A GRANDE REBELIÃO

em 19 de novembro de 2019

(Gnose para Poucos: Geração B)


A GRANDE REBELIÃO

Rebelar-se contra si mesmo, ao invés de sempre querermos nos passar por vítimas das circunstâncias, é o mais indicado. É que no processo de construção da personalidade fomos desenvolvendo gostos e desgostos. Todos temos muitas manias, por algo ter de ser deste ou daquele jeito. Estes processos vão se formando desde a tenra infância. Fomos também aprendendo a chantagear psicológica ou emocionalmente o próximo, a fim de que o mesmo possa servir aos nossos propósitos e caprichos.
Enquanto continuemos a ser a mesma pessoa, atuando diariamente de forma mecânica, dificilmente veremos um raio de luz penetrar em nós mesmos. É preciso que aprendamos a nos vermos na visão que o próximo tem de nós mesmos, mesmo que isto nos cause alguma dor, porque antes de tudo já devemos ir trabalhando sobre este sentimento de autopiedade, sempre com a auto-observação e a morte em marcha.
O difícil no processo do despertar é que ele tem de ser em cima dos trilhos mecânicos em que vivemos e, logicamente, se não percebemos como certos defeitos nos controlam isto se complica mais ainda. Na nossa doce ilusão o processo do despertar seria algo bem simples, a base de práticas místicas, por ex. Mas o Pai e Mãe interior vão estabelecendo uma ordem para o trabalho psicológico que devemos realizar, à medida que vamos ganhando mais consciência no trabalho sobre si mesmo.
A Grande Rebelião indica que devemos nos tornar um rebelde contra si e contra tudo. Contra tudo não do sentido do indivíduo revoltado, mas o que analisa o que lhe pode provocar o sonho da consciência e vai trabalhando arduamente para se libertar de todo estes processos.

Paz Inverencial!

IMAGINAÇÃO: UMA ALIADA DA CONCENTRAÇÃO

em 17 de novembro de 2019

(Gnose para Poucos: Antigos)


IMAGINAÇÃO: UMA ALIADA DA CONCENTRAÇÃO

Muitos estudantes têm dificuldades nas práticas da noite ou madrugada, pois justo nesta hora (sagrada aos gnósticos) são atacados por suas mentes, que insistem em desfilar os problemas e preocupações cotidianos, nos desviando completamente dos objetivos das práticas.

Um guerreiro se prova é no combate. E não é só na eliminação dos defeitos que precisamos aprender a guerrear, precisamos aprender a domar a nossa mente no diário viver e também no momento em que vamos desenvolver práticas objetivas em relação ao despertar da consciência, tais como a meditação e o desdobramento astral.

Particularmente interessante, quando estamos sendo atacados pela mente, é utilizarmos uma prática de imaginação. Penso até que não é à toa aquela questão de se contar carneiros que se via nos desenhos ou nas histórias em quadrinhos, pois ali a pessoa se colocava a imaginar os carneiros saltando e mantinha a sua atenção nisto, se desviando dos problemas que lhe estavam provocando a insônia e por fim atraia o próprio sono...

Os mestres sempre comentaram que imaginar é ver: precisamos desenvolver o processo imaginativo, como algo real e palpável dentro de nós mesmos, assim conseguiremos manter a concentração em algo que nos interessa. O mestre Samael nos deu o exemplo da prática da Deusa Kakini, imaginando os detalhes dos bosques profundos da natureza. O mestre Rabolu nos ensinou a prática de imaginarmos o nosso coração, como ele é, como funciona, etc. Também temos outra prática do V.M. Samael, da imaginação no nascer e morrer das coisas, utilizando o processo da rosa, por exemplo. Particularmente me agrada usar aspectos imaginativos ligados a fenômenos da natureza, seja imaginando diferentes flores que já conheço, plantas, animais, barulhos de córregos, cachoeiras, do mar, etc.

