RECORDAÇÃO DE SI MESMO

em 29 de novembro de 2022

RECORDAÇÃO DE SI MESMO


“Quanto mais se peça ao Pai e à Mãe, mais perto os temos nos a eles aí, Nós nos isolamos quando não lhes pedimos nada. Vamos nos isolando deles. Quanto mais pedimos, vamos nos acercando mais. Claro, estar atentos ao Pai e à Mãe”. (V.M. Rabolu) 

Recordação de Si é o início do trabalho esotérico. Vivemos perdidos, “conforme o vento nos leva”, pois geralmente achamos que somos o que pensamos e o que sentimos. Temos que nos dar conta de que não somos essas imperfeições que se manifestam a todo instante, em determinado momento em nossa vida, mas sim que temos algo de bom e superior dentro de nós. A Recordação de Si vai nos permitir que o mais puro e divino em nós mesmos se manifeste, que é nossa ESSÊNCIA. Estando em estado de alerta constante, isto é, em Recordação de nós mesmos, damos a oportunidade para que essa Partícula Divina, ou seja, nossa ESSÊNCIA, fique ativa, não permitindo que nossa Consciência adormeça. 

Quando uma pessoa observa sua maneira de rir, falar, caminhar, mesmo estando atenta de seus gestos e atitudes, pode estar identificada consigo mesma e com o que a circunda. É indispensável tratar de recordar de si mesmo para que entre em atividade o processo da auto-observação. Isto é fundamental para o início do despertar da consciência. 

“Quando alguém se dá o choque da Recordação de Si, produz uma transformação milagrosa em todo o trabalho do corpo, de modo que as células recebem um alimento diferente.” (Samael Aun Weor) 

Isto de esquecer de si mesmo, isto de não recordar-se a si mesmo é realmente a causa de toda a ignorância humana. Quando uma pessoa qualquer chega a compreender profundamente que não pode recordar-se a si mesma, que não é consciente de si mesma, perde a oportunidade que ela tem de apelar para essa força superior (Essência) que está adormecida, para buscar a revolução da consciência. 

A íntima recordação de si mesmo é algo mais que se analisar a si mesmo, é um estado novo (Essência ativa) que só se conhece através da experiência direta. Todo ser humano teve alguma vez esses momentos, estados de íntima recordação de si mesmo. Talvez em um instante de infinito terror, talvez na infância ou em alguma viagem quando exclamamos: que faço eu por aqui? Porque estou eu aqui? 

Recordar-se de si mesmo é estarmos simultaneamente atentos dentro (partes superiores do Ser) e fora de nós. Estarmos conscientes de nós mesmos e do ambiente que nos circunda. A Auto-observação é perceber os detalhes, os defeitos, para depois pedirmos a morte dos mesmos.

Tanto a recordação de si como a auto-observação são duas práticas distintas e que devem ser realizadas ao mesmo tempo. Quando nos recordamos de nós, experimentamos a essência livre, pois estamos conectados com nossas partes superiores. Quando nos auto-observamos, nos dividimos em dois: observador e observado (Essência e Ego). 

Em todas as práticas que realizamos, seja de desdobramento astral ou meditação , não teremos êxito sem a recordação de nós mesmos. 

Uma pessoa desperta de verdade pode ver, ouvir, cheirar, tocar e apalpar todas as coisas dos mundos superiores. Quem quiser experimentar a realidade de tudo o que sucede nas dimensões superiores do espaço, deve despertar a consciência aqui e agora. 

Para não nos identificarmos com as coisas da vida cotidiana devemos estar pendentes de nós mesmos, ou seja, com a Essência ativa e os Pensamentos passivos. 

Quando nos esquecemos de nós mesmos, caímos em identificação com alguma coisa, nossa consciência deixa de atuar, para dar lugar à expressão do ego, que vai se robustecendo. 

Portanto, devemos estar atentos, pendente de nós mesmos no dia a dia e colocar em prática os ensinamentos e as práticas deixadas pelos Veneráveis Mestres, a fim de irmos comprovando por nós mesmos o nosso avanço Espiritual e o despertar da nossa Consciência nos mundos superiores. 

Para tal devemos estar conscientes no que estamos fazendo aqui e agora, atentos aos nossos pensamentos e sentimentos a cada momento, fazendo somente uma coisa de cada vez. Não devemos estar pensando em outra coisa, a não ser no que estamos executando naquele instante. E, ao percebermos a atuação de um defeito apelamos à Mae Divina que o desintegre, com Força e Vontade. Assim iremos avançando no caminho do Despertar.
 

Ser Equilibrado é a Meta! 

Uma pessoa equilibrada vive em paz. E quem vive em paz tem disciplina. Quem tem disciplina se impõe metas, sendo uma delas a Concentração. E quem aprende se concentrar se motiva e começa a trilhar o caminho do despertar e da Sabedoria . 

Mas como ser equilibrado nesse mundo tão caótico? 

- Podemos seguir o exemplo de Cristo, de Buda, São Francisco de Assis e dos mestres Samael e Rabolu, etc., aprendendo mais sobre eles, lendo sobre eles, entendendo a forma como eles agiam nas situações adversas, buscando desenvolver essas qualidades. Todos eles viviam em paz, pois tinham paz dentro de si mesmos. 

- Por exemplo, a pessoa equilibrada não gosta de mentiras. Não gosta de ouvir mentiras e não gosta de contar mentiras, pois prefere manter uma mente em paz! Aprendamos a plantar a semente da verdade em nossas vidas, começando por simplesmente observar como nos relacionamos com a verdade. Às vezes mentimos por mau costume, por vergonha, por não saber o que dizer, por justificativas... 

- Uma pessoa equilibrada não gosta de ouvir fofocas e não gosta de fazer fofocas: quando alguém chega e diz que tem uma coisa ou fofoca para contar. Mesmo que a escutemos por educação não devemos alimentar esta fofoca, retransmitindo a outras pessoas. Não devemos ser coniventes com a maledicência. 

- A pessoa equilibrada não espera nada de ninguém, ela ajuda o próximo de forma desinteressada, sem esperar retribuição. A pessoa equilibrada só deve ter uma certeza na vida: a de que ela está fazendo a coisa certa na hora certa. 

- Cuidado com aquilo que entra pelos seus olhos: Imagens de violência, imagens de tragédias, notícias trágicas… Por ex: Estamos andando na rua e vemos um acidente. De longe verifico: tem corpo de bombeiro? Tem policia? Sou médico? Se não somo úteis naquele momento devemos seguir o nosso caminho. 

- Cuidado com o que entra pelo ouvido: Se estamos atentos a nós mesmos podemos até mudar o rumo de uma conversa negativa, transformando-a em algo construtivo. Quando possível dê preferência para conversar com pessoas que também estão lutando por despertar, por mudar a forma de pensar, melhorando assim o seu nível de ser. Para mudar precisamos apenas de atitude e iniciativa. É saber o que precisa ser feito e realizar! 


