O MUNDO EM REDE E A FRAGILIDADE DO SISTEMA

em 20 de abril de 2021

O MUNDO EM REDE E A FRAGILIDADE DO SISTEMA


Momentos críticos são esses em que vivemos, não é mesmo?

   
Com um pouco de discernimento podemos nos dar conta que somos frágeis. A humanidade é frágil em seu desenvolvimento, considerando a forma como atualmente se encontra.
    
Muitos de nós estamos acostumados a mandos e desmandos. A humilhar nosso próximo de maneira tal que o consideramos inferior a nós mesmos. Mas se olharmos mais atentamente o que o nosso próximo faz, fazemos; o que o nosso próximo é, somos.
    
Ainda que nos consideremos superiores aos demais, cometemos os mesmos delitos daqueles a quem julgamos. E não adianta jactar-se pela posição social, pelos títulos nobres, pelo gordo investimento em títulos de empresas de grandes fundamentos; isso não conta. O que conta é a situação interna, psicológica em que nos encontramos - somos débeis.
    
Essa debilidade se dá pelo ego, pelas inúmeras contradições internas que existem em nossa mente, em nossas emoções e em nossas volições, que nos leva a falta de consciência tão necessária para nos safarmos das situações mais difíceis.
    
A debilidade de cada indivíduo da humanidade nos leva a viver em rede. Essa rede se caracteriza pela necessidade de um depender do que outro produz para sua sobrevivência ou bem-estar.
    
Em termos de alimentação, dependemos do produtor rural para produzir alimentos em quantidade suficiente para abastecer grandes centros e até mesmos aquelas cidades distantes que não possuem tal produção.
    
O mesmo podemos dizer da indústria da alimentação, que se vale desses mesmos produtores rurais para manufaturar tais alimentos e colocá-los à disposição do público, criando e gerando novas necessidades e dependências aos consumidores de plantão.

Mas esses alimentos precisam escoar de uma localidade a outra. Então eles, os produtores e indústrias, precisam de caminhões e estes do diesel, que por sua vez dependem das refinarias e estas da Petrobrás, que depende, para seus preços, da variação do dólar e do barril de petróleo, que depende do ânimo do mercado internacional, entre outras variáveis eventualmente obscuras e não divulgadas. O caminhoneiro, por sua vez, também depende do produtor rural e da indústria, que depende do caminhoneiro. Nesta relação de um e outro já percebemos a rede em ação e a interdependência de um para com outro.
    
Em uma cidade também dependemos da rede. Aquele produtor rural abastece a cidade, em sendo a sua relação com o caminhoneiro bem-sucedida. Os alimentos chegam na cidade em supermercados ou fruteiras, que irão chegar às mesas da população. A população vai aos seus mais diversos trabalhos, gerando necessidades a outras pessoas, para que comprem seus produtos, e daí, àqueles compradores, que também trabalham por produzir demandas de necessidades a terceiros.
    
Assim, o que vemos são fileiras de peças de dominó, cujas bases já estão estremecendo. A primeira peça que cair, fará cair todas as demais ao seu tempo.
    
E se os funcionários do sistema elétrico, por conta dessa queda em sequência dessas peças, será que iriam manter as usinas elétricas funcionando? Sem energia nada funciona e a água em nossas casas de imediato faltará; todo o resto faltará.
    
Não podemos esquecer da famosa greve de caminhoneiros em maio de 2018, que durou “10” dias. Não foram poucas as cidades em que as prateleiras de supermercados deram falta de alguns produtos.
    
E o que diríamos da internet? A maior rede interdependente do mundo. É notório que se essa rede um dia entrar em pane geral, a humanidade se verá completamente perdida. E isso não está muito longe de acontecer. As pessoas estarão buscando o sinal de internet nas ruas como um drogado busca seu ópio.
    