Vamos utilizar um elemento abstrato aqui, porque cada estudante para esta prática precisa trabalhar com elementos que tenha algum conhecimento e consiga visualizar sua forma, cor, som, odor, etc. O importante desta prática é não deixarmos que o processo da fantasia nos desviar da mesma. Por exemplo, se estamos imaginando uma flor que conhecemos, o foco é esta flor, seu formato, aspecto, etc. Não vamos associar de onde foi que conhecemos esta flor, que foi em tal evento e que, naquele dia, ocorreu um incidente neste local e assim por diante, porque assim estamos sendo traídos por nossa própria mente, com suas distrações. Inclusive assim podemos voltar a sentir o sabor psicológico de certos defeitos associados a tal fato. Mas seguindo nosso exemplo aleatório, vamos imaginar por exemplo o mar: o que precisamos desenvolver no processo imaginativo? Digamos que quase tudo, porque certamente o que escolhermos teremos de ter boas lembranças e vivências acerca do assunto ou objeto elegido. Como já dissemos, "imaginar é ver", vamos aprender a desenvolver esta prática como se estivéssemos neste momento em contato com este objeto ou cena. Imaginemos o mar, ele tem diversas tonalidades dependendo da luz do dia, suas ondas podem estar revoltas ou ser um mar calmo. O barulho do mar ou de suas ondas batendo na praia é algo muito característico, inclusive com efeito calmante (assim como o barulho dos córregos). Podemos ficar mirando estas ondas se desenrolando na praia (fazendo aquela espuma). Podemos imaginar também este processo das ondas ocorrendo a noite, sob um céu estrelado. Ou que este mar em questão está cercando uma ilha... Se vamos explorar o mar vamos perceber a transparência de uma água limpa, pode se ver os pés caminhando sob as águas, peixes que circulam a volta, águas-vivas, estrelas do mar, ouriços, corais, pedras, etc... A imaginação deve ser muito profunda e nos utilizamos de elemento que geralmente já conhecemos, pois isto facilita a concentração. Pode ser que o mar esteja mexido, com aquelas algas sobre a superfície e assim por diante. O que se ocorre neste processo é que conseguimos entrar na profundidade da prática, mantendo a concentração no processo imaginativo e literalmente esquecemos dos problemas que assolavam a nossa mente. Isto é semelhante à concentração que utilizamos ao ler esta descrição desta prática neste momento, nos colocamos aqui para algo que nos interessava e não nos dispersamos com o resto ao nosso redor.

Bom, isto foi só um exemplo. Estas práticas de imaginação com elementos da natureza nos aproximam dela e do próprio planeta. Mas se quisermos, podemos usar qualquer tipo de elemento para a imaginação, desde que tenhamos informações suficientes para aprofundar o processo imaginativo e não deixemos o processo da fantasia nos tirar da prática. A profundidade que vamos dando numa prática vai permitindo nos aproximar das partes internas, nos colocam em contato com os centros superiores e assim vamos nos aproximando também da Real Gnose nos mundo internos. São disciplinas que vamos implantando e nos auxiliam no difícil trilhar do despertar da consciência, onde com certeza tudo o que se ganha é com muito esforço, nada nos é dado de graça...

Paz Inverencial!

OS QUATRO ESTADOS DE CONSCIÊNCIA

em 16 de novembro de 2019

(Gnose para Poucos: A Nota Síntese)


OS QUATRO ESTADOS DE CONSCIÊNCIA

“O primeiro estado de Consciência denomina-se EIKASIA.
O segundo estado de Consciência é PISTIS.
O terceiro estado de Consciência é DIANÓIA.
O quarto estado de Consciência é NOUS.
EIKASIA é ignorância, crueldade humana, barbárie, sono muito profundo, mundo instintivo e brutal, estado INFRA-HUMANO.
PISTIS é o mundo das opiniões e crenças.
PISTIS é CRENÇA, PREJULGAMENTOS, SECTARISMOS, FANATISMO, teorias com a quais não existe nenhum gênero de percepção direta da Verdade. PISTIS é a Consciência do NÍVEL COMUM DA HUMANIDADE.
DIANÓIA é revisão intelectual de crenças, análise, sintetismo conceitual, Consciência cultural-intelectual, pensamento científico, etc. O pensamento DIANOÉTICO estuda os fenômenos e estabelece leis. O pensamento DIANOÉTICO ESTUDA OS SISTEMAS INDUTIVO E DEDUTIVO com o propósito de utilizá-los de forma profunda e clara.
NOUS é perfeita Consciência desperta. NOUS é o estado de TURIYA. A perfeita ILUMINAÇÃO INTERIOR PROFUNDA. NOUS é legítima CLARIVIDÊNCIA OBJETIVA. NOUS é INTUIÇÃO. NOUS é o MUNDO DOS ARQUÉTIPOS DIVINAIS. O pensamento NOÉTICO é SINTÉTICO, CLARO, OBJETIVO, ILUMINADO.
Quem alcança as alturas do PENSAMENTO NOÉTICO desperta a CONSCIÊNCIA TOTALMENTE e SE CONVERTE em um TURIYA. A parte mais baixa do homem é irracional e SUBJETIVA e se relaciona com os cinco sentidos ordinários.
A parte mais alta do homem é o mundo da INTUIÇÃO e da CONSCIÊNCIA OBJETIVA ESPIRITUAL. No MUNDO DA INTUIÇÃO se desenvolvem os ARQUÉTIPOS de todas as coisas da Natureza.
Somente aqueles que penetraram no mundo da INTUIÇÃO OBJETIVA, somente aqueles que alcançaram as alturas solenes do PENSAMENTO NOÉTICO estão verdadeiramente despertos e ILUMINADOS.
Nenhum verdadeiro TURIYA pode sonhar. O TURIYA, aquele que alcançou as alturas do PENSAMENTO NOÉTICO, nunca o anda dizendo, jamais se presume sábio, é demasiado simples e humilde, puro e perfeito. É necessário saber que nenhum TURIYA é MÉDIUM nem PSEUDOCLARIVIDENTE. Nem PSEUDOMÍSTICO, como todos estes que hoje em dia abundam como erva daninha em todas as escolas de estudos espirituais, herméticos, ocultistas, etc. 