PRÁTICA

Procure um lugar silencioso para relaxar. Coloque a atenção em seus músculos (da cabeça aos pés), relaxe. Então observe seus pensamentos e preocupações. Tente viver e sentir o momento presente, o agora, tornando-se “UM” com o ambiente circundante: os objetos, as plantas, as pessoas na rua, etc... Não pense em nada, simplesmente esteja presente, deixando que sua Essência atue neste momento. Lembre-se neste momento que o Pai e Mãe internos sempre lutam pelo nosso desenvolvimento espiritual... Esta prática deve ser realizada sempre, a qualquer hora do dia, sentados ou deitados. Então, pouco a pouco, a percepção da realidade vai se intensificando e vamos vislumbrando o despertar de nossas consciências. 

“A única maneira de se conseguir uma mudança real é através do despertar da consciência”. (Samael Aun Weor) 

Paz Inverencial!


*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.

AS REPRESENTAÇÕES DA MENTE

em 28 de novembro de 2022

 

AS REPRESENTAÇÕES DA MENTE


“...Porque temos que ter em nossa Mente coisas que não são do SER? Não vejo porque temos que carregar em nossa mente intrusos. Compreendi que na Mente só deve estar o SER, que a Mente deve converter-se em um Templo onde oficie o SER e nada mais que o SER, isso é tudo”. (Samael Aun Weor)

No caminho que estamos trilhando para o despertar da Consciência, não somente temos que eliminar de dentro de nós os defeitos psicológicos, como também um aspecto muito sutil de nossa Mente. Trata-se das Representações Mentais

Os Agregados Psicológicos diferem das Representações da Mente, porque cada defeito psicológico tem um percentual de ESSÊNCIA engarrafada, já as Representações Mentais não, porém elas se tornam um grande obstáculo para o nosso crescimento espiritual, porque essas formas mentais ocupam o espaço da nossa mente e alimentam essa legião de Eus que adormece a nossa Consciência. As Representações da Mente podem ser tanto negativas como positivas. Por exemplo: na rua, em uma vitrine, vemos um vestido lindo ou, em casa, na frente da televisão, uma novela com cenas luxuriosas, passamos a olhar esta cena, nos identificando com a mesma (não transformando as impressões). O resultado é a criação de novas Representações. No caso do vestido bonito, cuja imagem (representação) não sai da memória, alimentando o defeito da vaidade ou da cobiça, já nas cenas da novela, se forma no mundo da Mente um personagem masculino ou feminino, relacionado ao eu da luxúria. Então, os Defeitos Psicológicos ardilosamente se utilizam deste fascínio que tivemos ao criarmos essas representações, que ficaram ali armazenadas (mente). Assim, ao se fazer uma prática, aquelas formas mentais ficarão “martelando” na mente, impedindo de nos concentrarmos e, nesse estado, perdemos a prática. À noite, no mundo dos sonhos, essas Efigies ou Representações Mentais também irão se manifestar, daí o porquê de termos sonhos tão incoerentes, difusos ou inconscientes. Isto se deve ao fato de que, durante o dia estarmos sem foco (Consciência adormecida), com a mente desorganizada (fascinada) e identificada com as coisas do mundo físico. O Mestre Samael fala que as Representações Mentais ou Efigies são como pássaros de mau agouro na jaula da mente, que servem para fortificar nossos defeitos psicológicos.

Dentro da mente existem milhares de representações negativas ou positivas que podem ser alteradas se, por falta de estarmos vigilantes e em Recordação de nós mesmos no dia a dia, nos envolvemos em conversas do tipo luxuriosas , calúnias ou diz que diz (murmurações). Exemplo: temos um amigo (a) por quem temos consideração e apreço. Chega alguém e fala uma série de coisas negativas a seu respeito. Se não estivermos atentos (Essência ativa) e dermos ouvidos a essas calúnias, a imagem dessa pessoa a quem admiramos fica alterada, isto é, criamos uma representação mental negativa a respeito da mesma. Pode até ser que essa pessoa tenha sido caluniada injustamente, mas a imagem, a representação que tínhamos dela ficou distorcida negativamente, não a vemos mais como uma pessoa idônea, honesta e íntegra, passamos a vê-la de acordo com o que nos contaram, possivelmente a de um bandido, adúltero, traidor, etc. Chegando ao ponto de a noite no astral sermos hostis e até partir para agressões e brigas com esse amigo(a). Em virtude da representação mental que foi alterada (positiva para negativa) que passamos a ter a respeito dele (a). 

 Estando em vigília, de instante a instante e de momento a momento, (auto-observação), podemos perceber como as representações da mente alimentam os defeitos psicológicos (Ego). Nessa condição, temos a possibilidade de vigiar não só nossos sentimentos, emoções, desejos, mas também essas Representações mentais ou Efígies que estão ocupando nossa mente. E aí sim, nesse momento devemos apelar a nossa Mãe Divina para que incinere todo esse lixo ou sujeira, que ocupa o espaço psicológico dentro de nós e cria um empecilho para o trabalho interno. Pedimos a Mãe Divina que utilize sua lança flamígera assim como também se faz com a Morte em Marcha, para que a Essência volte a brilhar em nós. 

Se não eliminarmos essas representações, elas irão fortificar mais e mais os Agregados Psicológicos. Temos que dar um basta. É urgente que despertemos nossa Consciência nos mundos Internos. Não temos outra saída para despertar, a não ser trabalhar duro com a MORTE DE INSTANTE A INSTANTE, para eliminar esses aspectos negativos que estão em nossa mente. 

Devemos manter a Mente receptiva, para tal condição , a mesma deve estar limpa, serena como um lago calmo e cristalino, sem projeções e pré-julgamentos de nenhuma espécie, a fim de que as mensagens que vem do Alto, das partículas do nosso SER cheguem até nós, através dos Centros Mental e Emocional Superior. A Mente não deve projetar, julgar, conceituar. Não devemos criticar ou falar de ninguém nem bem, nem mal, pois cada um é como é. É melhor respeitar a vida do outro e não abrir as portas para as impressões negativas. As representações da mente se forma a partir da não transformação das impressões, tema a ser abordado mais adiante. 

Se nos propomos a trabalhar sinceramente, de instante a instante para eliminar esses aspectos negativos da mente com a Morte, vamos liberando o percentual de Essência engarrafada nos defeitos (Ego) e, em consequência, vamos adquirindo progressivamente, mais discernimento e lucidez (LUZ) nos mundos Internos. A partir daí vamos sendo auxiliados internamente pelas Hierarquias e irá nascendo algo novo: nossa transformação interior

O objetivo de todo o estudante do esoterismo é abrir um canal para que a luz que vem do alto ilumine o seu Templo. 

