflitos internos que carregavam toda nossa energia e consciência.

Diante da gravidade deste eu para nosso avanço espiritual é inadiável que comecemos a estudá-lo na nossa vida. Fazendo assim, entenderemos que ele está metido em muito mais escolhas que fazemos no nosso cotidiano do que poderíamos imaginar: o filme que selecionamos para assistir num momento de lazer, a música que mexe conosco e que nos convida a dançar, o noticiário que nos fascina com sua violência, etc. A paixão tem múltiplas facetas que precisamos trazer à luz!

O caminho do guerreiro passa pela morte dos desejos e vitória sobre as paixões!

À batalha!


PRÁTICA:
Nossa proposta de prática para este período é fazermos uma retrospecção de nossa vida, rememorando todas as vezes que estivemos submetidos às nossas paixões e agimos movidos pelos desejos. Vamos inventariar todo engano e prejuízos espirituais que este ego já nos causou. Quantos erros cometemos movidos pela sua cegueira. Identificar, todas às vezes que experimentamos na carne a máxima de que a dor é a sequência inevitável do prazer que a luxúria nos oferta. Tudo isso, a fim de ampliar nossa compreensão e conquistarmos o arrependimento necessário para que a Mãe Divina elimine este mal do nosso interior.

    “Assim também compreendi que as medidas de uma vigília, não podem ser as mesmas que as de outras. Porque na vigília o ser verdadeiro cresce e cresce e transforma-se até que o prazer e a dor deixem de ter realidade e convertam-se apenas em formas agudas de uma mesma substância.” (O Voo da Serpente Emplumada)

Boa prática!

Paz Inverencial!


(Editores do GP)


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