ENTÃO É NATAL...

em 20 de dezembro de 2022

 

ENTÃO É NATAL...


“Natal é uma época de reflexão, se teu coração não muda, não há Natal.” (Samael Aun Weor) 

Neste período tão especial do ano, em que se comemora o nascimento do Cristo é preciso que reflitamos profundamente sobre este acontecimento tão significativo, não só para a humanidade, mas principalmente para nós, estudantes do Gnosticismo. 

É um acontecimento Cósmico, um grande acontecimento transcendental que não só é comemorado aqui no mundo físico, mas também nos mundos internos. 

Infelizmente as pessoas esqueceram o verdadeiro espírito do Natal. A humanidade inconsciente e adormecida só se interessa pelo Cristo histórico, com seus dogmas, muito identificados que estão, com os eventos externos deste acontecimento: as festas, fogos, os banquetes, bebidas, as trocas de presentes, as roupas novas e as compras. Enfim, a triste realidade é que o Cristo foi substituído pelo Papai Noel, sendo que o verdadeiro espírito do Natal foi se perdendo. 

Devemos então comemorar este evento, estar alegres e felizes em homenagem ao nascimento do Cristo. Comemorar é estar em comunhão, em confraternização, em paz e harmonia. Festejar esta data, porém sem muito ruído, bebedeiras e comilanças, ou seja, comemorar de forma equilibrada, com a mente receptiva a fim de que vivenciemos a energia do verdadeiro espírito do natal. 

Quando os antigos Maias, os Egípcios, os Incas, os Astecas adoravam o Sol, esses sábios povos tinham consciência do que estavam fazendo, quando rendiam culto ao sol. Não se tratava de adorar sol físico, mas sim o que estava por trás dele, o Sol Espiritual, o Cristo Sol, o Sol da Meia Noite. 

Não devemos entender o Cristo somente como uma pessoa, o Cristo está mais além da personalidade, da individualidade, Cristo é o Logos Solar, o segundo Logos. E o sol físico nada mais é que o símbolo do Sol Espiritual, o Cristo Sol. Ele é quem deve guiar nos mundos internos, nos mundos superiores, todo aquele que sai do corpo físico à vontade (Desdobramento Astral Consciente). Nós, estudantes do Gnosticismo devemos lutar intensamente e constantemente para adquirirmos a capacidade de sairmos do corpo físico à vontade, com o propósito de sermos guiados pelo Cristo Sol (o Sol da Meia Noite). Ele é quem nos orienta, quem nos indica o que devemos ou não fazer. 

Devemos ter consciência da importância deste acontecimento. É urgente que lutemos para mudar nossas atitudes, buscando silenciar a mente e ouvir mais a voz do coração, isto é, a Intuição, a Percepção, porque o verdadeiro Natal dentro de nós acontece quando decidimos nascer para o novo, nascer definitivamente para uma mudança interior e, para que isso aconteça, temos que começar a fazer a limpeza do Estábulo (nossa mente). 

Nas escrituras sagradas falam de Belém e de um estábulo onde Cristo nasce. Esse estábulo (a mente) está dentro de nós mesmos aqui e agora. No interior deste estábulo moram todos os animais que carregamos, de existência em existência, que no seu conjunto formam a besta (Ego).

Belém é um nome eminentemente esotérico. Nos tempos em que Jesus de Nazaré veio ao Mundo, a aldeia de Belém não existia, isto é simbólico. Belém é uma palavra ou um termo de origem Caldeu que significa “Torre de Fogo”. Essa Torre deve nascer em nosso interior e tem a ver com o fogo sagrado que deve subir ao longo da nossa coluna vertebral. 

O Cristo Íntimo nasce de uma mulher virgem. Isto significa a Castidade (Fogo Sagrado) mais a pureza interior, que vai se cristalizando à medida que vamos eliminando a besta (ego) dentro de nós. Este fogo, vai se refinando, vai se desenvolvendo e preparando o ambiente para receber a luz do Cristo, para que um dia o nascimento Dele aconteça dentro do coração do Iniciado. 

Sempre que nasceram os Meninos Deus, em cada época, o Rei ordenava a morte dos meninos. Essa decapitação tem a ver com a eliminação dos defeitos. Isto significa que o estudante gnóstico só vai avançando no trabalho, com a morte de instante a instante, com súplica fervorosa à Mãe Divina particular de cada um para eliminar todo o lixo, todas as imundícies (ego) que carrega em seu interior (limpeza do estábulo). O lixo, a imundície, nada mais é do que a besta, ou seja, a luxúria, a ira, a inveja, a preguiça, a gula, o orgulho e a cobiça. Defeitos esses que nos afastam do caminho do Cristo, do caminho de volta ao seio do Pai. “Ninguém chegará ao Pai, sem antes vir a mim”. Isso significa que para acontecer o nascimento do Cristo em nosso coração temos que nos tornar puros, íntegros como uma criança. “Então disse Jesus: "Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas".” (Mateus 19:14)

É urgente que deixemos de ser mornos e não percamos mais tempo. O morno não sai do lugar, fica estagnado. Devemos seguir o caminho do Cristo, o caminho do Amor. Lutarmos para alimentar a chama da luz azul dentro de nós, da energia Crística. Buscar sempre seguir o caminho do bem, lutar pelo bem, esquecermos o passado e seguir em frente. Temos as chaves nas mãos, sendo assim é nossa obrigação buscarmos o caminho da luz, a fim de sairmos da entropia e estagnação em que nos encontramos. Agindo desta forma, conscientes do que temos que fazer, vamos nos fortificando interiormente e nos protegendo contra as forças do mal. Devemos sempre aplicar a Lei do Amor. O Amor é o alimento do Cristo. 