“Antes que a chama de ouro possa arder como luz serena, a lâmpada deve estar bem cuidada, ao abrigo de todo vento, os pensamentos terrenos devem cair mortos na porta do Templo...”. (H. P. Blavatski) 


A MENTE A SERVIÇO DO SER

Devemos cultivar hábitos em nosso dia a dia que alimentem nossa Alma, nossa Essência que são partículas do SER: 

- Ouvir músicas superiores; 

- Olhar para o Céu, para o Sol, para as estrelas; 

- Intensificar o trabalho com a morte dos defeitos, bem como das Representações mentais; 

- Intensificar a práticas de desdobramento e meditação; 

- Vigiar nossa conduta quanto estamos nos relacionando com as pessoas evitando conversas negativas, intrigas, calúnias, diz que diz, e conversas de cunho luxurioso etc., sutilmente podemos mudar o foco da conversa sem sermos mal educados; 

- Vigiar a relação que temos com os meios de comunicação (web). Vivemos em um mundo globalizado em que as notícias nos chegam a cada instante de qualquer lugar do planeta. Precisamos aprender a filtrar e extrair o que nos serve; 

- Cuidar com as notícias falsas (fake news), principalmente nos dias atuais, diante do cenário político pelo qual estamos vivenciando; 

- Devemos criar uma disciplina em relação ao tempo de uso das Redes Sociais, evitando que esta nos escravize e crie mais impressões negativas em nossa mente; 

- Fujamos das novelas e filmes que exploram temas de adultérios, traições, drogas, incentivo ao homossexualismo, terror, violência e crimes hediondos, etc, pois são mecanismos que as forças do mal utilizam para escravizar e adormecer a humanidade. Em relação aos filmes, o mestre Samael sugeria apenas documentários sobre a natureza ou um tema que explorasse algo real ou verdadeiro (sem fantasias).

Paz Inverencial!


*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.



A PAIXÃO E O AMOR

em 27 de novembro de 2022

A PAIXÃO E O AMOR


“Ninguém pôde jamais definir o amor; tem que vivenciá-lo, tem que senti-lo.” (Samael Aun Weor)

Na nossa sociedade atual, nos apaixonarmos por alguém é sinônimo de felicidade. Esperamos encontrar alguém que nos ame, nos compreenda e nos aceite como somos porque nós não somos capazes de nos amar. Mas o estudante esoterista sabe que isso é uma ilusão porque a felicidade só a encontramos dentro de nós mesmos. 

“A felicidade tem um sabor que o “eu mesmo”, o “mim mesmo” nunca jamais conheceu.” (Samael Aun Weor) 

As paixões atuam principalmente no centro emocional, mas desequilibram toda a máquina humana. O desequilíbrio vem porque o prazer e a dor se polarizam de uma forma muito extrema nos apaixonados, segundo a Lei do Pêndulo, à qual todas as emoções humanas estão submetidas. Parece que ficam meio hipnotizados, porque essas emoções criam um invólucro na aura humana.

Decorrentes das paixões, surgem muitos outros defeitos, como o ciúme, a ira...Existem pessoas que até matam ou se matam por paixão. Na mitologia, temos o exemplo da rainha Dido, que se matou depois que o herói Enéas a abandonou. 

“Nessa morada de Plutão achamos também a rainha Dido, que se matou por paixão, depois de haver jurado fidelidade às cinzas de Ciqueu.” (Samael Aun Weor) 

Às vezes se confunde paixão com amor, talvez essa confusão acontece devido à dificuldade que se tem em poder compará-los. 

“Os enamorados frequentemente confundem o desejo com o amor, e o pior do caso é que se casam acreditando estarem enamorados.” (Samael Aun Weor) 

“O AMOR E O DESEJO SÃO ABSOLUTAMENTE OPOSTOS.” (Samael Aun Weor) 

O Mestre Samael coloca que o sentimento de uma mãe para com seu filho é uma chispa do verdadeiro Amor. Em estado de meditação podemos ter a dádiva de conhecer o Amor, porém há muitos níveis deste sentimento tão sublime.

Quando a paixão acaba, muitas vezes se começa a ver a pessoa como ela realmente é, e não da forma idealizada como se vê quando se está apaixonado. 

“O homem que perde àquela que ama, somente diz: “me sinto feliz que tenhas conseguido tua felicidade. Se com outro homem a encontraste, me sinto feliz de que a tenha encontrado.” (Samael Aun Weor) 

“Desejo é outra coisa. O apaixonado que perdeu a mulher que amava porque ela se foi com outro, pode chegar a matar e a matar-se também, cai no mais horrível desespero. Perderam o instrumento do prazer. Isso é tudo.” (Samael Aun Weor) 

Mas, se acontecer de um gnóstico ou gnóstica solteiros se apaixonarem, nada impede o relacionamento, pois com o trabalho de compreensão e morte dos defeitos, vão se equilibrando e assim, aos poucos, o Amor nascerá em seus corações. 

De acordo com o Mestre Rabolu, para o começo de um relacionamento deve haver certa afinidade e um princípio de Amor. 

Vamos procurar ver as qualidades das pessoas e não apenas as aparências. 

“Hoje vemos uma Miss Universo, uma rainha. Está sujeita ao tempo. Amanhã, ou depois, é uma velha decrépita. Que se fez da beleza? Onde está? Que a demonstrem, não? Está sujeita ao tempo. Então tudo o que está aqui, tridimensionalmente, está sujeito ao tempo. O único que não está sujeito ao tempo é nosso trabalho interior que fazemos. Esse, sim, está fora do tempo. O demais está sujeito ao tempo.” (V.M. Rabolu)

Paz Inverencial!


Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.
 

INIMIGOS OCULTOS E PENSAMENTOS NEGATIVOS

em 26 de novembro de 2022

 

INIMIGOS OCULTOS E PENSAMENTOS NEGATIVOS


Aprendemos que temos 97% de essência engarrafada e 3% de essência livre, porém adormecida. A partir daí começa então a nossa luta para resgatar/liberar a essência e despertar a consciência. Porém, muitos são os obstáculos e perigos que nos rondam e que nos assediarão, frequentemente para desistir do caminho. Apesar de tudo, nosso Real Ser tem o poder de espantar todas as trevas e nos conduzir pelo caminho da luz.

Os inimigos secretos são muitos, começando pela nossa mente que, nas mãos do ego pode nos atrapalhar; o próprio ego (os sete pecados); a nossa personalidade que foi desenvolvida desde que nascemos com falsos conceitos sobre o que é verdade e felicidade ou, onde residem nossos medos, complexos, traumas e apegos; o anticristo, que é toda ação contrária ao Cristo (Besta Net, crimes contra a natureza, falsa ciência) e por fim, Lúcifer nosso treinador psicológico. Ressaltando ainda, que estamos sujeitos as ataques da Loja Negra e por isso é importante as conjurações para nos defender. 

A batalha é árdua, pois criamos e desenvolvemos o ego e os defeitos ao longo das 108 existências. Mas podemos vencer os defeitos, o anticristo, o guardião do umbral e Lúcifer dentro de nós. A chave consiste em Recordar de nós mesmos e aplicar a morte em marcha de instante a instante, para tirar o alimento do ego. Vamos matá-lo de fome! Além disso, podemos contar com as Hierarquias que estão nesse momento nos ajudando por amor e misericórdia.

