O MUNDO DAS RELAÇÕES E O DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA
De que maneira nos relacionamos com o mundo a nossa volta? Qual papel que estamos
desempenhando no teatro da vida? Somos boas pessoas? E como estamos nos relacionando
conosco mesmos?
Nós nos relacionamos com nosso corpo físico, com o mundo exterior (profissão, família,
finanças, política) e conosco mesmo (íntimo). No entanto, muitas vezes nos relacionamos mal em
um ou mais aspectos, sendo o relacionamento conosco mesmos o mais afetado. Vamos então
abordar essas relações e como o despertar da consciência pode mudar nossa vida, bem como
nosso destino.
Relação com nosso corpo físico: Quando estamos mal relacionados com nosso corpo
físico o resultado são as doenças. Maus hábitos, como alimentação ruim, sedentarismo, podem
causar vários problemas como: obesidade, diabetes, problemas cardíacos, entre outros. É bem
certo que se investigarmos o que esta por trás de um comportamento de sedentarismo ou mau
hábito alimentar encontraremos muitos agregados psicológicos.
Relação com o mundo exterior: Este costuma ser um aspecto que precisa de traquejo
emocional favorável. Quando estamos mal relacionados com o mundo exterior sofremos com
brigas, discussões, desarmonia na família, falta de empatia enfim, conflitos de toda espécie como
problemas econômicos, falta de oportunidades de empregos, etc. É como se houvesse um
bloqueio em nossa vida e, em consequência, nada dá certo.
Ao averiguarmos a mola de ação deste mau relacionamento também encontraremos o
ego. Será que somos mesquinhos, financeiramente e também emocionalmente? Será que somos
amorosos, ou cruéis? Se a humanidade praticasse um tipo de comunicação menos violenta,
certamente muitas guerras teriam sido evitadas e a Terra estaria mais próxima do seu propósito
de evolução.
Relação conosco mesmo: Esta é a mais importante das relações. Se estivermos bem
conosco mesmo estaremos bem com nosso corpo físico e com tudo a nossa volta. Estar bem
conosco mesmos é sermos coerentes é estarmos em paz com nossas escolhas. Nossas ações
precisam ser coerentes com o que pensamos e sentimos. Se não somos fieis em relação aos
nossos princípios, teremos como consequência conflitos internos.
O estudante gnóstico precisa estar alinhado com o reto pensar, o reto sentir e o reto obrar
dentro das Leis Divinas que regem este trabalho e o universo. Este tipo de relação é com o que
realmente somos (com nosso Real Ser). A oração tem papel fundamental: orar é falar com o Pai
que está em segredo, com o Intimo. Precisamos conectar nossa mente com os centros superiores
de nosso Ser.
Quando estamos mal relacionados conosco mesmos, o resultado também são as doenças,
principalmente as psicossomáticas como depressão, ansiedade, entre outros. Nosso corpo padece
por nossos maus pensamentos e maus sentimentos. Os conflitos surgem quando queremos e não
queremos, desejamos isto e aquilo, quando estamos em constante contradição. A contradição
constante que existe dentro de nós se deve à luta dos opostos.
Podemos e devemos aproveitar as adversidades para sair da zona de conforto ou entropia.
Nos nossos próprios conflitos internos estão as respostas e as chaves para a mudança. Basta que
apliquemos o choque da recordação de nós mesmos nos permitindo viver o aqui e agora e
também busquemos a meditação.
Nossas células são aprendizes e recebem os comandos da consciência. Mudando a forma
de pensar, sentir e agir, nosso corpo passará a receber alimento superior entrando em perfeita
harmonia. Esse alimento vem de Aur, a luz que temos em nosso coração.
Inquestionavelmente, uma pessoa que esteja morrendo psicologicamente, passará por
mudanças, não existe morte psicológica sem mudança. Quando trabalhamos com a morte muitas
portas vão se abrindo, mudando internamente, consequentemente o exterior também muda.
Essas mudanças implicarão em criação de hábitos positivos ligados à alimentação, ao bem estar
físico, como exercícios, momentos de lazer e também, comportamentos positivos nos aspectos
profissional, afetivo e econômico.
Podemos mudar ou criar qualquer hábito e qualquer comportamento. Há teorias que dizem
que para criar um hábito levam-se 21 dias fazendo tal ou qual ação todos os dias. No entanto, o
tempo que está envolvido na construção de um hábito está ligado com a consciência, ou seja,
para mudar ou criar um hábito, é necessário que ele faça sentido para nós.
O sentido pode ser construído com a transformação das impressões, a reflexão, a
compreensão e a morte do hábito ruim ou daquilo que nos impede de mudar. Sendo assim, criar
um hábito pode levar menos de 21 dias, principalmente se usarmos a imaginação criadora e a
vontade.
Todo êxito na vida depende da habilidade que temos para tratar as demais pessoas. É
necessário deixar o egoísmo de lado e cultivar o Cristocentrismo. É indispensável dissolver o eu
mesmo e pensar em todos. Devemos sempre tratar todos com alegria no coração e evitar a
crítica que cria resistência dos outros em relação a nós. Temos que pensar coisas boas do
próximo, projetar no outro o melhor. Devemos sim criticar nossos egos, julgá-los e eliminá-los.
À medida que vamos recordando de nós mesmos de instante a instante e colocamos a
nossa essência e o coração em atividade, vamos atuando no teatro da vida com mais consciência,
cumprindo a missão de nosso Ser e aumentando cada vez mais nosso magnetismo, pois o
magnetismo vem do coração: vontade de estar juntos dos demais, ter uma feição alegre ( ao
contrário de uma cara emburrada), alegria...
