A BESTA NET - Parte 3 (COMPORTAMENTO)

em 27 de maio de 2021

A BESTA NET - Parte 3
(COMPORTAMENTO)


No passado o homem pré-histórico convivia com bestas selvagens, contudo ele aprendeu a domá-las para auxílio de suas tarefas (cães, cavalos, touros, bodes...). O mesmo, devemos fazer, por esta época, com a “Besta - Net”. Devemos dominá-la, estar no controle, para não nos prejudicarmos internamente, caso contrário ficamos reféns desta tecnologia.

A didática comportamental de como devemos agir frente à interação a este mundo digital, deve começar por cada um, traçando sua própria disciplina.

Passamos quanto tempo nas redes sociais, pesquisando, vendo filmes, vídeos, músicas...? O que vemos é produtivo, serve para algo bom? É útil para o trabalho interno? Temos horário para entrar e sair do celular ou ficamos escravos da web o tempo todo? E quanto aos sons de mensagens chegando o tempo todo aos nossos ouvidos? Até que ponto isto é necessário para nossa sobrevivência social em nosso espaço virtual? Acaso estamos conectados por quanto tempo? 6, 8, 12 ou 24 hs por dia?

A internet tem nos levado a um estado de hipnose coletiva, ou seja, trabalha contra o despertar de nossa consciência.

Diante deste mundo de interatividade virtual há alguns comportamentos comuns a maioria das pessoas, aos quais precisamos estar atentos, em alerta.

Se quisermos ser gnósticos temos que cumprir as leis gnósticas e não agir influenciados pelo meio que nos cerca e por costumes das gentes comuns.

Por exemplo, há gnósticos que amam a natureza, a defendem e lutam para salvar os animais. Alguns levantam bandeiras na internet a favor de ONGs e grupos pró-verde etc. Mas ao mesmo tempo, castram seus animais...

Há também os que são contra o aborto, mas defendem o uso de anticoncepcionais. São gnósticos que desconhecem as leis gnósticas, além de ignorar que tudo isto vai contra a própria natureza que tanto defendem.

É importante nos atentar ao fato que a “Lei Divina” e as hierarquias não exigem que salvemos o planeta e sim que trabalhemos para salvar a nós mesmos. Só assim teremos condições de ajudar a humanidade como um todo.

A verdade é que todas estas coisas do mundo somente servem para nos roubar ainda mais a consciência, pois nos identificamos com tudo.

Nada do que existe hoje perdurará. No futuro tudo estará no fundo do mar. Não devemos nos preocupar tanto com a extinção dos animais, por exemplo. Existe a semente destes animais que ficarão hibernadas em outras dimensões e poderão voltar à vida em outros tempos ou raças.

Nas redes sociais não faltam também grupos gnósticos dos mais variados, de vegetarianos, de medicina naturalista, de sacerdotisas etc... Grupos estes criados por gente adormecida, que misturam todo tipo de doutrina com a Gnose.

Encontramos também para o cúmulo dos absurdos, grupos de encontros e namoros gnósticos, que atentam e escarnecem de tudo o que a Gnose nos ensinou... Que faz um gnóstico num grupo deste? Luxúria? Paixão? Desejo? Solidão? Creem por acaso que a “Lei Divina” iria abrir este tipo de caminho ou contato para que alguém pudesse porventura encontrar o seu bem amado ou amada? Quais as chances de um relacionamento gnóstico desta natureza dar certo?

Afastemo-nos de tudo isso! Afastemo-nos de grupos Gnósticos dessa natureza! Todos eles andam pelo caminho do erro e do engano!

O RETO PENSAR, SENTIR E AGIR é a conduta correta para enfrentarmos a Besta-Net.

Temos que aprender a cumprir regras e leis, mas sem sermos fanáticos. Pois, atitudes que consideramos verdadeiras e corretas podem ser vistas, muitas vezes, como extremista aos olhos de outros.