O Ego sempre vai tentar nos tirar do caminho, sempre vai trabalhar contra nós, sente-se ameaçado quando percebe que queremos mudar, pois somos a fonte de alimento dele. Usará a mente para criar situações e colocará dificuldades e dúvidas no caminho. Os defeitos não querem que despertemos, pois isso representa o fim deles. 

Os pensamentos negativos atraem situações negativas. É normal que quando queremos mudar e começamos o trabalho, os egos vão tentar nos sabotar. Eles não querem morrer, então se comunicam com outros egos para criar situações negativas, o que pode fazer o estudante pensar que não adianta fazer esse trabalho, ou que quanto mais nos esforçamos mais as coisas dão erradas ou ainda, ou seja temos a impressão que, quanto mais defeito eliminamos, mais defeito aparece. 

Serão comuns pensamentos do tipo: não temos tempo para realizar o trabalho, o serviço nos atrapalha, os filhos não deixam , quando tiver um parceiro ou parceira vou realizar o trabalho, ou ainda, quando eu tiver corpo solar vou sair em astral, mas todos esses pensamentos são empecilhos que o ego nos coloca para nos desviar do caminho. 

O VM Rabolu nos disse que podemos chegar aos 50% de consciência e participar do êxodo, mesmo estando solteiro, só trabalhando com a morte do ego de forma séria e contínua. Devemos, pois, adaptar nossa vida ao trabalho interno.

“P. - Eliminando os detalhes, a essência, pois os três por cento, mais ou menos, aumentam. Até quanto pode aumentar? 

V.M. - Pode aumentar os 50, 60, os 70%; segundo a nossa morte. 

P. - À pura base da morte em marcha? 

V.M. - Vai aumentando e aumentando. 

P. - Até que porcentagem? 

V.M. - Não, não tem limite. 

P. – À base de pura morte em marcha? 

V.M. - Sim, da pura muerte en marcha. 

P. - Os 50%? 

V.M. - Mais, muito mais.”  (A Águia Rebelde – V.M. Rabolu) 

Se uma pessoa se deixa levar, cai na armadilha do ego, cai no desânimo e deixa de fazer o trabalho. Os egos então deixam de assediar e tem-se a sensação de que agora está tudo bem, mas é um engano. Ao passo que se nos mantemos firmes e superamos os obstáculos ganhamos força, pois a energia da Mãe Divina vem dos mundos eletrônicos e é superior a qualquer pensamento ou sentimento negativo. 

“Cada vez que sentimos uma súbita perda de força, quando o aspirante se desilude da Gnose, do trabalho esotérico, quando perde o entusiasmo e abandona o melhor, é óbvio que foi enganado por algum eu negativo.”  V. M. Samael Aun Weor 

O ego tem o poder de se regenerar, então quando conseguimos vencer um defeito, devemos cuidar para não retroceder, a mudança deve ser radical. Assim vamos elevando nosso nível de Ser devagar, porém na direção certa, sem parar. Devagar no sentido de estarmos trabalhando com os pequenos detalhes porém, quando nos propomos a um trabalho sério e contínuo entramos num tempo esotérico, entramos no não tempo. 

À medida que vencemos detalhes diminutos deixamos de alimentar o ego a que aquele detalhe pertence. A continuidade desse trabalho provoca mudanças na nossa energia. Deixamos de ser tão pessimistas, nos tornamos mais leves, estabelecemos maior conexão com a mente interna. Começamos a lembrar mais dos sonhos que serão cada vez mais claros, coloridos e cheios de mensagens esotéricas e premonitórias... Passamos a ver o dia de forma mais nítida e com cores acentuadas. 

A morte dos detalhes irá produzir um excedente de energia, o que irá como consequência, contribuir para o equilíbrio dos cinco centros da máquina humana, bem como maior acesso aos Centros Intelectual e Emocional superior (temas que serão abordados futuramente de forma mais abrangente). Portanto é urgente que comecemos o trabalho contínuo de morte do eu.

Quando começamos a nos auto-observar, recordar de nós mesmos e transformar as impressões, grande parte do processo de morte já está feito... A parte final já é o pedido à Mãe Divina. Sem cumprirmos nossa parte, a Mãe não tem força para eliminar nada. Por isso, grande é a nossa participação na execução dos defeitos. 

Apesar da mente achar algo difícil demais e que, não vai dar tempo é possível! Como já foi dito, quando iniciamos este caminho, entramos num tempo diferente: o tempo esotérico. Numa meditação podemos avançar muitos anos neste trabalho, bem como no mundo astral. Portanto, devemos sempre ter ânimo para lutar. Além disso, os 3% de consciência é um Deus em miniatura e pode derrotar o ego, assim como o pequeno Davi matou Golias. 

Os 4 caminhos ou direções, que nos levam a cair e a impedir o trabalho sobre nós mesmos

 - Apego à família: às pessoas (egoísmo, ciúmes e carência afetiva). 

- Apego ao dinheiro: bens materiais (cobiça, avareza e luxo). 

- Desejo sexual: fornicação e adultério (masturbação e pornografia). 

- Desejo instintivo: bebidas, drogas, jogos, web (vícios e gula).” 

Eles estão ligados ao 4º, 2º e 3º círculos dantescos. Por isso a atenção a estes aspectos deve ser redobrada. A temperança é a virtude que se opõe aos estados de excitação, ansiedade, depressão e estresse, que nos levam ao caminho dos vícios ou maus hábitos.

Falemos agora sobre o apego à família, que pode ser um dos mais difíceis, pois não é um ego que consideramos mal e podemos confundi-lo, muitas vezes com amor, mesmo o amor sendo contrário ao ciúme, à posse e à carência. A meditação é excelente para experimentarmos o que é o amor, a fim de o aplicarmos na nossa vida. Não devemos é claro, faltar com nossos familiares, pois temos responsabilidades com eles, temos então que ajustar nossa vida ao trabalho esotérico. 

O apego ao dinheiro está ligado ao 4º círculo dantesco, à contraparte do Sol. O mal não é ter as coisas e sim viver em função disso. Prosperidade não é só ter o dinheiro é estar também bem relacionado consigo mesmo, com a saúde, estar bem relacionado afetivamente com os demais. A prosperidade verdadeira é ter consciência! Temos que aplicar aqui também, a reta maneira de ganhar a vida. 

“Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado” Mateus 6:33

Sobre a questão sexual vamos nos ater à castidade. A luxuria está ligada ao 2º círculo dantesco, à contraparte de mercúrio. Somente nos desenvolvemos nesse caminho e logramos êxitos e experiências superiores, quando não perdemos energia sexual e nos mantemos castos. Nosso ouro líquido é o combustível para abrir as portas dos mundos internos. Quando somos castos somos bem vistos pelas Hierarquias. E conseguimos a castidade com a morte dos detalhes, de instante a instante. 

