Todo ser humano tem potencialidades latentes dentro de si. Uma delas é a de poder tornar seus sonhos em experiências conscientes. O Desdobramento Astral é a capacidade de percebermos a saída voluntária do corpo para a quinta dimensão ou também em algum momento despertarmos neste mundo dos sonhos.
Na quinta dimensão podemos investigar todos os mistérios da natureza, conversar com os anjos e as hierarquias, receber um conhecimento e sabedoria que em nada se compara ao que conhece a mente humana. Podemos também receber força para o trabalho interno, sermos orientados em relação ao caminho de como derrotar os defeitos psicológicos que criam obstáculos para o nosso avanço espiritual. Nesta dimensão é possível acessarmos aos Templos de Sabedoria da Loja Branca, bem como a Igreja Gnóstica.
O resultado na prática do Desdobramento Astral dependerá da meta presente na vida do estudante gnóstico.
Precisamos focar a nossa disciplina diária neste trabalho, que faz parte da “tarefa” deixada pelo V.M. Rabolu para finalmente começarmos a adquirir o conhecimento pertencente ao círculo mesotérico. Se sair em Astral conscientemente é o nosso objetivo, precisamos estudar a fundo os aspectos que estão nos impedindo de alcançá-lo. A fim de corrigi-los e avançar.
"P - Por que no astral está a consciência mais adormecida que no físico?
V.M. - Bem, é a mesma. A consciência no astral é a mesma que no físico. O que está adormecido aqui, lá está exatamente igual. O que acontece é que a gente não se dá conta que está adormecido aqui, e se dá por desperto..." (V.M. Rabolu)
Vivemos em um mundo ilusório, onde poucas vezes nos encontramos despertos. Preocupações, desejos, temores, problemas que ocupam demasiadamente a nossa atenção, situações que nos impactam, histórias que ouvimos, impressões que não transformamos, etc. Tudo isto vai nos fascinando e nos levando ao estado de sono profundo, mesmo que acreditamos estar despertos. A noite tudo irá se reproduzir na forma de sonhos inconscientes ou desconexos. Como agravante temos de lidar diariamente com o mundo da web e todas as suas mídias, onde frequentemente acabamos nos identificando com o que vimos e ouvimos.
Nossa atenção é cobrada constantemente, como se tudo estivesse atrasado e acelerado ou não houvesse um tempo certo para resolver cada situação.
Os obstáculos maiores para o Desdobramento Astral consciente estão sempre ligados à nossa mente e aos defeitos psicológicos. Ao não conseguir desdobrar-se, deve o estudante, através da reflexão, esmiuçar onde está falhando no dia-a-dia: se passou um dia disperso, tenso, alimentando emoções negativas, se não conseguiu buscar o relaxamento, o estado de alerta percepção, a emotividade de uma forma superior, concentrar-se em suas atividades diárias, requisitos que combinados com as técnicas passadas pelos mestres para esta prática, vão produzindo o estado necessário para que ocorra o desdobramento de forma consciente e voluntária.
“Se quisermos chegar ao despertar da Consciência, à autoconsciência, teremos que trabalhar com a Consciência aqui e agora. É precisamente aqui, neste mundo físico, onde devemos trabalhar para despertar a Consciência. Quem desperta aqui, desperta em todas as partes, em todas as dimensões do Universo.” (Samael Aun Weor)
A PRÁTICA
O quarto deve estar limpo e asseado. Podemos queimar algum tipo de incenso para criar uma atmosfera mais espiritualizada. O hábito de não comer muito a noite nos auxilia para que o corpo não esteja sobrecarregado pela alimentação. O equilíbrio dos Centros, adquirido no trabalho diário, também nos auxiliará para isto. Devemos nos acostumar a deitar cedo, assim também o corpo físico poderá ser corretamente reparado durante o sono.
Já deitados em nosso leito, faremos uma conjuração, o círculo mágico ou o “Fechamento”, que servirá como limpeza e proteção espiritual para o ambiente em que nos encontramos.
Como exemplo podemos cantar a Conjuração do Belilin:
Belilin, Belilin, Belilin,
Ânfora de Salvação,
Quisera estar junto a Ti,
O Materialismo não tem força junto a Mim,
Belilin, Belilin, Belilin. (Repete três vezes).
Em seguida se pede ao Pai interno para que ele ordene ao Intercessor Elemental traçar um círculo mágico ao redor do corpo, do quarto ou de toda a habitação (pelo lado de fora), para que nenhuma entidade possa nos prejudicar.