A palavra net, em termos técnicos, quer dizer rede. Termo mais antigo, mas que resume bem a função da internet é network, ou trabalho em rede. Vejam que, se essa rede deixa de existir hoje, estaremos com sérios problemas: a começar pelas contas bancárias que deixarão de ser movimentadas; as trocas de informações entre empresas e órgãos governamentais, as notas fiscais eletrônicas, as consultas on-line, as lives, enfim, tudo deixará de ser movimentado porque o ser humano é dependente dessa net.
    
Mas em termos esotéricos podemos afirmar que net é: “Os “10” chifres desta Besta são as vertentes e variáveis dos aspectos das cabeças, que giram e se modificam, de acordo com a roda e os ciclos dos tempos. 10= ten(inglês), ao revés = Net. Sistema binário (0-1)”. (S.O.S.)
    
Estamos confiando muito ou quase tudo à internet. Inclusive nossa memória, o como fazer, o que pensar.... Estamos ficando dependentes da internet até para pensar, imagina uma pane?
    
Poderia se dar inúmeros exemplos de interdependência dessa rede social por onde circula o dinheiro, documentações e as informações, mas o propósito aqui é a reflexão...
    
Vemos que ao longo de nossa história deixamos para outras pessoas nos informar do que acontece.
    
Comecemos pelo teatro, jornal, depois o cinema, o rádio, a tv, os jogos – futebol, videogames, o computador e, por último, o celular, que junta tudo-em-um na palma de nossa mão, feito a marca da grande besta, cujo número é 666 = 18 – os inimigos ocultos: a loja negra, o ego e a natureza que nos põe esses brinquedos desde há séculos, de uma ou outra forma, mas que ultimamente os temos dado importância além do devido, devido ao hipnotismo da web.
    
Ao transferir para esses “brinquedos da lua” todo o direito da informação, externa, deixamos de nos comunicar com nosso Ser que possui todo o conhecimento do cosmos e que pode nos guiar pelos caminhos da vida com certeza e sabedoria.
    
A lua é a medusa da mitologia, que nos paralisa, nos alucina, nos enfeitiça com seu olhar, transformando-nos em estátuas, cujo significado é não nos permitir nos mover no trabalho esotérico, não nos deixa desdobrar, meditar, morrer em si mesmo, nos faz crer que o divinal não existe, que as hierarquias nos abandonaram e o que existe apenas é a redoma de cimento curado que nos rodeia: a escuridão.            

Temos que nos mover. Realizar as práticas. Daí veremos que esse cimento que nos prende vai se partindo e, então, veremos a luz penetrar em nossa consciência, e ao decapitarmos a medusa, feito Perseu, estaremos livres das influências da lua.
    
Toda a informação que precisamos para viver está em nossa consciência que está conectada, ou deveria estar, com nosso Ser. Ao passarmos o cetro do poder para a rede externa, estamos negando nosso Ser como principal fonte de sabedoria e, daí, perdemo-nos nos labirintos de teorias formuladas pelos velhacos do intelecto, em jornais, livros, etc., etc., etc.


    “De modo que, pois, a esta prática não se havia dado importância. Eu lhe dei importância, porque há muito tempo tenho essa disciplina, e a mim não me dificulta a concentração. Por exemplo, vocês querem ir a uma pirâmide, a um templo, ou para se entrevistar com um Mestre. Concentram-se e, ao adormecer, vão diretamente lá onde estão concentrados. Vão diretamente, não se detém em nenhuma parte. Podem conhecer os templos, as pirâmides, ou entrevistar-se com um Mestre. Concentram-se nele, e já! Isso é tudo. Essa é a maneira mais rápida da informação. É a maneira mais rápida da informação. É essa! Para investigar qualquer coisa, concentre-se e já se está investigando o que se necessita; então, temos que dar a essa prática a importância que tem. Não devemos deixá-la para amanhã, senão começar duma vez uma disciplina, para nos poder educar para a concentração. Porque, vejam, para a meditação necessitamos concentrar-nos primeiro, que haja um só pensamento. Então, de repente lhe aparece outro pensamento... a dualidade. Então se descartam juntos e se entra para a meditação.” (V.M. Rabolu – Águia Rebelde)

 

Portanto, pratiquemos a meditação para encontrar em nossa profundidade psicológica o nosso Ser, nosso Amado Pai que está em segredo.