Devemos sempre ser discretos e aprender as respeitar os demais, aprender a agir sabiamente no dia-a-dia entre aqueles que convivemos fisicamente ou nas redes sociais; deste modo respeitarão também nossas atitudes adversas e cristã, contrárias ao da maioria.

Necessitamos sermos investigativos, buscarmos a verdade e aprendermos a seguir o Íntimo. Por isso, a urgente necessidade de desenvolvermos os poderes do coração.

Sempre que quisermos um ensinamento, uma resposta, um caminho, uma luz... nestes trabalhos esotéricos, não é o Sr. Google e a Sra. Wikipédia que irá nos dar.

Devemos apelar ao nosso Pai e Mãe internos para que nos mostrem a verdade do que buscamos... e para encontrar a resposta sem erros ou enganos, temos que abrir três portas para chegarmos a verdade:

A PRIMEIRA PORTA: O ASTRAL - Ali vamos observar nossas experiências e sonhos para buscar nossa resposta. Pode ser uma cor, um objeto, um animal, uma pessoa ou um número. Exemplo: Vimos no astral a cor laranja.

A SEGUNDA PORTA: O FÍSICO - Andamos na rua e vemos novamente esta cor, por exemplo, em um varal há somente uma peça de roupa laranja. Sem que estivéssemos procurando e imediatamente lembramos-nos do sonho. Vamos talvez, nos assombrar por algum motivo ou algo inesperado, como: alguém nos dá uma laranja ou uma pessoa fala algo sobre laranjas ou mesmo sobre a cor.

A TERCEIRA PORTA: Os CÉUS e a NATUREZA - Miramos o céu e vemos um entardecer atípico alaranjado ou ainda nuvens negras de chuva e em um círculo ou em um espaço vemos o céu com tons alaranjados, ou seja, algo que não esperávamos, pois, não estávamos buscando e imediatamente sentimos que recebemos algo como os “3” arquétipos das “3” portas.

Encontrada nossa resposta o que faremos em seguida? Buscamos o significado. Na internet ? Não! Jamais devemos agir desta maneira, pois tal ação pode nos afastar de nossos pais internos.

Certamente que a linguagem dos mundos internos não é como pensamos, pois, no mundo dos arquétipos sempre impera a Lei de Afinidade e Associação, Lei das Analogias dos Contrários, Lei das Parábolas e dos Números...

As respostas frente as nossas perguntas ao Íntimo ou as hierarquias, não são mastigadas como comumente estamos acostumados. Chegamos à compreensão da mensagem que recebemos principalmente através da reflexão e meditação.

Temos que abandonar a preguiça, o imediatismo e a ansiedade; e trabalharmos a intuição se queremos deixar de seguir pessoas, para seguir a nós mesmos.

O verdadeiro caminho esotérico é solitário. Nenhum grupo, cônjuge ou instrutor poderá realizar este trabalho por nós. A ajuda que buscamos virá dos céus e não da terra. A web, a internet, o mundo digital e virtual, é a besta do entretenimento que tem poder sobre o fogo e que está consumindo a todos...

Através do exercício e prática da morte dos detalhes vamos vivendo e agindo de forma mais intuitiva, não deixando o ego nos desviar ou enganar com tantas informações contrarias e avessas à verdade que buscamos.

Assim caminhamos rumo ao nosso despertar e sabedoria interna. Assim nos revolucionamos contra tudo e contra todos. Assim retornaremos ao seio do Absoluto para vivermos a felicidade plena e verdadeira.

Paz Inverencial!


*Colaboração S.O.S.



AS TRÊS PORTAS DO ABISMO (A Besta Net - Parte 2)

em 20 de maio de 2021


AS TRÊS PORTAS DO ABISMO
 
(A Besta Net - Parte 2)


O advento da internet ocorreu em 1991. Em síntese podemos dizer que a mesma se dividiu em dois tipos:

A Internet pública que todos conhecemos e que temos fácil acesso e a Internet oculta, conhecida como “Deep Web”.

A web comum é a que utilizamos no dia a dia, para as nossas pesquisas, trabalho, lazer, entretenimento, etc.