O desejo instintivo esta ligado ao 3º círculo dantesco, a contraparte de Vênus. Sobre ele há muito que falar, porém falaremos sobre algo que está muito atual: o vício na web e as doenças da modernidade. Ao mesmo tempo em que a internet facilitou muitas coisas em nossa vida, ela trouxe também muitos problemas para a saúde física e emocional dos usuários. Vamos abordar alguns dos problemas: 

- FoMO ( “Fear of Missing Out” que significa “Medo de estar por fora”): Usuários de redes sociais podem sofrer por não conseguir passar muito tempo sem olhar as redes sociais, afetando o sono e a qualidade de vida. Além disso, há um desejo por querer ser o que vê no outro, mesmo que muita das imagens produzidas não seja real. Há uma busca pela imagem de perfeição, impossível de se atingir, o que gera o bulliyng, a ansiedade, a solidão e a depressão.

- Transtorno de Dependência: Causa alterações no cérebro semelhantes às que ocorrem com os dependentes químicos. A pessoa muitas vezes tenta, sem sucesso ficar menos tempo conectado e acaba deixando de fazer outras atividades e até mesmo de cumprir com as responsabilidades. Essa dependência também pode ocorrer especificamente por jogos. 

- Nomofobia: “É a angústia causada pela impossibilidade de se usar ou se comunicar através de celulares e computadores. Surge um medo irracional e excessivo de ficar sem o aparelho, uma espécie de abstinência.” 

- Problemas físicos: Quando estamos acessando a internet pelo celular olhamos para baixo. Além de causar dores de cabeça, dores no ombro e no pescoço, olhar para baixo é uma característica de quem tem depressão, nos conecta com as infradimensões da mesma forma que quando olhamos para cima (para o céu em especial) elevamos e melhoramos nosso estado emocional e mental. 

- Problemas mentais: confusão mental, perda de foco, menor capacidade de compreensão, redução da memória e déficit de atenção e estresse (os usuários que não largam seus aparelhos ficam com a mente sempre agitada. Ficam sem intervalos para aquietar a mente e impossibilitados de refletir sobre os acontecimentos do dia a dia e sobre a sua própria vida). As pessoas nessa situação entram em estado de Eikasia (identificação, sono profundo, sem consciência).

A Besta Net está, infelizmente, arrastando multidões para o abismo, diminuindo cada vez mais o nível de consciência da humanidade. Uma grande teia que envolve, fascina e nos prende. Devemos então lutar contra todo o mal que ela pode nos causar, nos aproximando das coisas superiores, do nosso Ser e das Hierarquias Divinas. 

As mudanças tem que ser constantes para que não cairmos no desânimo, para que não entremos numa noite cósmica. A palavra ânima significa alma. Cair em desânimo é perder a fé e esta adquirimos com experiências, mesmo as mais simples: um sinal que recebemos na natureza de que não estamos sozinhos, como uma nuvem diferente, um passarinho que entra na nossa casa, alguém na rua que nunca vimos e nunca mais veremos que nos passa uma mensagem superior que pode, neste caso, ser um anjo... 

Trabalhar e viver o presente, de momento a momento é uma grande arma contra todo o mal que possa existir contra nós. “As sementes do trabalho esotérico gnóstico devem ser regadas sempre com muita mística e alimentadas com a revolução. Somente com MORTE e SACRIFÍCIO venceremos a Lei de Entropia. Somente vencendo esta lei seguiremos rumo a uma espiral ascendente...” 

Paz Inverencial!


Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.

ACIMA DAS ADVERSIDADES

em 21 de novembro de 2022

 

ACIMA DAS ADVERSIDADES


“A Gnose oferece o pão supersubstancial, o pão da sabedoria e assinala com precisão a nova vida que começa em nós, dentro de nós mesmos, aqui e agora.” (V. M. Samael Aun Weor) 

Quando começamos a viver o momento presente, o aqui e agora, quando trabalhamos seriamente sobre o que carregamos em nosso interior, quando observamos e mudamos nossa conduta, colocamo-nos sob novas influências. Poderemos perceber que além do transitório, somos eternos em nossa essência e em união com o SER, muito além da simples percepção da forma e do nome.

Estabelecer o trabalho prático, colocar nossa consciência em atividade durante nossa vida diária, estando sozinhos, enquanto caminhamos, em nosso lazer, no convívio familiar, social ou profissional, onde quer que a gente esteja, é urgente. Somente assim verificaremos diretamente que SIM, é possível transformar nossas vidas. 

 Normalmente temos uma falsa percepção de que a mudança está além de nossa capacidade, mas cada pequeno passo que damos em nosso trabalho interior é real e definitivo, se seguimos em frente, nesta direção.... Acontece que identificados com o ego nos fascinamos com o mundo físico, e assim, nos esquecemos de nosso Real Ser Íntimo.

Esta desconexão com as partículas do Ser origina a ilusão da separatividade. Identificados com o ego, nos vemos desconectados de tudo e de todos, num mundo em constante mudança.... Isto nos leva à insegurança, à dor, aos conflitos internos e externos, etc. 

Por mais tempestades e confusões que existam em nossa psique, é exatamente aí, dentro de nós mesmos, onde começa nosso caminho para o despertar. Não está no exterior, distante de nós, nem tampouco nas mãos ou na vontade de outra pessoa... 

Precisamos aprender a viver de maneira mais consciente, mudando nossa forma de pensar, sentir e agir em relação à vida cotidiana. É urgente identificar a causa de nossas limitações e sofrimentos.

Quando colocamos nossa consciência em atividade somos capazes de criar uma nova percepção do mundo. Poderemos ver, ouvir e compreender os demais, assim como as circunstâncias que nos cercam, com inteligência superior. 

 Presentes no aqui e agora e trabalhando com a Morte em Marcha, podemos ver e ouvir as coisas como são, sem permitir que nossos defeitos interfiram a todo momento, julguem, rotulem, reajam, etc. 

 Por exemplo: enquanto conversamos com uma pessoa estamos realmente escutando o que ela nos diz, ou, ao invés disso, estamos identificados com os pensamentos que surgem em nossa mente e que nos dizem algo sobre aquela pessoa ou sobre o assunto em questão? 

Mantendo nossa atenção no presente, seremos capazes de verificar se esta interferência está acontecendo ou se estamos atentos ao diálogo. Se o pensamento em questão for observado devemos pedir a morte à nossa Divina Mãe. Isto é muito rápido e objetivo.

Com este trabalho psicológico de tipo superior poderemos ouvir de maneira limpa e clara o que é conversado, vindo até a intuir. Se houver algum problema a ser resolvido, a solução será muito mais facilmente encontrada, pois a consciência estará atuando. 

 Quando estamos realizando uma tarefa, estamos realmente presentes no que estamos fazendo ou estamos pensando no que venha a trazer algum benefício ou prazer imediato ou futuro que vamos fazer depois? 

Trabalhando sobre nós mesmos a cada evento que surge diante de nós, vamos mudando nossa forma de ver, ouvir e perceber as coisas. Consequentemente nossa atitude será muito diferente daquela que normalmente teríamos... 