 

  “Os gnósticos, plenamente desiludidos do néscio intelectualismo de Mammom, bebemos do vinho da meditação na taça da perfeita concentração”. (V.M. Samael – As Três Montanhas)

 

Então chega a pandemia e essa rede externa é quebrada ou mitigada pela necessidade de se conter o contágio do corona-vírus. Há diversas notícias de desabastecimentos e empresas diminuindo suas produções por falta de insumos em seu “canteiro de obras”; algumas outras, aproveitando-se da situação, faturam mais.
    
O fácil contágio do vírus faz ou impele as autoridades a provocar restrições no comércio ou mesmo seu fechamento total por dias, na esperança de que o sistema de saúde não entre em colapso ou, ao menos, tenha algum fôlego.
    
Tais restrições faz diminuir a circulação da moeda e causa uma queda na arrecadação estatal que só faz aumentar a dívida pública e deixar de cumprir certas obrigações fiscais. Se a bola de neve crescer mais, até mesmos aqueles estabilizados, com suas remunerações recorrentes, poderão deixar de receber e sua tranquilidade será abalada. A escassez poderá se tornar um fato.
    
Mesmo com a continuidade de uma gorda conta bancária, de nada adiantará se não houver alimento na mesa, se a rede do abastecimento for quebrada ou suficientemente mitigada em algumas localidades.
    
A interdependência humana é sinal de fragilidade e esta é passada ao sistema que está prestes a ruir.
Esta fragilidade existe porque a humanidade (nós) está divorciada do Ser, do Íntimo. Cada ser humano possui seu Íntimo interno, seu Pai celestial. Insistimos em viver longe de suas ordens, conselhos e orientações. Por consequência erramos e vamos de mal a pior.
    
A luta dos grandes Mestres e da Gnose é nos fazer voltar à casa do Pai, a sua morada, e possibilitar àquelas Mônadas que desejam o caminho augusto para que possam se autorrealizar. Mas para isso temos que deixar de ser pessoas revoltadas com a divindade e nos dedicarmos às práticas que os Mestres nos deixaram.
    
Despertar é uma necessidade urgente. O Mestre Samael já nos alertava desta urgência. Isso só é possível se nos propormos a criar uma disciplina esotérica e esta é cada uma que vai pô-la. Não devemos esperar uma mágica acontecer, pois se não aconteceu até agora é porque não era para acontecer e nem acontecerá, e ninguém poderá fazer isso por nós, mesmo que queira o sugira.
    
Existe também uma rede divina, mas esta está formada por cada Pai Íntimo ou Real Ser individual, que na soma forma uma unidade. Nessa rede não há falhas, melhor dizendo, nosso Real Ser é consciente e responsável pelo seu ofício e onde surge uma lacuna, esta é preenchida por outro Ser que almeja sua própria superioridade ou ao menos manter a rede intacta, não se furtando de um chamado superior ou de uma Hierarquia para cumprir um determinado ofício ao seu alcance. Todos os nossos Pais Íntimos, nosso mago interior (arcano 1) e nossa mãe divina (arcano 2), estão em pleno acordo cósmico e com o Cristo Cósmico e com o Pai Cósmico; É A UNIDADE MÚLTIPLA PERFEITA. Por isso a rede divina não quebra, está em perfeita harmonia e nela não há crises, diferentemente da nossa, tão frágil, grotesca e fraudulenta, por culpa do “querido ego”.