Já a oculta é diferente; não pode ser acessada por meio de pesquisas em buscadores. Sendo de difícil acesso, ela é utilizada para conteúdos ilegais. É o instrumento pela qual utiliza a loja negra para premeditar e executar suas maldades. Caracterizam-se por manipular e criar conspirações, teorias, arquitetar os mais variados crimes, atentados contra a vida ou até mesmo envolvendo política nacional e internacional, conflitos entre nações, conspirações em relação à saúde pública, etc., além dos crimes sexuais como a pedofilia, terrorismos e incitação à violência e ao suicídio.

Devemos saber que, assim como a Loja Negra atua na Internet oculta, ela também manipula a Internet pública, na maioria das vezes de forma anônima, através de publicações falsas e mentirosas para confundir-nos, para afastar-nos da verdade, levando-nos ao engano e ao erro.

"Sua missão é levar a humanidade ao abismo e para isto ela cria situações que nos conduz ao estado de entropia e degeneração".

São “3” portas pelas quais nós entramos no abismo: sexo (Luxúria), dinheiro (Cobiça) e violência (Ira).

Com relação ao sexo temos o sexo inferior e instintivo usado unicamente para o prazer, e todas as demais formas de sexualidade degenerada. O dinheiro envolve o materialismo, o ceticismo, a luta pelo poder, a corrupção, e tudo o que envolve o ilícito e desonesto. A violência é o extremo da ira, neste caso temos vários tipos de crimes e abusos.

No caso da primeira porta, ocorre na internet principalmente pelas imagens eróticas de fácil acesso e através de movimentos de apoio ao LGBTs, homossexualidade, ao aborto, ao adultério etc.

Estas portas estão abertas na internet e muitos gnósticos têm entrado por elas, mesmo de forma inocente, muitas vezes compartilhando mensagens de pseudo mestres ou gurus (Osho ou outros “líderes religiosos”, principalmente indianos, com suas saudações “Namaste”, por exemplo) falando de Deus, mas de fato estão relacionados à seitas que exploram a boa fé das pessoas, formando fortunas e dificultando a libertação da humanidade, adormecendo cada vez mais a consciência dos seus seguidores.

Recordemo-nos o alerta do V.M Rabolu deixou para nós sobre os brinquedos da natureza e a internet é um dos mais fortes:


“Todas as coisas do mundo são brinquedos que nos põe a natureza. Tudo, em geral, tudo, para nos entreter aí e não nos recordemos de nos liberar, de jogarmos a última carta, porque, temos que jogar a vida e o que nos cabe, o que nos diz respeito, para alcançar a liberação. Do contrário, não se consegue nada”.


Precisamos mudar nossas atitudes para não cairmos em graves erros! É urgente avaliar as consequências de toda e qualquer ação, principalmente neste mundo virtual.

Se acreditamos que não seremos cobrados por acessarmos todo e qualquer tipo de conteúdo ou por disseminar boatos, mentiras... atacar pessoas, culturas e religiões, desejar o mal aos outros, etc... estamos muito enganados!

Dentro de nós existem partículas de nosso Ser que cumprem suas funções de registrar nossas ações e seremos cobrados por elas.

Nós gnósticos devemos lutar pelo bem e pela verdade!!! Devemos agir com amor e sermos verdadeiramente revolucionários! Precisamos usar o verbo (a espada) de forma correta lutando contra injustiças e disseminar o amor.

Temos que saber falar e calar na hora certa. Há momentos em que precisamos erguer a espada, para não sermos complacentes com o erro e o delito, quando for preciso, mas temos que saber também, baixar à guarda na hora certa. Não usemos o verbo para atacar, não zombemos de pessoas sem cultura, sem estudo, porque isso é um grave delito.

Podemos levantar algumas bandeiras na web, mas devemos estudar previamente aquilo que pretendemos defender, seja na política, movimento social, meio ambiente, etc. para não cairmos em armadilhas, principalmente do falso-socialismo ou marxismo-comunista. De órgãos ou representantes que fazem parte de grandes ordens mundiais regidas e controladas pela Loja Negra.