Encarar a vida com responsabilidade e coragem, enfrentando as dificuldades, tendo como base a morte psicológica, a castidade, o “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, etc., vai nos polindo internamente para que nossa luz possa brilhar mais e mais. 

Precisamos cumprir nossas responsabilidades relacionadas com o mundo físico com seriedade, mesmo nos pequenos detalhes do nosso dia a dia, sabendo que se não agirmos assim, estaremos colocando o peso desta responsabilidade sobre os ombros de outra pessoa... 

O Ego sempre busca seu próprio benefício individual e sempre procura fugir do que considera amargo e difícil para ele. Qualquer esforço que não seja acompanhado de algum interesse, não serve para ele.

Uma pessoa pode estar passando por provas muito difíceis ou estar sobrecarregada com afazeres de todo tipo, mas, se estiver trabalhando sobre si mesma, vivendo o momento presente e recordando-se de seu Real Ser Íntimo, a situação poderá trazer muito aprendizado. 

Isto é muito diferente de quando estamos identificados, criando defeitos psicológicos e convertendo-nos em vítimas das circunstâncias. 

Se persistimos no caminho da superação interior, onde, apesar das adversidades externas, lutamos pela eliminação de nossos defeitos, praticamos diariamente a meditação para despertar nossa consciência, praticamos diariamente o desdobramento astral, ajudamos ao próximo, etc., chegará o momento em que perceberemos que toda essa dificuldade externa será nada, comparada à nova realidade que começa a despertar dentro de nós mesmos. 

“Sentir-se a si mesmo por meio das coisas exteriores, fundamentar-se nelas, equivale a estar em estado de absoluta inconsciência.” V.M. Samael Aun Weor

Quanto mais estivermos apegados e identificados com o mundo material e ilusório, mais buscaremos a satisfação dos prazeres e dos interesses do ego, seja da cobiça, da gula, da preguiça, da luxúria, do orgulho, etc. Quanto mais buscarmos esta satisfação, mais as suas consequências serão inevitáveis: a dor e o sofrimento. 

Com firmeza e continuidade de propósitos necessitamos nos purificar internamente para fortalecer nossa consciência, a chama azul dentro de nós, que é puro amor. Esse amor é o alimento do Cristo Interior que precisa se desenvolver em nossos corações. 

Quanto mais consciência liberada, mais luz, mais amor haverá em nosso interior. Por nossos pensamentos, sentimentos e ações podemos nos afastar ou nos aproximar de nosso Deus Interior. Podemos escolher: entre o ilusório e o real; o passageiro e o eterno!


“Mas tu, quando orares, entra no teu aposento (em teu coração) e, fechando a tua porta (ao mundo exterior), ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mateus 6:6) 

Quanto mais consciência liberada, mais nos aproximamos do coração amante do Pai e seu amor abrange tudo e é capaz de tudo, inclusive de dissipar as limitações e sofrimentos aos quais nos apegamos devido às dificuldades diárias. 

 Diante das dificuldades que aparecem na vida de todos nós, podemos e devemos rogar auxílio à nossa Divina Mãe e ao nosso Pai que está em Secreto, e de todo nosso coração, com toda confiança, podemos falar-lhes. O Amor de Deus jamais deixa de atender a súplica de um coração sincero. 

Necessitamos elevar nossos pensamentos e nossos corações ao Imutável, ao Eterno, a DEUS! Sabendo que ele habita em nosso interior, no interior de tudo e de todos! Unindo nossos pensamentos a ELE não mais nos veremos separados e desamparados!

Paz Inverencial!


*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S


O SILÊNCIO INTERIOR DIÁRIO

em 19 de novembro de 2022

 

O SILÊNCIO INTERIOR DIÁRIO


Em nosso mundo moderno estamos à mercê de sons que não podemos controlar, considerando principalmente o fato de residirmos, quase que em maioria, em cidades com trânsito caótico, aglomerações, sons artificiais de todas as classes. São motores, jogos eletrônicos, motocicletas “envenenadas”, carros de som ... 

Poderíamos dizer que já estamos acostumados ao barulho. Tanto que muitos de nós sequer conseguem suportar o silêncio. Apelam então a uma música de fundo, uma televisão ligada, um fone de ouvido. Parece que precisamos de uma ferramenta para impedir que entremos em contato com nossas realidades internas, com nossas dores profundas, angústias e infelicidade. 

Muitos também desconhecem os benefícios do silêncio para a saúde física e mental: contra o estresse, o mau humor, a favor da memória, da criatividade, entre tantos outros. 

Acostumamos tanto ao barulho sintético, que sons terapêuticos como o canto dos pássaros, o “canto” da chuva e todos os “cantos” da Mãe Natureza, passam totalmente despercebidos. 

A verdade é que todos nós desaprendemos a silenciar. Ouvir tornou-se absurdamente mecânico. Ouvimos tudo e ouvimos nada. 

Condições sonoras externas apropriadas são maravilhosas, mas não bastam para nós “aspirantes a REVOLUCIONÁRIOS”. Escutar o canto dos pássaros já deveria ser tão normal quanto respirar, mas somente isso também não nos fariam avançar no trabalho esotérico. 

O urgente e inadiável é priorizarmos o “SILÊNCIO INTERIOR DIÁRIO”

Não precisamos enfatizar que todo e qualquer barulho mental provém do ego. Uma mente barulhenta não nos permite ouvir, não nos permite ver, não nos permite constatar rapidamente que algo está queimando perto de nós, não nos permite proferir palavras sábias. 

Quem não ouve não consegue colocar-se no lugar do outro. Quem não consegue colocar-se no lugar do outro não consegue perdoar. Quem não perdoa não chega ao Amor... 

Quando estamos envolvidos com qualquer pensamento, grande ou pequeno, estamos distraídos e, em consequência, adormecidos. E Quando estamos adormecidos somos os mesmos “mornos” de sempre.


DEUS REVELA-SE NO SILÊNCIO!


Nosso PAI revela-SE no Silêncio, nossa Mãe revela-SE no Silêncio! 

É no Silêncio Interior que logramos auto-observação. 

É no Silêncio Interior que logramos a Morte. 

É no Silêncio Interior que logramos o Desdobramento Astral. 

É no Silêncio Interior que logramos a Meditação. 

Quando um filho nos chama por estar em perigo, como escutaremos se estamos com fones de ouvido? 

Como podemos cobrar Intuição do nosso Ser se é ao Ego a quem escutamos?


COMEÇANDO...

Já devemos saber que as bases de nosso trabalho são a Auto-Observação e a Morte em Marcha. Precisamos nos perguntar então quem vamos permitir que assuma nossa mente. Quem queremos no comando? A quem verdadeiramente queremos seguir? Parece que ainda não compreendemos que para lograr êxito em nosso trabalho necessitamos fazer escolhas conscientes, de instante a instante e não somente em algum momento do mês ou ano. A cada pensamento devemos escolher entre nossa Mãe e nosso Ego. Quem está vencendo? 