    “O processo começa no mundo do Espírito, a 7° dimensão, onde tudo são números e a matemática é pura intuição. La a verdade se faz presente em cada átomo, em cada elétron. Já na ordem de mundos, até chegar a cristalização no físico, na matéria, há diversos departamentos, anjos e hierarquias que cuidam dos cálculos, outros dos arquétipos. Tudo em perfeita ordem e de acordo com as leis do carma e do destino de toda humanidade. O que nós fazemos é captar estas influências, compreendê-las e adaptá-las aos nossos trabalhos. Assim entramos em harmonia com a parte superior de todos estes processos.” (S.O.S.)

 

 Reflitamos.

Em nosso Ser está a paz, a sabedoria, a felicidade, a fraternidade, a serenidade, o AMOR. A Gnose nos brinda com a possibilidade de voltarmos à morada do Pai celestial que nos aguarda para que possa cumprir sua jornada celestial junto ao Cristo.



Antes de tudo temos que nos levantar e entrar em pé de guerra contra nós mesmos, contra nosso ego e os inimigos ocultos; não estamos sós. Daí, aos poucos vamos vislumbrando as dádivas do Ser, que está além da escuridão de nossa inconsciência.

Atividade:

Diante de tudo o que foi mencionado, com o intuito de preservar nossas habilidades neurais vamos buscar exercitar nossa memória de curto prazo. A memória de curto prazo nós a exercitamos quando estamos em estado de alerta de momento a momento.
    
Quando vamos a uma loja o vendedor nos fala o nome; daqui a poucos minutos estamos perguntando novamente o nome dele e isso se deve porque não estávamos conscientes de nós mesmos no momento em que ele nos disse a primeira vez.
    
Antigamente as pessoas sabiam telefones “de cor”, guardavam mais coisas na memória. O que mudou é que hoje as pessoas acessam uma quantidade muito grande de informações num tempo muito curto e isso é péssimo para nossa memória, para os processos neurais e cognitivos.
    
Quando vamos procurar algo no google pelo celular, o algoritmo nos indica reportagens de nosso interesse, e acabamos entrando nesses outros sites e até esquecemos o que iríamos pesquisar.
    
Essas impressões do mundo digital chegam a nós de uma forma tão rápida que fica muito difícil fazer a transformações das impressões a tudo o que chega. Além disso, à noite, com a mente agitada com tantas informações e imagens mentais, fica quase impossível sair em astral.
    
Por isso, quanto menos “alimento mental” ingerirmos, melhor. Manter o foco durante o dia e evitar muitas informações desnecessárias vão nos ajudar a ficar mais concentrados e em recordação de nós mesmos.


 Práticas:

Meditação diariamente, já ensinada pelos Mestres e até pelos escritos de outros irmãos do grupo, para que alcancemos a plenitude do Pai – qualquer prática que tenhamos afinidade, o que se necessita é concentração para não mecanizar.
    
Desdobramento astral, a mesma disciplina. Se não logramos sair em meditação com a prática que escolhemos, podemos sair em desdobramento astral com essa mesma prática.
    
Morte do ego, morte em marcha. Quanto mais se morre mais essência liberada e maior lucidez quando se pratica a meditação e se a desperta por esta prática – “Luz, mais luz”.
    
Duração das práticas: cinco minutos, um dia, uma semana, um mês... o importante é não mecanizar.

“Seguramente a pessoa que logra o vazio iluminador, ainda que seja uma única só vez, ou seja, da primeira vez, ela dificilmente abandonará esse trabalho. Porque? Por que ela conheceu os céus! Ela sabe o que é os céus! Ela conheceu todas as hierarquias dos céus! Ela esteve perto da felicidade! Experimentou um pouco do que é a felicidade longe dos egos! Então, quando a gente se depara com uma cena dessa, com uma experiência dessa, desperta imediatamente e não adormece. Então, com 3% desperto a gente vai trabalhar na auto-observação, na morte dos egos com muito mais afinco, com muito mais dedicação. Por isso é tão importante a meditação.” (T.E.M.P.O. - S.O.S.)

 

Fraternalmente.


Paz Inverencial!


(Editores do GP)

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