O melhor sempre é que cuidemos de nossa própria vida e natureza. De nossa casa, de nosso quintal, de nossos animais, de nosso lixo, de nossos desperdícios... Deixemos de nos meter tanto na vida dos outros. De se voltar e contra e agredir com ira e violência o mal que outros fazem ao meio ambiente e ao planeta como todo. As hierarquias não exigem que salvemos o planeta e a natureza e sim a nós mesmos. Mesmo porque tudo que hoje existe será destruído em breve...

Não esqueçamos a “Cadeia de Amor e de Paz”, lição que os Mestres nos deram para aprendermos a emanar amor a toda humanidade, sem distinção entre os bons e os maus.

Sejamos pacientes e compreensivos, sintamos piedade dos nossos semelhantes, não ódio, desprezo ou revolta. Não porque somos melhores, mas porque tivemos a oportunidade de receber as chaves do conhecimento, da Gnose.

Por termos este conhecimento em mãos é que devemos ser de fato, seguidores do Cristo Verdadeiro, que existe em nós de forma atômica e nos céus de forma cósmica! Sua Lei é o Amor!

Nós que estamos juntos nestes trabalhos, temos que nos unir para que possamos mover “terras e céus” e assim abrirmos os caminhos para o retorno das “Duas Testemunhas” (Samael e Rabolu). Porque o fim está próximo e nós gnósticos não devemos estar alheios ao nosso verdadeiro papel diante da humanidade e dos Mestres.


Paz Inverencial!


*Colaboração S.O.S.

A BESTA-NET (Parte 1)

em 13 de maio de 2021

 

A BESTA-NET 

(Parte 1)




Estamos vivendo na era digital. Temos em nossas mãos uma arma poderosa e perigosa. Os dígitos de nossas mãos controlam a nossa vida através do computador e do celular. Ninguém mais vive sem estes aparelhos, desde crianças até idosos, toda a humanidade está hipnotizada com a web.

Quando estamos navegando na internet, de certa forma ela acaba sendo uma extensão ou complemento do nosso espaço psicológico.

Todos nós já lemos ou ouvimos falar sobre a Besta. Está na Bíblia Sagrada no Apocalipse de São João. O que nos faz refletir sobre o que é a Besta e como ela atua.

Hoje estamos sob a influência da 4ª Besta, que são todas estas tecnologias, como o celular, o computador, enfim todas as mídias sociais.

Em momentos de total identificação com a Besta-Net, dificilmente nos lembramos de pedir à nossa Mãe Divina que elimine tal ou qual defeito. Ficamos cegos, nos comportando como zumbis, envoltos numa nuvem de fantasia que só aumenta cada vez mais nosso estado de miséria e desânimo.

Recordemos as “3” portas principais que nos levam ao abismo: IRA, LUXÚRIA e a COBIÇA . Temos estas portas abertas a todo o momento nas redes sociais, nas interações, nos comentários, nos likes ...

Uma simples “curtida” pode estar alimentando um “Eu” da luxúria. Um compartilhamento, um “Eu” do orgulho... E assim por diante. As pessoas vivem o dia todo fascinadas com vídeos do YouTube, Tiktok, Whatsapp ...

Cada um de nós, carrega dentro de si partículas espirituais que nos conectam com o Divino. Deus está em nós! Anotando e julgando todos os nossos atos. Nossas ações geram consequências a todo instante e nada passa despercebido aos olhos do Pai.

O V.M. Samael disse que nessa época de trevas, todo joelho se dobraria ao anticristo. Porque ele fabrica aviões e foguetes supersônicos, carros luxuosos, supercomputadores, tecnologia, dinheiro, títulos e etc. e nada de valores espirituais. A humanidade completamente hipnotizada será conduzida ao abismo.

