(Gnose para Poucos: Geração B)
A GRANDE REBELIÃO
Rebelar-se contra si mesmo, ao invés de sempre querermos nos passar por vítimas das circunstâncias, é o mais indicado. É que no processo de construção da personalidade fomos desenvolvendo gostos e desgostos. Todos temos muitas manias, por algo ter de ser deste ou daquele jeito. Estes processos vão se formando desde a tenra infância. Fomos também aprendendo a chantagear psicológica ou emocionalmente o próximo, a fim de que o mesmo possa servir aos nossos propósitos e caprichos.
Enquanto continuemos a ser a mesma pessoa, atuando diariamente de forma mecânica, dificilmente veremos um raio de luz penetrar em nós mesmos. É preciso que aprendamos a nos vermos na visão que o próximo tem de nós mesmos, mesmo que isto nos cause alguma dor, porque antes de tudo já devemos ir trabalhando sobre este sentimento de autopiedade, sempre com a auto-observação e a morte em marcha.
O difícil no processo do despertar é que ele tem de ser em cima dos trilhos mecânicos em que vivemos e, logicamente, se não percebemos como certos defeitos nos controlam isto se complica mais ainda. Na nossa doce ilusão o processo do despertar seria algo bem simples, a base de práticas místicas, por ex. Mas o Pai e Mãe interior vão estabelecendo uma ordem para o trabalho psicológico que devemos realizar, à medida que vamos ganhando mais consciência no trabalho sobre si mesmo.
A Grande Rebelião indica que devemos nos tornar um rebelde contra si e contra tudo. Contra tudo não do sentido do indivíduo revoltado, mas o que analisa o que lhe pode provocar o sonho da consciência e vai trabalhando arduamente para se libertar de todo estes processos.
Paz Inverencial!
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