O estado de TURIYA é muito SUBLIME e somente o alcançam aqueles que trabalham na Forja acesa de Vulcano durante toda a vida. Somente o KUNDALINI pode nos elevar ao ESTADO DE TURIYA.
É urgente saber meditar profundamente e, logo, praticar a MAGIA SEXUAL durante toda a vida, para alcançar, depois de provas muito difíceis, o estado de TURIYA. 

A MEDITAÇÃO E A MAGIA SEXUAL nos levam até as alturas do PENSAMENTO NOÉTICO.
Nenhum sonhador, nenhum médium, nenhum desses que entram numa escola de ensinamento ocultista pode alcançar, instantaneamente o ESTADO DE TURIYA. Desgraçadamente muitos crêem que isto é como soprar e fazer garrafas, ou como quem fuma um cigarro, ou como quem se embebeda. Assim, vemos muitos alucinados, médiuns e sonhadores, declarando-se MESTRES, CLARIVIDENTES, ILUMINADOS. Em todas as escolas, inclusive dentro das filas do nosso MOVIMENTO GNÓSTICO, não faltam esses sujeitos que dizem ser clarividentes sem sê-lo realmente. Estes são os que, fundamentados em suas alucinações e sonhos, caluniam os outros dizendo: FULANO ESTÁ CAÍDO; BELTRANO É MAGO NEGRO, etc., etc. etc.
É necessário advertir que as alturas do TURIYA PRÉ-REQUEREM muitíssimos anos de exercício mental e MAGIA SEXUAL em MATRIMÔNIO PERFEITO. Isto significa DISCIPLINA, ESTUDO LONGO E PROFUNDO, MEDITAÇÃO INTERIOR MUITO FORTE E PROFUNDA, SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE, etc., etc. etc.” 

O Matrimônio Perfeito – Samael Aun Weor

RIO DE AMARGURAS...

em 6 de novembro de 2019

(Gnose para Poucos: Antigos)


RIO DE AMARGURAS...


“Não necessitamos destruir a mente com tantos livros e teorias. Nos mundos internos podemos receber o ensinamento dos mestres. Ao despertar do sonho natural, os discípulos devem esforçar-se por recordar tudo o que viram e ouviram durante o sonho.” (Samael Aun Weor)

1) VEJA
(O tempo deixa marcas e estas marcas sempre ficam registradas)

2) OUÇA
(Há uma voz interna que suplica pela Luz...)

3) PENSE...
(Somos repetentes na escola, mas alguns irmãos já passaram de ano e outros mais novos conseguiram cortar o caminho) 

4) REFLITA 
(O tempo de agir é agora) 

5) NÃO PENSE 
(Escute o seu Coração) 

6) AJA! 
(Ao trabalho, irmãos da Senda) 

7) COMECE 
(Caminhe com passos seguros...) 

8) CONTINUE 
(Não esmoreça diante das dificuldades) 

9) CORRA! 
(Neste momento o Tempo está fazendo isto) 

10) PRATIQUE - COMPROVE
(O estudante deve eliminar o desejo dentro de si. Desejo de se fazer sentir, desejo sexual, desejo de adquirir coisas, desejo por comida, etc. Os desejos nos tornam densos e assim as experiências internas se afastam de nós. 
Pensemos em nosso Pai como um Ser com autoconsciência em outras dimensões. Ele discute com outros Pais Internos de cada um as estratégias para nos despertarem. A cada vacilo ou tropeço nosso, um rio de tristeza se transborda (continuamos marcando passo). Nosso Pai sabe muito bem o risco que corremos neste momento) 

11) VEJA 
(Não dependemos de mais ninguém para fazer isto) 

12) OUÇA 
(Somos reincidentes no delito. Está na hora de nos decidirmos...) 

13) PENSE 
(Existe um plano do Mal para destruir tudo o que os mestres de compaixão realizaram...) 