Sabemos que existe a luta contra o bem e o mal. Nós queremos despertar a Consciência, mas devemos estar alertas a tudo o que estamos vendo, lendo e ouvindo. Isso não quer dizer que temos que largar tudo e viver numa montanha, isolados, por exemplo. Temos que conviver com todas estas tecnologias e tirar proveito delas, usar somente para a nossa profissão, para nos comunicar e também para receber algum ensinamento.

Nós gnósticos temos que ser revolucionários e não deixar que as mídias digitais controlem nossas vidas.

Não podemos fugir deste mundo digital. Seria como se estivéssemos fugindo do nosso ginásio psicológico, mas também não podemos perder um tempo precioso para o trabalho interior, navegando a deriva na internet, temos que ter bom senso e equilíbrio.

Sempre que quisermos vencer o inimigo, temos que traçar um plano, sermos disciplinados, caso contrário a chance de fracassarmos é muito grande e para enfrentarmos a internet, não é diferente, temos que traçar nossa própria disciplina, estratégias, caso contrário ficaremos reféns dos nossos egos.

Façamos uma reflexão... Quanto tempo passamos em frente a estas tecnologias? Podemos e devemos ter uma disciplina, aprender a usar corretamente a web,com horários determinados para entrar e conferir nossas mensagens, para responde-las e interagir com os amigos, familiares ... e não perder o tempo na web com besteiras e futilidades.

Devemos ser diferentes, agir de forma correta, sem fanatismos, não atacando e nem criticando ninguém e sim ajudando quando precisam. A partir do momento que publicamos algo em nossa página na rede social, ficamos expostos e damos liberdade para as pessoas criticarem, curtirem ou compartilharem... Por isso temos que ter discernimento sobre o que vamos publicar.

Vivemos presos e apegados a um mundo virtual, onde as pessoas estão dentro de uma entropia. A internet é uma entropia, as redes sociais nos arrastam para a entropia e esta igualação nos leva a todos para o mesmo lugar.

Estamos perdendo a possibilidade da Revolução Interior que tanto buscamos. Como estudantes gnósticos, devemos almejar os céus e buscar ao Pai. Não devemos dar desculpas por não trabalharmos sobre nós mesmos. Devemos buscar a retidão de nossas ações.

Os ensinamentos gnósticos foram entregues à humanidade pelos mestres que esperam, com todo amor, que os filhos voltem ao seio do Pai. Por isso, temos que ser bons cidadãos e irmos contra a "normalidade" que se instalou no mundo nos dias de hoje. Por mais impossível que pareça, devemos acreditar! Temos a oportunidade de despertarmos nossa consciência e essa misericórdia recebida deve ser buscada com fervor, amor, vontade e disciplina. A base deste trabalho superior é a morte de si mesmo; A desintegração de todo o mal que habita em nosso interior.

A batalha começa dentro de nós. Somos nosso vigia e a luz está a nossa espera. A partir do momento que buscamos aos céus, as hierarquias nos protegem com amor e esperança no nosso triunfo. O Amor do Pai nos envolve, se nos propomos a trabalhar, arrancando a imundice que nos iguala aos porcos. Com continuidade de propósito, o mal se distancia de nosso caminho e passamos a respirar o ar mágico de anelos superiores. Tenhamos Fé!

Paz Inverencial!


*Colaboração S.O.S.

O EGO TIRANO

em 4 de maio de 2021

O EGO TIRANO


Hoje levaremos nosso foco a um aspecto que podemos carregar em nossa psicologia em maior ou menor grau e que traz muito prejuízo na nossa jornada rumo ao despertar.

O ego que estudaremos se comporta como um duro juiz interno, que nos critica, desvaloriza, profere julgamentos e repreendas e tem sempre em mãos uma lista de pendências a serem realizadas, e que de modo algum diz respeito à voz da consciência.

Pode ter sido originado, ou reforçado, por algum trauma da infância, que nos gerou um complexo de inferioridade e a partir disto, criamos uma autoexigência, um perfeccionismo castrador, que se opõe a nossa espontaneidade.