Talvez estejamos perdendo inúmeras oportunidades diárias, ignorando pensamentos corriqueiros. Ficamos preferencialmente atentos às manifestações dos defeitos em suas formas mais perceptivas, dos maiores barulhos. Ocorre que, dependendo da situação de cada um, podem haver espaços muito grandes entre a manifestação de um eu e outro (pelo menos no que percebamos). 

O que fazemos nesses espaços “vazios”? Estamos atentos? Em real Auto-Observação? Será que ficamos “quietinhos”, apenas com alguma constatação aqui, outra ali, uma opinião lá, outra acolá... sem darmos a devida importância? Pensamentos curtos, ou nem tanto, que acreditamos, mesmo inconscientemente serem totalmente inofensivos, afinal não nos remetem à gula, à ira, à cobiça, à luxúria... 

Estamos na fila lenta de um banco e não estamos irritados. Superamos essa fase. Ótimo! Porém, observamos coisas, pessoas e emitimos opiniões. 

- Que sofá bonito! mas eu teria escolhido uma estampa de outra cor... 

- Que piso brilhante! Qual será o produto que utilizam? Será que dá para utilizar em madeira? Caso eu veja a faxineira vou perguntar. Será que ela está por aí? 

- Aquele vidro da janela está trincado... Que perigo! O gerente não está atento. Deve ser difícil trocar. Será que eles têm uma escada grande ou precisam chamar serviços terceirizados? 

Opinamos o tempo todo. Emitimos pareceres o tempo todo, afinal sabemos das coisas, somos inteligentes e principalmente amamos ouvir nossas próprias opiniões. CHEGA! É tempo de ficarmos quietos. Já deveríamos dominar os burburinhos mentais. A observação verdadeira por si só nos fornece a compreensão das coisas e fatos. Nossa opinião mental é totalmente desnecessária. 

O sofá é bonito. PONTO (.) 

O piso é brilhante. PONTO (.) 

O vidro está trincado. PONTO (.) 

A “constatação” não necessita de palavras adicionais. Palavras adicionais já são o início da tagarelice e há tempo estamos lutando contra isso. 

“Presta atenção Jó, escuta-me, guarda silêncio, enquanto falo ao teu coração” (JÓ 33:31)


PRÁTICA 

Podemos iniciar nossas manhãs firmando um “pacto de silêncio”, com o propósito de não emitirmos opiniões e considerações internas. 

Podemos ter em mente a imagem da enfermeira sugerindo silêncio utilizado em hospitais, para lembrarmos do nosso propósito durante o dia. Melhor ainda se utilizarmos a imagem de nossa Mãe nos pedindo silêncio. 

Logicamente não vamos cessar com os pedidos de morte. A intenção é percebermos como opiniões e comentários diminutos podem nos levar ao fracasso nas práticas, não só da morte, mas do desdobramento, meditação... 

À noite devemos realizar a prática do Morto: Vamos deitar na posição de um morto, (decúbito dorsal) com os braços estendidos. Devemos imaginar que estamos mortos e faremos de tudo para não movermos um dedo sequer, permanecendo imóveis. A partir daí a cada pensamento que chegar (sem dar chance para que ele se manifeste), apelaremos a nossa Mãe Divina com veemência: - Minha Mãe: com tua lança desintegre este pensamento!!! Peço-te: Morte! Morte! Morte! (Imaginamos que este ego explode no ar e vira pó). 

“Inquestionavelmente, dentro de cada um de nós existem demasiados pensadores; não obstante, cada um destes, apesar de ser tão só parte, crê-se o todo num dado momento...” (Samael Aun Weor) 

Paz Inverencial!


*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.
 


O EU DO AMOR PRÓPRIO

em 16 de novembro de 2022

 

O EU DO AMOR PRÓPRIO


Todos nós carregamos um traço psicológico que precisa ser descoberto para finalmente deixarmos de ser aquilo que sempre fomos.

A dura verdade é que muitas vezes diante do caos das tempestades psíquicas que reinam dentro de nós, não temos a remota ideia das características que verdadeiramente nos compõem.

As pessoas que convivem conosco chegam a nos ver de forma mais objetiva do que nós mesmos. Podemos nos valer dos comentários proferidos a nosso respeito, pelos integrantes de nosso círculo de convivência para termos uma pista e investigar aquilo que mais nos cega e embota nossa consciência. Por isso, o estudante gnóstico deve sempre abrir-se em reflexão diante de uma queixa alheia, seja ela doce ou dura, com o intuito de capturar esta oportunidade para se conhecer.

Partindo do princípio, que aquilo que mais nos adormece é o que precisamos morrer a fim de fazer luz, parece improvável que algo prospere. Afinal, como veríamos o eu que mais nos cega?

No entanto, o ego sempre deixa seu rastro, mesmo aquele com quem mais nos fundimos e nos irmanamos, que nos adormece ao ponto de não conseguirmos vê-lo agindo. O fio da meada consiste em perceber o que nos incomoda, agride, provoca reações e julgamentos com relação à maneira dos nossos semelhantes atuarem e morrer para isso! Fazendo assim, iremos abrindo espaço, criando consciência e, com certeza, logo ficaremos pasmos, nos surpreendendo com manifestações do mesmo defeito que criticamos no outro.

“O despertar ou vigília de que falo é difícil, mas não impossível. É um contínuo andar às cegas durante muito tempo até que logramos compreender nossas falácias. Mas chega o grande momento a quem mantém vivo o esforço.” (O voo da Serpente Emplumada)

Ao iniciarmos o trabalho de auto-observação, estamos caminhando às cegas, tateando no escuro, sequer sabemos o que é a luz que certamente nos habita.

Veremos muitas vezes, como pano de fundo a nossa a vaidade acolhendo ilusões caprichosas a respeito de nós mesmos, criando fantasias a respeito do nosso progresso espiritual.

Observemos nossa vida, e façamos uma reflexão: O que vem se repetindo sistematicamente, anos após anos? Quais as dificuldades que sentimos na convivência familiar, no trabalho? Quais problemas que vem ao nosso encontro, como por encanto?

Nossa psicologia precisa se alimentar e atrai telepaticamente os meios para que isso aconteça.

Baseados nestas informações, temos o mapa das disciplinas que necessitamos introduzir, para aniquilar esta segunda natureza que mantém nossa consciência presa e nossos pés atados ao chão. Somos almas e precisamos nos libertar dessas correntes para desenvolver todas as possibilidades de crescimento espiritual, a fim de voar!

Existem muitos defeitos que nos impedem de avançar a passos largos rumo ao despertar da consciência e hoje estudaremos um deles, o amor próprio.

Este defeito construiu dentro de nossa psique uma autoimagem e, como podemos pensar a nosso respeito aquilo que nos apraz, certamente ela é cheia de caprichos e meias verdades.