Quando morremos em nós mesmos, através da súplica à Mãe Divina, vai nascendo é nós as Virtudes da Alma, ou seja: a bondade, a humildade, a paciência, a temperança, a castidade a tolerância etc. Estas virtudes são atributos da Essência. Essas virtudes vão fazendo crescer a luz azul (AMOR) dentro de nós, que é o alimento do Cristo. Porque Cristo é um fogo vivo, que está dentro de nós e precisa de alimento para se desenvolver. 

“De nada adianta o cristo nascer mil vezes em Belém se ele não nascer no coração do homem também.” (Samael Aun Weor) 


O CRISTO HISTÓRICO

“Há mais de 2 milênios, nascia Ieshuá Ben Pandirah, o Meshiah de Ierushalem, 42 gerações desde o patriarca Abraão. 

Jesus de Nazareh aos 18 anos de idade se apresentou no templo, durante o concílio de Jerusalém, que reuniu os profetas da época e as autoridades políticas. Neste evento ele foi anunciado como o messias esperado e profetizado nas escrituras. 

Herodes esbravejou, com medo de perder o poder por aquele que eventualmente deveria ser o rei dos judeus. Jesus se dirigiu a ele e disse: Não comais a lua, Herodes! 

Um dia após o concílio, Herodes deu ordem a seus oficiais para que fossem mortos todos os iniciados da época com a idade de 18 anos. 

Com a ajuda do V.M. Rabolu, que na época era um soldado que protegia a família sagrada, eles fugiram para o Egito e lá Jesus se casou com uma iniciada do templo da pirâmide de Kefrén e permaneceu praticando o grande arcano por 12 anos até estar preparado, com a ajuda de seu guru o anjo Baruch, para sua missão de 42 meses. 

Em 17/09/71 (ano 26 DC), em uma terça-feira, dia de Vênus, Lua nova, com a idade de 29 anos, 11 meses e 2 semanas, Jesus se dirigiu ao templo de João Batista (Ioannes Baphtista) às margens do Rio Jordão. 

João que na época era um ancião de 71 anos derramou a água lustral daquele rio sob a cabeça de Jesus, purificando-o e abrindo sua pineal para receber o terceiro logos e seu Pai interno, Panther. 

Após morrer na cruz, Jesus encarnou o Cristo Cósmico. No passado muitos encarnaram ao Cristo e no futuro muitos o encarnarão, porém Jesus é o próprio Cristo, a segunda força que rege este universo. 

Jesus se preparou por milhões de anos para receber o Pai Cósmico, a Mãe Divina Universal e o Cristo como Verbo primordial de Deus. 

Jesus é a unidade do Absoluto que se fez carne entre nós para nos salvar e ajudar o planeta Terra a sair das trevas e da katância. 

Jesus é o Atlas-Hércules da raça Ariana, que carrega o mundo nas costas e quanto mais à humanidade se degenera, maior é o peso que ele tem que suportar. 

No raio da criação o qual pertencemos (dentro da ordem dos “7” cosmos) não há hierarquia mais elevada que Jesus. 

O mundo, a natureza, se preparou para se autodestruir se esta raça crucificasse ao Cristo-Messias e assim houve trevas e terremotos por todas as partes durante três horas. No momento que o “Salvador” suplicou ao Pai que perdoasse a todos “porque não sabíamos o que estávamos fazendo” a Terra cessou seu processo e a luz retornou. 

A esta humanidade deu-se então mais 42 gerações até que tudo se conclua e a missão do Cristo se complete. 

O Natal, nos mundos internos, representa o nascimento de uma nova luz a cada ano, que renova a esperança de que um novo ser desperte para o caminho da Gnose, do Cristo e da libertação.” (...) (S.O.S.)

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P – V.M., que nos pode dizer do Cristo? 

V.M. – A força do Cristo abarca tudo o que tenha vida e se manifesta em todas as pessoas que anelam sua liberação e que começam a trabalhar com os Três Fatores. Essa força impulsiona as diferentes partículas Divinas dos corpos, e faz ascender as pessoas que estão trabalhando. A força do Cristo salva; porém, não como creem as religiões, que com só ter vindo o Cristo ou nos ter entregue seus Ensinamentos, vamos ficar salvos. A força do Cristo salva, porém, temos que encarná-la dentro de nós com o trabalho dos Três Fatores. Sem esse trabalho, não pode ninguém salvar ninguém. Quando as pessoas começam a brigar em vez de trabalhar, e se põem a pelejar como crianças por um brinquedo, isso é dor para o Mestre. Quando não se trabalha com os Três Fatores, não só se fere os Mestres guias, senão se fere de morte o Cristo Interno. A pessoa se afasta da Divindade. (V.M. Rabolu - Mensagem de Natal 85-86)


PRÁTICA

Além das práticas de morte em marcha, do desdobramento astral e da meditação, que deve ser uma constante para todo o estudante, neste período tão especial que antecede o nascimento do Cristo vamos fazer a seguinte prática: 

À noite ao deitarmos, depois de fazer a conjuração, traçar o círculo mágico e pedir ao Pai e Mãe Divinos para que nos conduzam na prática, busquemos o relaxamento do corpo e vamos usar a imaginação criadora. 

Em perfeita concentração e com a imaginação vamos ver o Sol, não o sol físico, mas sim o que está por trás dele, o Cristo Sol (O Sol da Meia Noite). 

Ao inspirarmos vamos imaginar um raio de luz, que desce do Cristo Sol e entra pelas nossas narinas e, em seguida ao exalarmos o ar este raio de luz desce até nosso coração e o inunda de luz, de energia Crística. 

A duração da prática é de acordo com o nível de concentração de cada um. 

Boa prática! E um Natal de Luz a todos! 

Paz Inverencial!


*Colaboração: irmãos gnósticos da S.O.S.



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