Em posse do conhecimento gnóstico, este “Eu” toma às vezes da consciência, minando nossas forças e legitima sua ação usando de maneira arbitrária e distorcida o ensinamento, com a intenção de aniquilar de nossa psique qualquer perspectiva de avanço, nos desmoralizando, nos levando sempre ao fracasso e menosprezando os esforços feitos para superar a debilidades que carregamos.

Exemplos:

*Recordamos de nós mesmos no meio do expediente de trabalho, ativamos a essência e desfrutamos de um lampejo de alegria. Neste momento, aparece este ego com seus julgamentos: “mas porque você está feliz? Mal pediu a morte em marcha no dia de hoje!” Nos removendo do estado que nos encontrávamos e sabotando nossa reconexão.

*Quando encerramos nossa prática diária e este ego sussurra: “esta prática não foi boa, olhe o pouco tempo que esteve concentrado”!

*Muitas vezes abrimos os olhos pela manhã, e este “Eu” vem ter conosco, nos torturar, nos fazendo olhar para nossos desafios cotidianos como montes intransponíveis, nos sugerindo que não somos capazes, que as coisas podem não dar certo e assim somos tomados pelo medo e a ansiedade.

*Aquela voz que nos classifica como ridículos ou inadequados quando somos espontâneos e autênticos.

A meta deste ego é sabotar nossa jornada rumo ao despertar, pois suas críticas destrutivas invalidam todos os sucessos já obtidos, todos os bons momentos e conquistas. Ele aparece na ocasião em que a essência desponta (nos inundando com seu bem estar característico) e com seu discurso fundamentado no não merecimento, na condenação pelos erros cometidos e triunfos não logrados, nos inunda com o seu ambiente condenador, assim nos sentimos incapazes e saímos do estado de ânimo.

Este eu tira a leveza de tudo, age sempre com dureza e rigidez, soterra a espontaneidade. Para ele, nada está bom, é perfeccionista, transforma tudo em preocupação, ansiedade e insatisfação, com suas expectativas altas demais, com seu pessimismo, sarcasmo e exigências que lhe caracteriza, que nos impede de sentirmos gratidão pelas coisas simples e espontâneas da vida.

Vestindo a toga do juiz este “Eu” julga, condena e pune, nos fazendo acreditar que não somos merecedores de amor, de felicidade, de compaixão. É um tirano interno, incapaz de nos permitir o autocuidado, auto respeito, gentileza conosco mesmo.

Nós precisamos nos tratar bem intimamente, acolher nossas demandas, escutar nossa essência, que é nutrida com alegria, com leveza, beleza, transformação e amor. Pois, assim este estado de amor reverberará em nossas vidas.

Nada colhemos nos machucando com rótulos negativos, sendo duros e destrutivos conosco mesmos. Isso só reforça nosso complexo de inferioridade e de não merecimento. Temos que ter empatia, carinho e acolhimento com nosso lado divino, valorizar nossos esforços.

Muitas vezes, por ação deste “Eu” menosprezamos e não enxergarmos as nossas necessidades físicas, emocionais e espirituais. É ele que nos faz desempenhar uma tarefa obstinadamente sem percebermos que temos sede, que já estamos cansados, que deveríamos parar, dar um intervalo.

Em outros momentos, fechamos os olhos e sentimos o Sol banhando nossa pele com sua luz, a brisa fresca movendo as folhas das árvores, neste momento de deleite, de gratidão, este é o ego que vem nos lembrar a conta que nos falta pagar... é um estraga prazeres (que se escuda no senso de responsabilidade), que busca sempre algo para nos afligir, uma tarefa pendente, inadiável, pois ele não nos permite estados de contemplação, de alimento da essência.

Se permitirmos que este ego julgador, seja o regente do nosso mundo interior, não demora surgirá em nossa vida alguém fora de nós para desempenhar o mesmo papel e elucidar (trazer à luz) esta questão. Seja no ambiente de trabalho, no nosso lar, um amigo, parente ou uma doença fruto de tanta dureza...