Transformação das Impressões
Transformar impressões é uma etapa extremamente importante para a morte dos
agregados psicológicos. Elas podem ser em forma de perguntas, sentenças ou reflexões.
Podemos também trabalhar com a imaginação criadora e visualizar o oposto do defeito que
estamos analisando e julgando.
Se toda queda começa na mente, nossa ascensão será também a princípio na mente, por
meio da transformação das impressões:
* Se temos compulsão por comprar as coisas, às vezes compramos coisas desnecessárias,
podemos fazer a seguinte pergunta ao adentrarmos em uma loja: Preciso mesmo disso?
* Se sinto atração ao ver alguém do sexo oposto: Imagino a mesma pessoa feia, ou velha
ou gorda...
* não consigo mudar tal hábito, devemos fazer a pergunta: o que me impede de mudar?
* Se tenho ganas de comer tudo o que vejo ou somente coisas que não fazem bem a
saúde posso:
1º Perguntar do que estou fugindo, de qual dor, ou o que não estou conseguindo resolver?
2º Posso fechar os olhos e imaginar os alimentos gordurosos como uma fotografia preto
e branco, embaçada e distante. Logo podemos imaginar os alimentos saudáveis como uma
fotografia bem colorida, brilhante desenhada num quadro enorme com uma moldura bem bonita.
* Se estamos apegados a qualquer coisa, a um relacionamento que acabou, a um emprego
que perdemos, podemos pensar na impermanência do universo, em que tudo começa e acaba,
vai acabar de qualquer jeito, a própria morte vai por um fim, então temos que viver os bons
momentos sem nos apegar.
* Algumas vezes podemos pensar, errei tanto, ninguém vai me amar, não sou digno de
amor. Aí posso me perguntar: Quem disse isso? Daí vem luz ou verdade ou resposta: Todos nós
somos dignos de receber e dar amor. Devemos entrar pela porta do arrependimento.
*Se precisamos de estímulo para alguma mudança que nos exige uma ação, podemos usar
uma pergunta de desafio: Quais as ações eu poderia ter essa semana para acelerar meu
progresso espiritual ou despertar?
* Se buscamos motivação para fazer uma prática podemos perguntar a nós mesmos: O
que eu ganho se der esse passo agora? O que mais?
Ao fazermos a retrospectiva do dia e encontrarmos eventos que passaram despercebidos,
sentimos arrependimento e vontade e mudar a cena. Então podemos nos perguntar:
1º Se eu pudesse reviver essa cena, o que faria diferente?
2º Olhando para o período que passou o que eu aprendi?
* Se estamos sofrendo com algo podemos fazer uma pergunta que vai gerar uma reflexão:
O que eu preciso aprender com esse sofrimento, o que ele quer me ensinar?
*Quando nos sentimos vítimas da situação e que o mundo está contra nós, podemos nos
perguntar: O que eu posso fazer para que o meu objetivo dependa mais de mim do que dos
outros?
* Se alguém nos fere podemos pensar: Ele não tem consciência, as pessoas erram por
inconsciência. Sentimos então piedade pela pessoa (lembrando que não devemos por isso deixar
que nos machuquem, podendo se possível nos afastar caso seja reincidente)
* Se não conseguimos sair da entropia ou estamos sempre errando no mesmo ponto,
podemos perguntar a nós mesmos algo que o subconsciente responderá com novas opções: Qual
outro caminho posso seguir?
* Algumas vezes, quando alguém fala algo ruim sobre nós, podemos sofrer se nos
identificamos. Para que isto não aconteça, podemos perguntar a nós mesmos: essa afirmação é
verdadeira? Se sim, vamos ao trabalho para mudar, e se não, buscamos o silêncio da mente e
deixemos que essa sentença proferida por outrem perca força até morrer.
Uma pessoa que tem necessidade de aprovação torna-se passiva em suas opiniões e
decisões. Sua vida passa a ser direcionada através dos olhos de outras pessoas. Dificuldades em
dizer não, em contrariar a opinião de outra pessoa. Perdendo assim a sua autenticidade e sua
essência. Precisamos fazer uso da energia marciana sempre que necessário para evitar esse tipo
de situação.
* Caso um estudante tenha necessidade de aprovação ou baixa autoestima ou ainda
complexo de inferioridade pode fazer a seguinte pergunta: O que me faz acreditar que sou pior
que os demais? O que me faz acreditar que sou melhor? Assim vamos nos colocando numa
posição de igual perante a todos.
Essas perguntas ou frases usadas na transformação das impressões podem gerar uma
reflexão a fim de revelar uma contradição na forma de pensar, o que pode gerar constrangimento
e, consequentemente comprometimento com a mudança. Cada um pode também criar suas
próprias frases, que passarão cada vez mais a vir dos Centros Intelectual e Emocional Superior.
Toda transformação de impressão deve ser acompanhada da eliminação, só um poder
superior à mente é capaz de eliminar um defeito, um mau hábito, etc. Devemos apelar a nossa
Divina Mãe para que nos auxilie, eliminando o defeito que já observamos e julgamos. Para
fazermos a transformação das impressões, devemos colocar o oposto a tudo o que vemos.
A iniciação é uma vida bem vivida e começamos o processo de mudança e cura das nossas
paixões, sendo sinceros conosco mesmos e reconhecendo nossos erros. Enquanto tivermos um
coração batendo há chances. Qualquer erro que tenhamos cometido há chance de ser
transcendido enquanto tivermos um coração batendo. Nosso objetivo é nos transformar em luz,
temos que perdoar a nós mesmos.
Paz Inverencial!
*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.
Infinitas gracias, por el anterior mensaje dirijido a nostra conciencia.
ResponderExcluir