A CORRENTE DO SOM E A MORTE DO EGO
A corrente do som faz parte do biorritmo da vida, desde o nascimento até a morte. As oitavas de nossa vida se fazem presentes em todos os projetos (profissionais, no lar, nos relacionamentos, no emprego, no estudo, etc.). As principais pausas ocorrem entre MI e FÁ e entre LÁ e SI. O segredo para o triunfo em tudo na nossa vida está em vencer estas pausas e seguir com oitavas ascendentes.
O processo começa com um choque para entrar na corrente do som. Depois das “7” notas: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si, necessitamos um choque para entrar em uma nova oitava ascendente. As pessoas de sucesso na vida superam essas pausas e seguem avançando. No trabalho interno, também temos que ir ascendendo as oitavas, para alcançar cada vez mais consciência. Isso não tem limite. Um mestre após sua auto realização e encarnação do Ser continua ascendendo e adquirindo cada vez mais sabedoria.
O trabalho de morte do ego ou desintegração de um defeito, também segue o processo das oitavas, dentro da corrente do som.
Com relação ao trabalho interno, o primeiro choque que nos possibilita a entrada na corrente do som, na nota DÓ é o recebimento do “conhecimento gnóstico”. É como um amanhecer em nossa vida. Temos acesso a uma psicologia revolucionária, aprendemos que não somos um indivíduo e sim “muitos” (várias pessoas vivendo dentro de nós).
A nota RÉ é da “compreensão”. Se não compreendemos o ensinamento gnóstico, ficamos em DÓ e abandonamos o trabalho. A compreensão é muito elástica, não vamos compreender todo ensinamento, mas temos que compreender as bases fundamentais.
A terceira nota, que é o MI, é da “decisão”. Temos que mudar e decidir de um a vez a seguir por este caminho.
Depois do MI, vem uma pausa. Para superar essa pausa e entrar na nota FÁ necessitamos da “ação”. Pôr em prática o conhecimento gnóstico. Se não pusermos em prática a Gnose, ficamos em MI e não avançamos.
A nota FÁ é da “recordação de si”. Esta recordação de si é a recordação do SER. Começamos a trabalhar a Essência para passarmos à próxima etapa.
A nota SOL é da “auto-observação”. Não é possível a auto-observação se não nos dividimos em dois, observador (Essência) e observado (Ego). Passamos a maior parte de nossa vida no mundo interior. Quando estamos dormindo, estamos vivendo no mundo interior. Quando estamos acordados, vivemos processos exteriores, mas estamos em contato com o mundo interior. A auto-observação exige atenção nos centros da máquina humana (intelectual, emocional e motor/instintivo/sexual). Temos que dividir a atenção entre o mundo exterior e o mundo interior.
A Nota LÁ é da “transformação das impressões”. Sem transformar as impressões, às vezes não conseguimos identificar o detalhe e ter força para eliminar um determinado defeito. As impressões são a realidade do mundo em que vivemos e chegam a nós pelos cinco sentidos. Quando trabalhamos as impressões, elas entram até nós como hidrogênio 48 e passam por um processo que chega aos hidrogênios 24, 12... que vai servir de alimento para Essência, caso contrário (se não transformarmos as impressões) se tornam Hidrogênio 96, 192... e vão servir de alimento para o ego.
Nesse ponto, existe uma pausa para entrarmos na nota SI. Para vencer esta pausa faz-se necessário a execução do defeito (morte do ego). Temos que admitir para nós mesmos que estamos errados (autojulgamento). Passando por todos estes processos, a parte final, fica por conta da Mãe Divina, que age para a eliminação deste ego. Temos que nos ater aos pequenos detalhes, eliminando-os tiramos alimento do ego como um todo. O ego se alimenta desses detalhes que se acredita não serem nada: uma palavra que nos falaram que causou uma pequena reação; um olhar fora de lugar; um pequeno desejo, etc.
O trabalho é difícil, porém simples, temos que pôr em prática, que vamos aos poucos mudando e evoluindo. Para a eliminação de cada ego, temos essa primeira oitava até a Nota SI. Para passarmos para uma oitava superior da corrente do som e a uma nova Nota DÓ, há que se despertar a consciência na meditação...
Paz Inverencial!
Fonte: Escritos S.O.S.
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