Às vezes, também, o “tirano” se torna tão forte, que depois de nos arrasar intimamente (e validarmos isso), nos deixando com sentimentos de frustração e incapacidade, este eu pode se fixar na personalidade, se voltando para fora e começarmos a agir com esta severidade com as pessoas que nos cercam, sendo cruéis nas palavras, julgamentos e atitudes. Assim, se costumamos julgar, criticar, depreciar, invalidar, sermos exigentes e perfeccionistas, sem compaixão, em algum setor da nossa vida social, observemos o nosso interior! Pois a dureza que esta sendo exteriorizada, antes é praticada conosco mesmos. Ou seja, se começamos a focar a morte em marcha nestes processos de auto-tirania, isso repercutirá de maneira rápida e direta na forma como lidamos com os demais.

É importante diferenciarmos o “Eu” do amor-próprio da autovalorização interior, que seria a contrapartida saudável da questão. Uma pessoa com o amor-próprio (ego) grande, geralmente tem a moral muito baixa ou um complexo de inferioridade e tenta compensar isso buscando provar que é fantástica a si mesmo e aos demais.

Ao passo que alguém que nutre sua essência, se autovaloriza espiritualmente, conhece suas virtudes e debilidades, não perde tempo dando força a ideias de autodepreciação. Pois a consciência tem a percepção das nossas falhas e nos aponta o que devemos reparar para avançarmos, num processo construtivo, onde cria-se estratégias e disciplinas vão sendo traçadas a fim de irmos vencendo obstáculos. Isso surge junto de força e esperança, para colocarmos em prática nossos planos.

Temos que desmascarar esse tirano, removê-lo da nossa estrutura psicológica, pois este “Eu” nos ata as nossas falhas e nos deixa tão desmoralizados que não seguimos adiante, ficamos ali, sofrendo estagnados. E isso não significa sermos indulgente com nossos erros, quer dizer se cuidar, se querer bem, se nutrir de coisas boas, entender que este carinho conosco mesmo é sadio e, sobretudo, devemos agir.

Se cometemos um erro, devemos calar o discurso interior que nos baixa a moral e que não leva a nada e traçarmos imediatamente a estratégia para corrigir nossa falha. Se nos iramos com alguém, falamos coisas duras e cruéis, ao invés de ficarmos horas nos justificando ou nos recriminando, conforme o “Eu” em ação, devemos agir. Neste instante pedimos, imediatamente, a morte, nos realinhamos e vamos até a pessoa, pedir desculpa pela atitude hostil, além de ficarmos absolutamente atentos ao discurso interno destrutivo referente à falha cometida, que insistirá em acontecer.

“Não são as perdas e as quedas que podem fazer fracassar nossas vidas, senão a falta de coragem para levantar e seguir adiante.”  (Samael Aun Weor)

Devemos e precisamos persistir! Não podemos nos entregar à desistência, pelo estado de desmerecimento imposto por este “Eu” que nos leva ao chão, nos arrastando ao cárcere íntimo, onde muitas vezes choramos dando razão às sentenças desmotivadoras deste “Eu”.

A esperança do gnóstico mora no agora! Porém devemos ter esperança, sem esperar algo, sem ansiedade. Cientes de que cada situação nova que chega ao nosso encontro, é a nossa próxima lição.

Somos parte de um “Ser” absolutamente Divino, instrumentos deste “Ser”, temos uma tarefa grandiosa e para tanto, temos todo apoio de nossas Partes Internas e da Loja Branca. É muito injusto, darmos crédito a este “Eu” que tira nosso valor interior.

Se não valêssemos nada não estaríamos nesta busca. Se buscamos o caminho da luz, é porque nosso Pai Interno vê esperanças em nós e nos impulsiona para isto. Se o impulso chega e se cristaliza em nosso peito, é porque existe a comunicação entre o Intimo e a essência. Sejamos um bom instrumento de nosso Pai, lutemos por fazer a Sua vontade, mantendo nossa conexão com Ele de instante a instante e morrendo em tudo que seja ego.

Não devemos recuar, morte à tirania interior!

Paz Inverencial!


*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.


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