Ao fazer a petição, devemos imaginar que o Intercessor Elemental, na figura de uma criança, traça um círculo de proteção cor verde claro ao redor do ambiente em que nos encontramos. O Intercessor Elemental é uma das diferentes partes de nosso Ser, assim como nosso Pai Interno e a Mãe Divina. Tudo isto pode ser feito de forma verbal ou mental, com muita concentração e imaginação.
NÃO SE MOVA!
Um dos aspectos importantes do Desdobramento Astral é que vamos precisar desprender o corpo astral do corpo físico e para isto precisaremos submergir no processo que estaremos realizando. Desta forma, a partir do momento em que buscarmos a posição correta para dormirmos e o relaxamento do corpo, a imobilidade do mesmo, bem como o “desligamento” das impressões externas é o que vão garantir que possamos conscientemente observar a saída do corpo astral.
Nesse aspecto, o Relaxamento tem o intuito de acomodar o corpo para a tarefa que pretendemos realizar. Negligenciar o relaxamento retarda o nosso avanço na prática e nos distancia de nossa meta. Podemos começar a prática em decúbito dorsal e depois de um tempo buscarmos a posição mais confortável que estamos acostumados a dormir, realçando novamente que dali para a frente não deveremos ficar nos virando e desvirando na cama várias vezes, pois isso vai tirar a concentração para a prática. Vamos iniciar o relaxamento do corpo com algumas respirações profundas, ao mesmo tempo que podemos ir sentindo os batimentos cardíacos.
Em seguida, imaginamos que uma luz azul vai inundando o ambiente em que nos encontramos. Logo, esta luz azul vai entrando pela sola de nossos pés e banhando cada parte de nosso corpo. À medida que esta luz vai subindo, vamos detectando e distensionando as áreas rígidas do corpo (relaxando os ombros, desfranzindo a testa, soltando a mandíbula, etc), aproveitando ainda neste momento para ajeitar a postura, caso seja necessário (posição dos braços e mãos, pernas e pés, etc).
A Oração é o próximo passo da prática. Orar é falar com Deus, é se dirigir ao nosso Íntimo, pedindo auxílio e assistência para que tenhamos sucesso nesta prática.
MANTRANS PARA O DESDOBRAMENTO
“Um mantram é uma palavra mágica, que nos permite sair do corpo físico e regressar a ele com plena consciência. Deita-se, relaxa o seu corpo e pronuncia estas palavras mágicas por 3 ou 5 vezes verbalmente e depois siga repetindo-as mentalmente.” (V.M. Rabolu)
Segue alguns exemplos de mantrans para a prática do desdobramento, o qual pronunciamos prolongando o som de cada sílaba:
LA RAS:
Lllllaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Rrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaa
Ssssssssssssssssssss (como um assobio).
FARAON:
Faaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Rrrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaa
Ooooooooonnnnnnnnnnn
EGIPTO:
Eeeeeeeeeee Gggggiiiiiiiiii Ptttttooooooooo
TAIRERERE:
Tairerere... Tairerere... Tairerere...
Segue o link para ouvir o áudio do V.M. Rabolu, onde ele ensina a pronúncia dos mantrans descritos acima:
https://www.youtube.com/watch?v=FFuN3IbaPUA
Se até aqui desenvolvemos todos os passos corretamente e conseguimos nos manter conscientes, mantendo a concentração e atraindo o estado de sonolência, não tardará que os sintomas do desdobramento astral comecem a se apresentar: formigamentos no corpo, aumento do som da glândula pineal (semelhante ao canto do grilo), um estado de não conseguirmos nos mexer, espasmos musculares semelhantes a choques, uma corrente elétrica que passa pelo corpo, sensação de estar muito pesado ou leve, entre outros.
Ao percebermos as primeiras imagens e sons do astral, este é o momento em que devemos fazer um leve esforço para nos levantar, desprendendo o corpo astral do corpo físico. Em seguida, dar um saltinho com intenção de flutuar, pois se flutuarmos esta é a comprovação que a consciência necessita para saber que está em outra dimensão.
Ao flutuar, podemos pedir ao Pai que nos leve à Igreja Gnóstica ou a um Templo de Sabedoria. Podemos invocar os V.M. Samael e Rabolu, por exemplo, ou outra Hierarquias que queiramos conhecer e ainda investigar tudo o que queiramos.
Para se invocar um mestre em astral, sempre se deve fazer o pedido em nome do Cristo, pois isto afasta de nosso caminho as entidades negativas. Invocação: "Em nome do Cristo, pelo poder do Cristo, pela glória e majestade do Cristo, V.M. (citar o nome do anjo ou mestre) vinde até aqui! Concorrei a este chamado!" (fazer esta invocação no mínimo “3” vezes ou por quantas vezes forem necessárias).
Paz Inverencial!
Colaboração: Estudantes Gnósticos do Gnose para Poucos / S.O.S.