Quando somos provocados na auto importância, iniciamos uma conversa interna que aumenta nossa indignação e convicção que fomos feitos de bobo, desrespeitados, desconsiderados, injustiçados, etc, etc., se ramifica para outros defeitos e culminando com num acesso de ira.

Diariamente, nos movemos, comportamos e agimos, coordenados por este ego. É ele que está em frente ao espelho pela manhã avaliando se a roupa selecionada é adequada, a fim de causar uma boa impressão aos demais. Preocupar-nos com o impacto que causamos no outro, se estamos agradando, com o que pensam a nosso respeito, são avaliações que fazemos cotidianamente sem nos darmos conta que estão orientadas pelo amor próprio. E é este mesmo eu que reprisa em nossa mente, cada elogio e referência que fazem a nossa pessoa.

Este eu busca reconhecimento e muitas vezes se disfarça nos diálogos internos (ou externos...) em defesa dos nossos feitos não reconhecidos, nos comparando de forma superlativa aos demais, ou em justificativas como: “eles não compreendem as dificuldades que estou passando.”

Quando encontramos pessoas que nos desvalorizam, riem de nossas ideias, apontam nossos erros, nos dilaceramos por orgulho, nos sentimos exaustos pelo desgaste a nossa importância pessoal, choramos por impotência e caímos em estados de melancolia por profunda pena de nós mesmos. Raro é aquele que se mantém alegre e sereno perante circunstâncias desta natureza.

O que nos enfraquece é nos sentirmos ofendidos pelas desfeitas de nossos semelhantes. Nosso amor-próprio faz com que passemos grande parte de nossa vida ressentidos com alguém. Isso é uma grande perda de tempo e gera um gasto enorme de energia.

Sentimos até ódio, daqueles que nos oprimem. Na verdade, precisa de muito pouco para nos ofender, basta um sorriso amarelo ou sermos ignorados, que já se inicia o nosso sofrimento... Levamo-nos por demais a sério, em nossas ações e sentimentos.

Enquanto estivermos, hipnotizados pela autocompaixão, inexiste a possibilidade de avanço espiritual. Enquanto reclamarmos como criancinhas diante das injustiças sofridas, discutindo e defendendo nosso ponto de vista até a última consequência, pagarmos ao outro na mesma moeda, sentimos antipatia por aqueles que não nos devolvem um cumprimento com a devida reverência, teremos nossa psique na mão deste ego.

Querer-se tanto bem, como se o mundo nos devesse tudo não é sinal de autoestima. Mostra um apego doentio por nós mesmos. Como alguém poderá ver a crueza da sua realidade interna se defendendo tão apaixonadamente? Buscando culpados para cada dor, cada erro, cada transtorno?

De uma vez por todas temos que encarar nossa existência com responsabilidade e enxergar que não somos vítimas diante de nenhum infortúnio, pois na verdade nossa vida é resultado das escolhas que fizemos, sendo que foram fundamentadas na psicologia que carregamos.

- Nosso casamento é um inferno?

- Nossa casa reinam brigas?

- Nosso patrão vive insatisfeito, só nos critica?

- Todo serviço que contratamos nunca sai como esperado?

- Nos Sentimos cercados por pessoas incompetentes?

- Temos a sensação de que sempre abusam da nossa boa vontade?

- Passamos os dias nos queixando de tudo e de todos?

- Acusamos nossos filhos (mãe, pai, marido, irmão...) de nos tirarem a paz?

- “Roubamos” o sucesso dos que aprendem algo conosco, dos que nos sucedem, atribuindo seus triunfos ao que lhes ensinamos?

Se refletirmos, veremos que todas estas questões possuem como mola secreta o Amor Próprio.

Somos tão narcisistas que muitas vezes, não sabemos apoiar nossos filhos diante de uma conquista, sem roubar-lhes o mérito do triunfo. Quantas vezes, na presença de uma vitória da criança, implícita ou explicitamente dizemos a ela: “seus méritos são devidos a mim, pois se não fosse eu você não seria quem é”, que demonstra o quanto este ego nos incapacita de enxergar o outro.

Uma psicologia assim é um campo estéril para o Amor...

A vitimização, o amor próprio, a soberba sempre nos conduz a ira e ao ressentimento. Os primeiros criam os argumentos para que o segundo haja, cheio das mais fundamentadas justificativas. Estas abominações que carregamos nos conectam diretamente com o quinto círculo dantesco da natureza.

“O sentimento que nos devem, a dor pelos males que outros nos causaram, etc., detém o progresso interior da alma.” (V.M. Samael Aun Weor)

É certo, que vivemos num mundo de injustiças e sofrimentos. E, diante destas circunstâncias comuns a toda humanidade, o que deve diferenciar estudante gnóstico é o fato de não nos posicionarmos mais como vítimas, devemos agir como guerreiros e usar os eventos da vida para nos transformar!

Hoje, nossa vida é uma interpretação que fazemos de acordo com o ponto de vista do ego que está atuando. Trabalhando sobre o amor próprio, descobriremos que à medida que morremos para este ego e enxergarmos nossa vida de outra maneira, tudo começará a acontecer de forma diferente.

Libertos deste ponto de vista distorcido, perceberemos o tanto que temos a agradecer... Encontraremos um estado de aceitação, onde antes reinava sentimentos de frustração, angústia e melancolia. Pois abriremos espaço interno para nos nutrir com amor do Pai, o amor que nos ensina, muitas vezes por caminhos que não conhecemos, pois é Ele que nos conduz pela estreita senda...

A nossa mudança é definitiva para a transformação do que nos cerca!

Passamos a vida inteira sofrendo, amassando o mesmo barro e nunca nos transformamos em ânfora do Grande Senhor Oculto, a quem Jesus chamava de Pai...

Para sermos ânfora precisamos passar pelo fogo purificador de nossa Divina Mãe.

“As desculpas, a plena satisfação e as humilhações que de outros exigimos pelos males que nos causaram também de nós nos são exigidas, ainda que nos consideremos mansas ovelhas.(...) 

É urgente, indispensável, inadiável, colocar-nos inteligentemente sob as influências maravilhosas do trabalho esotérico gnóstico, esquecer que nos devem e eliminar em nossa psique qualquer forma de autoconsideração.” (V.M. Samael Aun Weor)

Amigos, interpelemos as nossas certezas! A autoconsideração cria uma falsa realidade dentro de nós, um mundo ilusório onde nós somos as figuras centrais, onde a razão sempre está do nosso lado onde, ora somos heróis, ora mártires, ora somos vítimas.

“Se nos pomos no lugar dos demais, descobrimos que os defeitos psicológicos que a outros atribuímos, os temos de sobra em nosso interior.

Amar ao próximo é indispensável, mas não poderíamos amar aos outros se antes não aprendêssemos a nos colocar na posição de outra pessoa, no trabalho esotérico.” (V.M. Samael)

Tanto poder, tanta transformação em algo que, a princípio, parece sem importância... Aprender a se colocar no lugar do próximo nos ensina a Amar...

Paz Inverencial!


*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.





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