14) NÃO PENSE 
(Aprenda a meditar, ela é uma das portas de saída do labirinto de nossa mente) 

15) AJA 
(Ao Trabalho, irmãos da Senda) 

16) COMECE! 
(E não pare. Continue trabalhando. Se conseguir correr, melhor ainda. Só pare quando cruzar a grande linha do despertar da consciência. Ou melhor, nunca pare. Nunca deixe de acreditar que você pode e faça isto valer a pena e quando já tiver feito você viu que podia, sim. E seu Pai vai sorrir para você e saberás em teu Íntimo que ele fez isto. E você vai retribuir com mais trabalho. Vai continuar trabalhando e nunca mais irás parar e o mundo vai saber que você mudou. Felizmente é assim, o grande rio tem de seguir o seu curso. Nós podemos sair do rio da Amargura para o mar da Felicidade. Querer é poder e este momento chegou...) 

17) VIVA NO AQUI E AGORA! 

Paz Inverencial! 

“P – Ou seja, que nos fica vivo e direto esse conhecimento? 

V.M. – Direto! Então, quando alguém aguenta todos os garrotes que lhe caem em cima, dor que nos mandam por todo lado, se a recebemos sem protestar, com amor e firmeza, e vem o conhecimento, porque já se provou sua capacidade para recebê-lo. Sabe-se cuidá-lo, porque se cuida do que nos custa. 
Quando já se provou até a saciedade que se quer o conhecimento, depois de todas as borrascas que pôde suportar, vem esse conhecimento. O conhecimento é consciência, é sabedoria, é Iluminação. 
Aqueles que crêem que as Hierarquias nos vão despertar consciência, que nos vão regalar graus e iniciações, porque se crê que é o melhor de todos... Estão totalmente equivocadas essas pessoas que crêem e atuam dessa maneira. 
A nós não nos podem presentear a consciência, nem as iniciações, nem os graus, enquanto não tenhamos mostrado um trabalho dentro de cada um de nós. Ou seja, que qualquer grau nos custa muitíssimos sacrifícios para adquiri-lo. Não que as Hierarquias não tenham a capacidade de nos despertar faculdades, poderes. Porém, que faria um Mestre, despertando poderes, faculdades a um demônio? 

Mensagem de Natal 85-86 – V.M. Rabolu

IMPACIÊNCIA

Gnose para Poucos (Geração B)


IMPACIÊNCIA


Muitos estudantes querem resultados práticos rápidos com o ensinamento, mas precisamos ir criando o condicionamento adequado para tal. Assim como se necessita de tempo para aprender uma habilidade manual, tocar ou ser carpinteiro por ex., na Gnose e especialmente no campo das práticas místicas, precisamos a ir desenvolvendo esta habilidade. É um treino que deve ir se aprofundando e necessita sempre de continuidade. Isto também ocorre em relação ao corpo físico. Órgão que não se usa se atrofia e no aspecto psicológico não poderia ser diferente.

Internamente, as hierarquias estão mais interessadas em nosso progresso moral. É preciso ir adquirindo uma conduta gnóstica adequada em relação aos costumes. Algumas coisas já se fazem por entendimento ou compreensão do processo, ao sermos orientados para tal. Outras, mesmo tendo a informação, continuamos a repetir padrões de educação e comportamento social. Estes padrões de comportamento os fomos absorvendo no decorrer do tempo, seja em nossa família, com os amigos ou no trabalho. Neste caso, se nos é difícil mudar o padrão de comportamento, necessitamos de um trabalho mais apurado com a morte dos defeitos relacionados ao mesmo. Como diz o mestre Samael, o Kundalini não desperta no cóccix dos adúlteros, fornicários, ladrões, bêbados, mentirosos, masturbadores, glutões, assassinos, traidores, etc. São somente alguns exemplos, mas nos mostram que precisamos ir refinando nosso comportamento e isto é possível, em parte pela pequena margem de livre arbítrio que possuímos e, em outra, pelo trabalho de morte que vamos realizando sobre os detalhes , bem como sobre estes defeitos que percebemos que não combinam com o caminho esotérico.

Então, para colhermos resultados nas práticas, precisamos aprender a ser disciplinados e persistentes. Saber abdicar daquilo que nos é negativo, aprender a trabalhar nossa emoção no aspecto positivo. Aprender a se concentrar no que estamos fazendo, para que isto se reproduza depois na prática que iremos fazer e ir trabalhando duramente sobre nossa psique, a fim de promovermos mudanças internas, que irão se reproduzir favoravelmente em nosso exterior (e também no ambiente em que vivemos, a atmosfera vai ficando mais propícia para praticarmos).

Nosso Pai e Mãe sabem quando devem nos dar uma experiência prática, assim também como as hierarquias que nos assistem. É lógico que se não nos ajudamos, porque irão nos ajudar? Então sempre vale esta frase: “A Deus rogando e com o malho dando...”


Paz Inverencial!



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